O ‘Sino Dourado’ foi implantado no ambulatório da Unacon, que é referência na região do Lago de Tucuruí, no tratamento de câncer pelo Serviço de Humanização. Jueliza Monteiro Borges, recebeu alta, e fez questão de acompanhada com a equipe da unidade oncológica de acioná-lo. “Desde que iniciei meu tratamento na Unacon, sempre olhava para o sino, e tinha convicção de minha cura, e quando eu recebesse minha alta médica eu iria tocá-lo”, declarou a paciente.
Seu desejo de tocá-lo foi realizado nesta sexta-feira (20/01), em um ato simbólico marcado pela emoção da equipe da unidade e dos pacientes que estavam no local aguardando atendimento.
A participação no ato de bater o sino é espontânea, como no caso da dona Jueliza Monteiro Borges. Ela alertou que nunca se pode duvidar que é possível obter a cura. “Foi três meses de tratamento com uma cirurgia bem sucedida e coroada com a minha alta médica, após um câncer de intestino. A idosa destacou que o acompanhamento da equipe Médica, Serviço Social e de Psicologia, foram importantes para o êxito do tratamento”.
Doença – Jueliza Monteiro Borges contou que descobriu um nódulo cancerígeno no intestino, a pouco mais de 90 dias. Foi então que ela decidiu ‘ir à luta’, e iniciou os procedimentos para o tratamento em seu município, São Domingos do Araguaia, sem os recursos necessários, foi encaminhada à Unacon, em Tucuruí, onde passou pela triagem, consulta oncológica, biópsia e cirurgia.
“O resultado positivo para o câncer não foi fácil de ser recebido. Fiz a cirurgia. Foram longos 90 dias. Mas não há palavras para definir a felicidade e a gratidão, quando se recebe a notícia da cura. Hoje, posso comemorar essa vitória e agradecer a Deus e toda a equipe maravilhosa da Unacon”, comemorou.
Inspiração – Conforme o Diretor-geral do Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí, Enfermeiro Lucas Urel, o ‘Sino Dourado’ foi instalado inspirado em iniciativas semelhantes existentes no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro e no Hospital de Câncer de Barretos, em São Paulo. Ele explicou que o paciente após receber alta precisa tocá-lo três vezes, mas em nossa unidade ganhou novas funções.
“O paciente voluntariamente o aciona, quando recebe a notícia de uma biópsia negativa, a alta de atendimento oncológico, término da Quimioterapia e/ou Radioterapia. Tudo é motivo para comemoração. Por isso, queremos a adesão do maior número de pessoas possíveis, que possam compartilhar uma notícia tão importante, a cura do câncer. Isso serve de motivação para os pacientes que estão iniciando o tratamento”, frisou.
Antes da obtenção da alta oncológica, a paciente realizou consultas médicas, exames de imagem, entre outros. Os procedimentos foram adotados para se certificar que Jueliza Monteiro Borges obteve a cura da neoplasia.
Janeiro Verde – Neste mês de janeiro, acontece a Campanha Janeiro Verde, que visa promover a conscientização sobre o câncer do colo de útero, que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres. Somente no ano de 2023 são esperados 17.010 casos novos desta neoplasia no Brasil. Na região Norte, o câncer do colo do útero figura como o segundo mais incidente, com 20,48% de casos por 100 mil mulheres.
Em Tucuruí, o Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí – HRT e Unacon abraça a Campanha Janeiro Branco, e está realizando na Unacon palestras sobre os cuidados e a prevenção do câncer do colo do útero, alertando sobre suas causas, através da infecção persistente do Papilomavírus Humano (HPV), principalmente seus subtipos chamados de oncogênicos, sendo que, de acordo com o INCA, o 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos da doença.
Sintomas – A fase inicial para a maioria das pacientes acaba sendo assintomáticas e os sintomas aparecem conforme a localização e a extensão da doença. Corrimento vaginal amarelado e odor desagradável, até mesmo com sangue, sangramentos menstruais irregulares, dores em região baixo ventre e sangramento após relação sexual são alguns sintomas.
Anemia, dores pélvicas com intensidade forte, dores na região lombar, alterações miccionais e no hábito intestinal são outros sintomas que aparecem em estágios mais avançados.
Prevenção – Os especialistas reforçam que a prevenção está relacionada diretamente à diminuição do risco de contágio pelo HPV, que ocorre pelo contato direto com pele ou mucosa infectada. A via sexual é a principal, por isso, é indicado que o uso de preservativo seja feito para diminuir o risco de transmissão e infecção.
A vacina contra o HPV também é uma importante arma para combater o câncer do colo do útero. A vacina é indicada para meninas de 9 a 14 anos, e meninos de 11 a 14 anos. A vacina é uma medida de prevenção e não é eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes.
Texto: Wellington Hugles – ASCOM/HRT/UNACON
Fotos: Divulgação ASCOM/UNACON