“Estamos aqui no hospital há um mês. Meu filho tinha febre contínua, dor no corpo inteiro e eu sentia muita angústia por não saber do que ele sofria. Quando a gente descobriu que era leucemia, eu agradeci a Deus, porque é uma doença que tem tratamento. Eu agradeci também por ele já ter iniciado o tratamento aqui mesmo. É claro que eu não queria que meu filho estivesse doente, mas não saber o que o nosso filho tem é um sentimento muito pior”, afirmou a dona de casa.
Internado há um pouco mais de um mês, Endryo aprovou a programação. “Eu gosto muito de ouvir histórias e gostei muito das que eu ouvi hoje”, disse o menino. “Eu parabenizo a equipe do hospital e as pessoas que fazem essas coisas para nos alegrar. Isso é muito importante para a gente”, comentou Denise, que deixou o esposo e o filho mais velho na cidade natal para acompanhar o caçula no enfrentamento do câncer.
Integrante da Associação Beneficente de Capelania Social (Abecas), Rosemara Ataíde participa de trabalhos voluntários há três anos. Para ela, “o voluntariado é pura expressão de amor ao próximo.
“A palavra de Deus diz que há tempo para tudo, então sempre há tempo para se dedicar a ajudar ao próximo. O voluntariado está entre as minhas prioridades. E a motivação de fazer a diferença na vida das pessoas foi o que me trouxe ao hospital. Lá fora, muitos estão de férias, aproveitando as praias e parques. São muitas opções de lazer para quem não está passando por um momento de enfrentamento a doenças graves, como o câncer. Mas, eu decidi dedicar meu tempo para tornar esse período de internação mais alegre para essas crianças”, afirmou.
O operador de máquinas agrícolas Francisco Bezerra, 22 anos, é pai da Maria Helena, de 8 meses, que foi diagnosticada com rabdomiossarcoma na bexiga. “A programação foi bem divertida, bem educativa para as crianças. É muito satisfatório ficar feliz com a minha filha, apesar de ser um momento tão difícil para todos nós que somos pais e mães. Isso é um passatempo na nossa vida. Aqui nos divertimos, brincamos e pensamos em coisas melhores ao lado dos nossos filhos. A Maria dançou, se divertiu com a mágica e com tudo que ofereceram na brinquedoteca”, disse o jovem.
“É um momento único. É um momento de quebrar um pouquinho essa rotina hospitalar e deixar o ambiente e a estadia deles um pouquinho mais leve. Estamos extremamente felizes por proporcionar um atendimento humanizado, divertido e diferenciado”, afirmou Yumy Dias, colaboradora do setor de humanização.
Ellyson Ramos – Ascom Hoiol