Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí realiza programação alusiva ao Outubro Rosa

Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí realiza programação alusiva ao Outubro Rosa Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Dr. Vitor Moutinho concentrou várias atividades voltadas à conscientização e detecção precoce do câncer de mama Por Wellington Hugles 28/10/2024 19h02 Foto: Divulgação. O Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí (HRT/Unacon) realizou, nesta segunda-feira (28), programação alusiva ao Outubro Rosa – mês de conscientização sobre o câncer de mama. Dedicado às mulheres, o evento incluiu reflexões sobre o autocuidado, aspectos emocionais, o conceito e o tratamento do câncer de mama, bem como a relevância da campanha nacional para a saúde feminina. Foto: Divulgação. Organizada na área externa da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Dr. Vítor Moutinho, a iniciativa envolveu uma equipe multidisciplinar da Unacon, que proporcionou às mulheres presentes serviços de beleza, cortes de cabelo e massagens corporais. Além disso, por meio de visita monitorada, convidados conheceram os serviços de hormonioterapia, radioterapia e quimioterapia, oferecidos na unidade gerenciada pelo Instituto Diretrizes (ID), sob gestão conjunta com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). Foto: Divulgação. Também foram fornecidas orientações visando ilustrar as características de uma mama saudável e possíveis alterações. Para tanto, as participantes tiveram acesso a ilustrações e a uma “mama amiga”, um modelo didático feito de silicone que apresenta desde características comuns nas mamas até nódulos cancerosos ou benignos. A equipe conscientizou ainda sobre a solicitação dos exames de mamografia, frequentemente temido pelas mulheres devido à falta de informação sobre sua importância. Profissionais de saúde esclareceram sobre a solicitação do exame de mamografia para pacientes em tratamento, fornecidos pela Sespa por meio das Secretarias Municipais de Saúde dos municípios ao entorno do Lago de Tucuruí. Foto: Divulgação. Vários laços rosas, emblema da campanha Outubro Rosa, foram distribuídos aos participantes, representando o mês dedicado à prevenção e luta contra o câncer de mama. O diretor-geral do Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí, Junior Souto, explicou que, por meio da ação conjunta do Instituto Diretrizes, em gestão compartilhada com a Sespa, foi possível implementar essa programação especial durante o “Outubro Rosa”, com o tema: “Vem te Cuidar”. “Em outubro, intensificamos essas atividades, que ocorrem ao longo do ano em nossa unidade. Na ocasião, foram agraciadas com o Certificado Amigo(a) da Unacon várias personalidades e autoridades, em reconhecimento às importantes parcerias estabelecidas em benefício dos pacientes da unidade de oncologia”, destacou o diretor.  

Paciente internada ganha festa de aniversário surpresa na pediatria no Hospital Santa Rosa

Paciente internada ganha festa de aniversário surpresa na pediatria no Hospital Santa Rosa O projeto ‘Celebrar’ permite a execução de aniversários surpresas em todos os setores da assistência, para oferecer um instante de felicidade e descontração aos pacientes Por Wellington Hugles 28/10/2024 19h02 Foto: Divulgação. No último dia 16 de outubro, a equipe multidisciplinar da Clínica Pediátrica do Hospital regional do Baixo Tocantins (HRBTSR) organizou uma festa de aniversário surpresa para uma criança internada. A aniversariante, Jaqueline, completou 10 anos no ambiente hospital e recebeu a homenagem preparada com carinho pelos profissionais do hospital. A ação faz parte do projeto “Celebrar” conduzido pelo setor de Humanização e equipe da instituição de saúde. A ideia é oferecer um instante de felicidade e descontração aos pacientes internados que passam a data festiva hospitalizados. Os aniversariantes são agraciados com um bolo, balões e uma carta de agradecimento para levar consigo para casa. O evento ocorre durante a visita dos familiares, avisados com antecedência. Além das bênçãos concedidas pelo pastor Alessandro Avinner Rego da Silva, a paciente também foi presenteada com melodias executadas por Adrielle de Jesus Costa Carvalho e Matheus Cardoso Pereira. Foto: Divulgação. Organizada na área externa da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Dr. Vítor Moutinho, a iniciativa envolveu uma equipe multidisciplinar da Unacon, que proporcionou às mulheres presentes serviços de beleza, cortes de cabelo e massagens corporais. Além disso, por meio de visita monitorada, convidados conheceram os serviços de hormonioterapia, radioterapia e quimioterapia, oferecidos na unidade gerenciada pelo Instituto Diretrizes (ID), sob gestão conjunta com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). Para o diretor-geral, Claudemir Guimarães, um dos atributos do Hospital Regional Santa Rosa é a humanização. “Nossos profissionais estão aptos a oferecer um serviço único, assim como oferecer um cuidado humanizado a cada paciente. Essa atenção é crucial para reduzir o estresse e proporcionar aos pacientes recordações alegres, afetuosas e acolhedoras no dia de seu aniversário”, enfatizou. O coordenador de Enfermagem, Pedro Henrique Carvalho, afirmou que a comemoração ajuda a deixar o ambiente mais acolhedor e a melhorar o estado de saúde dos enfermos.  “Para muitos, o dia do aniversário é marcado por muita felicidade e gratidão por mais um ano de vida.  Mas quando alguém está hospitalizado e a data se aproxima, o instante pode ser melancólico e desolador. Apesar da celebração ser modesta, ajuda a aliviar a ansiedade e o estresse. Notamos ainda um avanço significativo na saúde dos pacientes, além de promover a humanização, que é essencial para o atendimento”, ressaltou.

Pacientes do Oncológico Infantil participam de ensaios fotográficos temáticos

Pacientes do Oncológico Infantil participam de ensaios fotográficos temáticos Cenários coloridos e figurinos alegres nortearam sessões que ocorreram em estúdio profissional e na unidade de saúde do Pará Por Ellyson Ramos 10/10/2024 16h40 Foto: Divulgação. Na Semana da Criança, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em parceria com o voluntariado da instituição, realizou ensaios fotográficos e entrega de presentes aos pacientes assistidos na unidade. Acompanhados por familiares, usuários em atendimento ambulatorial participaram de um passeio com direito a fotos em estúdio profissional e ida a um parque infantil. Já os registros fotográficos daqueles em internação foram feitos na própria casa de saúde. Além da experiência como modelos, as crianças receberam um álbum com os melhores registros. A ideia é oferecer um instante de felicidade e descontração aos pacientes internados que passam a data festiva hospitalizados. Os aniversariantes são agraciados com um bolo, balões e uma carta de agradecimento para levar consigo para casa. O evento ocorre durante a visita dos familiares, avisados com antecedência. Além das bênçãos concedidas pelo pastor Alessandro Avinner Rego da Silva, a paciente também foi presenteada com melodias executadas por Adrielle de Jesus Costa Carvalho e Matheus Cardoso Pereira. Foto: Divulgação. A ação contou ainda com o apoio da Casa Ronald McDonalds, instituição que hospeda crianças em tratamento oncológico, responsável por disponibilizar um ônibus para o traslado de pacientes e familiares rumo ao estúdio e ao espaço recreativo. Novo cotidiano – A colaboradora do Setor de Humanização do Hoiol, Yumi Dias, participou dos dois momentos e garantiu que os ensaios ressignificaram a Semana das Crianças na instituição. Para ela, as atividades desenvolvidas no Hospital Octávio Lobo permitem que os pacientes observem o contexto hospitalar sob outra perspectiva, que não envolve somente a rotina de consultas, exames e fases do tratamento oncológico. Foto: Divulgação. “Foi uma experiência maravilhosa poder cantar com a banda durante o ensaio fotográfico e ver a alegria das crianças e dos pais em um momento tão especial. É sempre bom proporcionar bem-estar e animação às crianças e adolescentes que lutam contra o câncer. Com o apoio da instituição e do voluntariado, nossos usuários, internados ou em atendimento ambulatorial, vivem momentos únicos. Nossa maior alegria é tornar o dia a dia deles mais especial”, afirmou a brinquedista. A experiência também foi marcante para Carol e equipe de profissionais voluntários, que juntos, doaram mais de 100 brinquedos. “Eu sempre tive muita vontade de desenvolver algum trabalho voluntário e quando conheci o hospital, decidi que era o momento de doar a essas crianças o que temos de mais precioso, o tempo. Montamos um cenário exclusivo e chamamos personagens para animá-las desde a recepção até a finalização do ensaio. Foi uma corrente do bem. Nós conseguimos com clientes e parceiros lanches, músicos, animadores, brinquedos e a ida ao Pix Parque para que as crianças tivessem um dia inesquecível”, afirmou a empresária. Foto: Divulgação. A mais nova voluntária da instituição conta ainda que atua no ramo da fotografia há 18 anos e que levará a experiência com os pacientes do Oncológico Infantil para a vida. “O trabalho voluntário é recompensador e estamos com o coração transbordando gratidão e alegria com essa campanha solidária. A foto eterniza. Quando eu tinha 5 anos, eu tive a oportunidade de fazer um ensaio e até hoje me lembro da sensação daquele dia. Eu era muito humilde e aquele cenário me encantou tanto que eu parecia estar na Disney. E é esse mesmo sentimento que buscamos proporcionar a essas crianças. Essa parceria com o hospital é a primeira de muitas que virão”, adiantou a fotógrafa. Estilo – Para os ensaios, as crianças escolheram figurinos de personagens do imaginário infantil. Super-heróis, príncipes, princesas e animais foram os mais pedidos. Bastante emocionados, profissionais e familiares não contiveram a emoção. A exemplo da dona de casa Tayane Rodrigues, 27 anos, mãe do paciente Miguel, de 2 anos. A criança luta contra a Leucemia Linfoide Aguda (LLA) e fez o ensaio caracterizado como o personagem favorito. Foto: Divulgação. “Ele ama o Woody (protagonista de Toy Story, franquia de filmes da Disney e Pixar). Ele usou essa fantasia no aniversário de dois anos e, quando foi internado, eu trouxe para ele usar no dia da alta. Mas quando me disseram que teria esse ensaio, eu o vesti e o trouxe logo para a brinquedoteca. Foi muito legal e emocionante”, afirmou ela, que há 12 dias acompanha o filho hospitalizado. A desenvoltura da filha, Anny Gabrielly, 9 anos, surpreendeu Marilene Costa, 39 anos. “Minha filha tem um tumor cerebral, vai passar por cirurgia amanhã (10) e viemos aqui participar da programação. A Anny não costuma fazer fotos, mas se divertiu muito e gostamos do resultado. Foi um presente e tanto”, disse a marabaense. “Eu ganhei uma Barbie Sereia e fiz fotos”, comemorou a criança ao lado da mãe. Serviço – Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o Hospital Octávio Lobo é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes, sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos.

Hospital Octávio Lobo celebra 9 anos de acolhimento e tratamento humanizado de crianças e adolescentes com câncer

Hospital Octávio Lobo celebra 9 anos de acolhimento e tratamento humanizado de crianças e adolescentes com câncer Com o tema “É do Hoiol, é do Pará”, aniversário da unidade reuniu usuários, acompanhantes e colaboradores, que atuam na luta contra o câncer infantojuvenil Por Ellyson Ramos 12/10/2024 15h34 Instituição que é referência no tratamento do câncer infantojuvenil celebrou aniversário com temática regional. Foto: Ellyson Ramos/AscomHoiol O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), especializado no tratamento oncológico de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos no Pará, celebrou 9 anos de fundação, um marco na rede pública do estado. Neste sábado, 12, Dia das Crianças, o Hospital celebra o compromisso contínuo com a saúde e o cuidado humanizado. Durante toda a Semana da Criança, ensaios fotográficos, brincadeiras, passeios, entrega de brinquedos e programação cultural fizeram a alegria de usuários assistidos na unidade, referência em oncologia pediátrica na região amazônica. A celebração antecipada de quase uma década do Hoiol envolveu ainda um momento especial para os paraenses, a passagem da primeira romaria oficial do Círio de Nazaré 2024, a procissão do Traslado para Ananindeua e Marituba, ocorrido na última sexta-feira (11). O espaço lateral da unidade (situada na travessa 14 de Abril, esquina com a avenida Magalhães Barata, bairro de São Brás, em Belém) acomodou colaboradores, prestadores de serviços, voluntários, usuários e familiares, que renovaram a fé e a esperança junto à padroeira dos paraenses. Após o reencontro com a imagem peregrina, todos seguiram para a brinquedoteca do 5º andar, onde ocorreu o evento comemorativo ao aniversário da instituição. Passagem da primeira romaria oficial do Círio de Nazaré 2024. Foto: Ellyson Ramos/AscomHoiol A diretora-geral do Hoiol, Sara Castro, agradeceu o empenho de colaboradores e voluntários na realização de todas as atividades programadas e destacou a importância das parcerias para ações que reforçam o apoio emocional e conforto aos pacientes internados, que, por sua vez, veem suas rotinas alteradas por atividades e visitas focadas na promoção de bem-estar. “Agradeço imensamente a nossa equipe e a todos voluntários. Estou muito feliz pelos laços criados e por tudo o que foi e é construído nesta unidade, referência no tratamento oncológico de crianças e adolescentes na região. Como gestão, sempre pensamos em avanços, qualidade, segurança e na importância do cuidado humanizado. E isso só é possível com a união de um time de profissionais altamente capacitados e dedicados. A música, brincadeira, animação, alegria nos corredores e as programações que realizamos neste hospital trazem leveza a um trabalho desenvolvido por todos com muita seriedade e compromisso com a saúde e bem-estar dos nossos usuários”, discursou Sara. A diretora-geral do Hoiol, Sara Castro, agradeceu o empenho de colaboradores e voluntários . Foto: Ellyson Ramos/AscomHoiol Participaram ainda da celebração o diretor administrativo, André Bordallo; o diretor operacional, Alan Franco; a diretora assistencial, Alnilan Urel; e a diretora técnica Alayde Vieira, que também discursou aos presentes. “O Hoiol surgiu da necessidade de um lugar para abraçar a oncologia pediátrica e aqui estamos, em um prédio com profissionais que saem de suas casas para cuidar do amor de alguém. Agradecemos a todos que trazem alegria, esperança e força para as crianças e pais, que estão em uma jornada dolorosa contra o câncer. Quando um paciente se torna um anjinho, o nosso coração se entristece, mas, quando outro toca o sino, celebrando a cura, nos enchemos de ânimo para continuar dando o nosso melhor para que cresçam, se tornem grandes pessoas e façam a diferença no mundo”, afirmou Alayde. Identidade cultural – O regionalismo presente na programação ficou ainda mais evidente com as atrações musicais: Banda Halley, que reviveu as marcantes do brega, tecnobrega e tecnomelody; e o grupo Bendito Carimbó, que convidou dançarinas voluntárias para interagirem com as crianças enquanto tocavam clássicos do ritmo. “Agradecemos a Deus pelo dom da vida e pela oportunidade de nos reunir com as crianças em um momento lindo. É algo inesquecível”, disse a vocalista da Banda Halley, Milena Sousa. Já o arte-educador Cássio dos Santos aproveitou o momento para palestrar às crianças a origem do tambor, instrumento musical presente nas rodas de carimbó. Após o parabéns, a lembrança entregue pela instituição não poderia ser mais paraense, açaí gelado, oferecido em garrafinhas personalizadas. A comemoração foi marcada por elementos da cultura paraense: ritmos, cores e cheiros fizeram parte da festa. Foto: Ellyson Ramos/AscomHoiol Em meio a tantas referências do Círio, do artesanato, da música, da dança, das festas populares, e dos saberes e fazeres amazônicos, gratidão à existência de uma instituição que atua no tratamento oncológico humanizado. “Eu sou muito grata ao acolhimento e dedicação de toda equipe do hospital, desde a recepção até a equipe médica, que sempre foi muito atenciosa durante esses seis anos de tratamento da minha filha. A Deus seja dada toda honra e toda glória por nos acompanhar e nos entregar a essa equipe grandiosa, que colaborou e colabora com o tratamento da Rebeca, luz nas nossas vidas”, afirmou a empresária Révelly Sousa, mãe de Rebeca Sousa, 9 anos. “Há 3 anos e 8 meses viemos a Belém para iniciar o tratamento oncológico do meu filho, Wanderley, foi quando conheci o hospital. Desde então, o Oncológico Infantil me marcou, pois aqui fomos acolhidos por ótimos profissionais. Só tenho a agradecer por tudo até aqui”, afirmou a altamirense Sandrielly Couto, 29 anos, que acompanha o único filho Wanderley Couto, de 6 anos, na luta contra o câncer. Programação – Na Semana da Criança, os pacientes do Hospital Octávio Lobo participaram de ensaios fotográficos temáticos feitos na unidade de saúde e em estúdio profissional. Além de receberem álbuns com os melhores registros, as crianças foram presenteadas com brinquedos e ida ao Pix Parque, espaço parceiro cedido pelo voluntariado. Os usuários também receberam a visita e foram presenteados por diversos grupos, como o “Sorriso Aberto”, formado por membros da igreja Angelim, que se apresentou neste sábado (12), na brinquedoteca do segundo andar para os pacientes hospitalizados. Serviço – Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o Hoiol é referência na região

Biomédico do ‘Octávio Lobo’ cria estratégia humanizada para reduzir medo da coleta de sangue

Biomédico do ‘Octávio Lobo’ cria estratégia humanizada para reduzir medo da coleta de sangue Matheus Bernades confeccionou capa da seringa em formato de avião para diminuir o estresse durante os procedimentos bastante comuns em pacientes oncológicos Por Leila Cruz 29/10/2024 08h00 Capinha de seringa em formato de avião. Foto: Leila Cruz/AscomHoiol Ninguém gosta de agulhas, é fato. Mas esse medo que acomete até mesmo adultos, pode ser ainda mais acentuado em crianças e adolescentes e gerar ansiedade, desconforto e até fobias por alguma situação traumática, a chamada aicmofobia. A insegurança pode ser ainda maior na hora de fazer o exame de coleta de sangue, por diversos motivos, como a associação a alguma situação que causou dor, aversão ao sangue ou até mesmo à agulha. Para tornar esse momento menos angustiante para os pacientes, o biomédico da Agência Transfusional do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, Matheus Bernades, desenvolveu uma estratégia humanizada, capinhas de seringa em formato de avião. Matheus Bernardes faz a coleta do exame de sangue no paciente. Foto: Leila Cruz/AscomHoiol Matheus conta que a ideia surgiu após observar que muitos pacientes sentem temor ao ver o sangue na seringa na hora de coleta de sangue, por isso, resolveu testar o protótipo com o intuito de amenizar o momento de tensão. Coleta de sangue é bastante comum em pacientes oncológicos “Os exames de sangue são muito comuns em pacientes oncológicos, principalmente, antes da  consulta médica para verificar se o paciente está apto a passar pelo tratamento quimioterápico ou se necessita de transfusões ou de medicações específicas. Então, a partir da percepção do medo de nossos pacientes, comecei a pensar em diversas maneiras de cobrir a seringa para tornar o processo menos assustador. Foi então que surgiu a ideia de utilizar o formato de um avião, o que trouxe um aspecto lúdico ao procedimento e tornou o projeto viável”, expôs Matheus. Paciente Ana Maria Sampaio. Foto: Leila Cruz/AscomHoiol O biomédico acredita que a abordagem lúdica ajuda a tornar o processo de coleta mais leve e menos traumático. “O formato de avião distrai a criança durante a coleta de sangue e exames ambulatoriais, somado a isso sempre é bom explicar o motivo do procedimento, que será apenas uma picadinha no braço e que vai durar pouco tempo. A aceitação tem sido muito positiva, principalmente porque a abordagem lúdica ajuda a distraí-los,tornando o momento  menos estressante.” Ana Lúcia Silva, 35 anos, mãe da Ana Maria Sampaio, 11 anos, aprovou a iniciativa. “É importante porque realmente as crianças quando enxergam a agulha ficam com bastante nervosas, já vi algumas darem bastante trabalho, o medo faz até a veia desaparecer na hora da coleta. A menina está em tratamento contra um Sarcoma de Ewing, um tipo de tumor raro que se desenvolve nos ossos e nos tecidos moles ao redor deles. “Eu gostei achei diferente, bem legal, nem doeu”, disse a menina. Paciente Wesley Oliveira. Foto: Leila Cruz/AscomHoiol A  iniciativa do biomédico associada à atuação de profissionais experientes, têm conseguido promover um ambiente mais acolhedor no Hospital, é o que percebe, por exemplo, a dona de casa, Andreza Oliveira, de 32 anos. Ela acompanhava o filho, Wesley Oliveira. “Muito bom pensar nos pequenos durante um momento bem complicado”. “Meu filho faz bastante coletas no hospital. Quando ele não está bem comparecemos na Unidade de Atendimento Imediato. Então, tudo o que o hospital fizer no sentido de acolher nossos filhos, é super bem-vindo”, disse a mãe Andreza Oliveira.

Vice-governadora do Pará visita pacientes do HOIOL e parabeniza trabalho desenvolvido na unidade gerenciada pelo ID

Vice-governadora do Pará visita pacientes do HOIOL e parabeniza trabalho desenvolvido na unidade gerenciada pelo ID Acompanhada da secretária de Saúde, Ivete Vaz, Hana Ghassan entregou presentes, interagiu com usuários em tratamento e elogiou projetos da instituição Por Ellyson Ramos 30/10/2024 14h00 Representante do poder executivo do Pará conversou com usuários na brinquedoteca do 5º andar e conheceu iniciativas que tornam o atendimento na unidade mais humanizado. Foto: Pedro Guerreiro/ Ag. Pará. A vice-governadora do Pará, Hana Ghassan, visitou, na manhã desta quarta-feira, 30, pacientes do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (HOIOL), em Belém. Acompanhada da secretária de Estado de Saúde Pública (Sespa), Ivete Vaz, a gestora conversou com usuários e acompanhantes nas brinquedotecas da unidade e entregou presentes durante a visita às enfermarias, em ação alusiva ao mês das crianças. Na oportunidade, a vice-governadora ainda realizou a entrega dos kits de higiene e conheceu projetos que humanizam o trabalho desenvolvido na instituição, referência em oncologia pediátrica na região amazônica. Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o HOIOL é gerenciado pelo Instituto Diretrizes (ID), sob o contrato de gestão do Governo do Estado, por meio da Sespa, e atende pacientes de 0 a 19 anos incompletos, oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos. Ao chegarem na unidade, as autoridades foram recebidas pelo diretor regional do ID, Lucas Urel; pela diretora-geral, Sara Castro, e demais membros da diretoria; além de profissionais da saúde e usuários do serviço. Em seu discurso, Hana parabenizou a instituição, que integra uma rede de assistência cada vez mais inclusiva e humanizada. “Ainda estamos no mês das crianças e viemos aqui para promover uma manhã alegre a todos vocês. Trouxemos brinquedos para as nossas crianças e esperamos que se sintam acarinhados neste momento. Viemos quebrar a rotina hospitalar, que acredito que deva ser exaustiva. Por isso, parabenizamos também a secretária de Saúde, a direção e toda a equipe técnica do hospital, que trabalha no acolhimento dessas famílias”, afirmou a vice-governadora. As autoridades visitaram ainda a Classe Hospitalar Professor Roberto França, situada no 5º andar do HOIOL. Foto: Pedro Guerreiro/ Ag. Pará. A secretária de Saúde reforçou o compromisso da gestão com a oncologia pediátrica e com o hospital, que passa por reforma da estrutura predial. “É com muita alegria que nos encontramos mais uma vez nesta unidade e é com muito carinho que nutrimos essa parceria. O Governo do Pará está dando um grande presente a todos os usuários: a reforma geral do HOIOL. A previsão é que a obra seja entregue pelo governador em até um ano. Estamos reformando um hospital em pleno funcionamento, portanto seguimos a etapa do projeto para não parar o atendimento”, explicou. A obra, prevista para ser entregue em outubro de 2025, inclui, dentre outras medidas, a reformulação da climatização com a instalação de novos aparelhos de ar condicionado, pisos, portas, além da revisão nos sistemas elétricos e de iluminação, assim como da programação visual. A reforma hospitalar vai otimizar a prestação de serviços de média e alta complexidade ofertados no hospital. A diretora-geral do HOIOL, Sara Castro agradeceu às visitantes “pela sensibilidade para com os usuários e acompanhantes”. “Acredito que foi um momento muito especial para as crianças. A presença da vice-governadora e da secretária de saúde na unidade reforça o compromisso com o tratamento humanizado, que vai além do médico e assistencial. Atentamos para o bem-estar integral e priorizamos atividades que promovam memórias afetivas alegres aos pacientes que lutam contra o câncer”, afirmou. A secretária de saúde do Pará, Ivete Vaz, e a vice-governadora, Hana Ghassan, conversam com usuários do serviço na brinquedoteca do 2º andar. Foto: Pedro Guerreiro/ Ag. Pará. Vice-governadora conheceu o projeto Visita Pet na unidade gerenciada pelo ID Fortalecendo políticas de cuidado integral do paciente, o HOIOL desenvolve projetos que promovem apoio psicológico e recreativo, garantindo um tratamento diferenciado. Ações, realizadas em parceria com o voluntariado cadastrado na instituição, priorizam a saúde mental de pacientes e acompanhantes na jornada contra o câncer. Vice-governadora Hana Ghassan conheceu projetos como o “Visita Pet”, no qual o contato com pets é utilizado na promoção de bem-estar aos pacientes. Foto: Pedro Guerreiro/ Ag. Pará. A exemplo dessas iniciativas, as representantes do poder executivo conheceram o cão terapeuta Alecrim, do Batalhão de Ação com Cães (BAC) da Polícia Militar do Pará, que interagiu com pacientes em mais uma edição do Projeto “Visita Pet”. A ação, desenvolvida regularmente pelo Escritório de Experiência do Paciente (EEP) do hospital, faz uso da Terapia Assistida por Animais (TAA) e visa amenizar os efeitos de longos períodos de internação. Segundo estudos, esse tipo de terapia traz benefícios físicos e mentais, uma vez que contribuem para a melhora do sistema imunológico e da capacidade motora do paciente, além de atuar na diminuição de sintomas da ansiedade e depressão. A visita com os pets é monitorada por especialistas e a liberação do usuário para a interação com os animais ocorre somente após avaliação da equipe multidisciplinar do HOIOL. Vice-governadora Hana Ghassan interagiu com o cão Alecrim e pacientes durante a terapia. Foto: Pedro Guerreiro/ Ag. Pará. Moradora do município de Parauapebas, Leonay Pereira, de 30 anos, acompanha o filho Davi Emanuel, de 11 anos, há dois anos em tratamento contra leucemia. A cada 15 dias, mãe e filho vêm a Belém para passar por consultas, exames e tratamento quimioterápico endovenoso. Para a família, a quebra da rotina é muito importante durante a hospitalização por deixar o ambiente mais acolhedor e leve. “Eu ganhei um carrinho, uma garrafinha e um kit de higiene, foi muito legal. Eu também gostei muito de ver o Alecrim, sempre fico feliz com a presença dele, gosto muito de cachorros”, disse o menino.   “Essa visita das autoridades foi muito importante para nos tirar de uma rotina entediante, assim como as outras ações de humanização realizadas pelo hospital. Isso porque os pacientes vêm para cá para passar pelos mesmos processos e receber o carinho das pessoas acaba motivando e alegrando as nossas crianças”, afirmou Leonay. Hana entregou presentes aos usuários durante

Hospital Regional Público do Leste realiza I Simpósio de Cuidados Paliativos

Hospital Regional Público do Leste realiza I Simpósio de Cuidados Paliativos Unidade gerenciada pelo Instituto Diretrizes abordou qualidade de vida e assistência humanizada com 260 profissionais e estudantes Por Pedro Amorim 18/10/2024 08h13 Foto: Divulgação. Cuidados paliativos fazem parte da assistência que busca melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças graves ou ameaçadoras à vida, com foco no alívio do sofrimento, por meio do manejo de sintomas físicos, emocionais, sociais e espirituais. Com o propósito de abordar a temática, a gestão do Hospital Regional Público do Leste (HRPL), em Paragominas (PA), realizou na última quarta-feira (16) o “I Simpósio de Cuidados Paliativos”. O evento, organizado pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) e com o apoio da Faculdade Anhanguera, reuniu cerca de 260 participantes, incluindo estudantes e profissionais da saúde. O Simpósio foi realizado gratuitamente e abordou os aspectos conceituais dos cuidados paliativos, além da atuação da equipe em estudos de caso e troca de experiências com os participantes. Entre os palestrantes, estavam Lelyson Maciel, médico intensivista; a psicóloga Júlia Veloso; o farmacêutico Erick Paduano; Hayene Matos, nutricionista; Patrícia Costa, fisioterapeuta; e a fonoaudióloga, Larissa Lemos, com mediação da médica Mariana Ferro e da enfermeira, Karla Silva, diretora assistencial do HRPL. Foto: Divulgação. A psicóloga Júlia Luz Veloso, que compõe a Comissão de Cuidados Paliativos (CCP) do HRPL, enfatiza que promover discussões sobre essa temática é essencial, pois contribui para desmistificar preconceitos e esclarecer dúvidas tanto da comunidade, quanto dos profissionais de saúde em relação à abordagem paliativa. Isso favorece uma maior aceitação e integração dos cuidados paliativos nos sistemas de saúde. Segundo ela, o “Dia Mundial de Cuidados Paliativos”, celebrado anualmente em outubro, tem como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a importância dos cuidados paliativos para pessoas com doenças que ameaçam a vida.   “Os objetivos do evento incluem promover a troca de experiências entre profissionais da área, proporcionando um espaço para discussão sobre os avanços e tendências nos cuidados paliativos. Além disso, busca-se apresentar estudos de caso e práticas inovadoras que possam enriquecer o campo, bem como fomentar a formação contínua dos profissionais e sensibilizar a sociedade sobre a importância dos cuidados paliativos na assistência à saúde”, informou a profissional. Foto: Divulgação. O médico e diretor técnico do HRPL, Lelyson Maciel, destacou que “o respeito à autonomia do paciente é um dos pilares fundamentais nos cuidados paliativos, garantindo que cada indivíduo tenha o direito de tomar decisões informadas sobre seu próprio tratamento”. Ele acrescenta que é essencial que os profissionais de saúde escutem e acolham as preferências do paciente, respeitando sua dignidade e seus valores, assegurando que suas decisões sejam tratadas com a devida importância. Foto: Divulgação. Aprovação – Nathalia Maria Guimarães, de 32 anos, comenta que já conhecia o tema e que a proposta do evento é essencial para o seu exercício profissional. Para ela, os cuidados paliativos são fundamentais, pois promovem cuidados humanizados e conforto aos pacientes. “O evento contribuiu com a comunidade oferecendo conceitos importantes e desmistificando a temática, contribuiu muito com o meu trabalho, porque não é comum que esse tema seja abordado, temos que aproveitar essa oportunidade. A iniciativa foi maravilhosa, aguardo os próximos eventos e torço para que cresçam ainda mais”, finalizou a assistente social da saúde indígena. Foto: Divulgação. Para a técnica de enfermagem e estudante do curso de graduação em Enfermagem, que também participou do evento, Gilzélia dos Reis Conceição, de 37 anos, “esse é um tema que ainda é pouco discutido e o simpósio foi essencial, trazendo clareza sobre o papel dos cuidados paliativos. Eles são fundamentais para promover conforto ao paciente, garantindo uma morte digna, sem sofrimento, com respeito à sua condição e à sua dignidade”, ressaltou ao parabenizar a iniciativa do HRPL.   Dados – De 2020 até setembro de 2024, a Comissão de Cuidados Paliativos do HRPL acompanhou um total de 190 pacientes e seus familiares. No ano de 2024, 51 desses pacientes foram atendidos, representando cerca de 27% do total de atendimentos no período. As principais condições diagnosticadas entre os pacientes acompanhados incluem acidentes vasculares encefálicos (AVE) e câncer. Foto: Divulgação. Serviço: O Hospital Regional Público do Leste integra a rede de saúde do Governo do Pará. É administrado pelo Instituto Diretrizes, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). O HRPL fica localizado na Rua Adelaide Bernardes, s/n, no bairro Nova Conquista, em Paragominas, Pará. Mais informações pelo telefone: 0800 580 3291.

Em Belém, rodas de conversa no HOIOL abordam os desafios do enfrentamento do câncer infantil

Em Belém, rodas de conversa no HOIOL abordam os desafios do enfrentamento do câncer infantil Especialistas da instituição orientaram cuidadores sobre a importância do diagnóstico precoce e das etapas que envolvem o tratamento oncológico em crianças e adolescentes Por Ellyson Ramos 19/09/2024 17h58 Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (HOIOL) promoveu, na terça-feira (17) e quarta (18), rodas de conversas com pais, responsáveis, cuidadores e colaboradores da instituição. Mediados por oncologistas da unidade, os eventos abordaram sinais e sintomas, bem como a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Por meio de relatos de mães e de crianças em tratamento, o evento propiciou o compartilhamento de experiências e esclareceu dúvidas sobre os tipos da doença, que, embora rara, pode apresentar-se de forma agressiva, com rápida progressão para metástase. Reflexões – Em um dos encontros, realizado no auditório da instituição, o paciente Mateus Gonçalves, de 9 anos, pediu a palavra para compartilhar com os participantes a sua jornada contra a leucemia. “Eu senti uma dor muito forte e desmaiei. Quando acordei, eu estava na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), fui para o Regional (Hospital Regional de Tucuruí – HRT) e logo em seguida me transferiram para cá (Hospital Oncológico Infantil). Cheguei em Belém, fui direto para a UTI e fiquei por 4 meses. Meu aniversário de sete anos foi no leito. Mas hoje estou bem”, recordou o tucuriense. A oncopediatra Fabiola Puty, que mediava a atividade, pediu aplausos para Mateus e todas as crianças assistidas na instituição. “Eles são extremamente corajosos, fortes e nos inspiram a dar o nosso melhor todos os dias”, afirmou a médica enquanto defendia a importância de eventos como as rodas de conversa para a ampliação do acesso a informações que podem resultar no diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), até o final do triênio 2023-2025, cerca de 24 mil crianças e adolescentes devem ser acometidas por algum tipo de neoplasia maligna. Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL A especialista explica que o câncer infantojuvenil surge pelo crescimento desordenado de algumas células no organismo da criança e, diferente dos cânceres que acometem a população adulta, não são causados por fatores externos. “Na criança e no adolescente, as células sofrem uma mutação no material genético e permanecem com características semelhantes à célula embrionária, multiplicando de forma rápida e desordenada”, explicou Fabiola, que ressaltou a importância da conscientização. “Todos nós já tivemos dor e febre em algum momento da vida. Mas o que difere alguns sinais e sintomas e nos chama atenção para as doenças oncológicas é o tempo de sintoma. Então, febre e dores que persistem por mais de dez dias devem servir de alerta. E ao se deparar com alertas clínicos de uma possível doença oncológica, oriente a família a procurar a avaliação médica e contribua para a detecção precoce e para o tratamento imediato”, finalizou a médica. Centro especializado – As leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas são os tipos de câncer mais comuns na infância. Os sarcomas, que surgem em tecidos conjuntivos como músculos e ossos, são os mais incidentes na faixa etária de 0 a 19 anos, público assistido no Hospital Octávio Lobo. Habilitado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) pelo Ministério da Saúde (MS), o HOIOL integra a Rede de Atenção Oncológica do Estado do Pará, assistindo usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), do diagnóstico ao tratamento multidisciplinar especializado. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes (ID), sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). Há dois anos, a pedagoga Carla Andrade acompanha o filho João Vitor, 14 anos, na luta contra a leucemia. A busca por avaliação médica ocorreu assim que ela observou a palidez e a perda de peso repentina do adolescente, que também se queixava de fortes dores nas pernas e na região lombar. Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. “Não tinha casos de câncer na minha família, então, quando o João Vitor começou a perder peso rapidamente e a reclamar de muitas dores, eu o levei ao médico sem imaginar que pudesse ser câncer. Hoje, com essa roda de conversa, relembrei muita coisa e aprendi muito, tanto sobre a doença que ele enfrenta quanto sobre outros tipos de câncer. O evento foi muito esclarecedor. É importante falar sobre isso e procurar ajuda médica para iniciar o tratamento adequado. Quanto mais cedo, melhor”, disse ela durante reunião na brinquedoteca do 5º andar. A médica Karoline Silva, que supervisiona o caso do João desde a chegada do adolescente no HOIOL, também mediou rodas de conversa na unidade. “Comunicamos a importância do diagnóstico precoce do câncer em uma linguagem mais acessível para mães, acompanhantes e crianças. Também incentivamos a participação deles para que pudessem contar suas experiências, histórias, pois, quando retomamos uma memória, a informação é melhor assimilada”, afirmou. Durante as orientações, a especialista em oncologia pediátrica ressaltou peculiaridades do enfrentamento do câncer infantojuvenil na Amazônia. “Na nossa região, há doenças endêmicas como a leishmaniose, que pode ocasionar sintomas como febre, palidez, aumento do volume abdominal. Logo, a criança deve ser levada ao médico para que doenças infectocontagiosas e parasitárias sejam, ou não, descartadas. O câncer infantil é raro, mas agressivo, com alta capacidade de metástase. O diagnóstico tardio resulta em um tratamento mais agressivo, cirurgias mais invasivas e isso impacta na vida da criança. Por isso, informar sobre sinais e sintomas e visitar regularmente um médico pediatra ajudam a desmistificar e lutar contra a doença”, concluiu Karoline.

Oncológico Infantil alerta sobre a gravidade da febre em pacientes com câncer

Oncológico Infantil alerta sobre a gravidade da febre em pacientes com câncer Ações educativas buscam reduzir tempo entre a detecção da febre e a administração do antibiótico em pacientes oncológicos para evitar desfechos graves como a sepse, necessidade de cuidados intensivos ou óbito Por Leila Cruz 18/09/2024 17h48 Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. Muito comum em crianças e adolescentes submetidos ao tratamento com quimioterapia, a febre é um sinal de alerta, pois pode estar relacionada à neutropenia febril que é considerada uma emergência médica potencialmente fatal e levar à infecção generalizada (sepse). Desde 2018, existe uma iniciativa mundial para identificar precocemente os pacientes com eventos febris e tratá-los em tempo hábil. Esse é o principal objetivo do Projeto “Hora Dourada; Minutos que Salvam Vidas”, aderido pelo Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (HOIOL), em Belém, e que faz parte da Aliança Global Contra o Câncer Infantil, lançada pelo St. Jude Children’s Research Hospital, nos Estados Unidos e, no Brasil, pelo grupo Aliança Amarte.   A meta do programa é aumentar a taxa mundial de sobrevida dos pacientes em 60% até 2030. Em abril deste ano, o projeto-piloto foi iniciado na Unidade de Atendimento Imediato (UAI), serviço que assiste às intercorrências oncológicas dos usuários do hospital. A unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) já atendeu 1.126 casos de câncer no período de 2019 a julho de 2024. O local foi escolhido justamente por assistir os pacientes com febre, um sintoma de alerta para neutropenia febril – redução da contagem de neutrófilos (células de defesa) no sangue. A condição é comum em pacientes após os ciclos de quimioterapia por reduzir a imunidade e, portanto, deixá-los mais suscetíveis a desenvolver infecções. Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL “Essa é considerada a complicação mais comum durante o tratamento, uma emergência oncológica caracterizada pelo aumento na gravidade de infecções causadas por bactérias e fungos. Portanto, o projeto ‘Hora Dourada’ busca agilizar o atendimento àqueles que apresentam estados febris para evitar a evolução para uma situação mais grave. O nosso propósito é fazer com que 70% dos nossos pacientes com febre ou com temperatura igual, ou superior a 37.8°C recebam a primeira dose de antibiótico em 1 hora”, explicou a diretora assistencial do HOIOL, Alnilan Urel. Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. As ações de orientação foram reforçadas no mês de conscientização sobre o câncer infantojuvenil. As atividades contaram com distribuição de termômetros e a apresentação do grupo “Caixa de Teatro” para adequar as informações à linguagem infantil, informou a líder do projeto e coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (Scih) do Hospital Octávio Lobo, a enfermeira Adrielle Monteiro. “A encenação mostrou de maneira lúdica e cômica como a febre se manifesta no corpo humano e a importância de ter um termômetro em casa. A equipe também apresentou uma paródia da música ‘Voando para o Pará’, da cantora Joelma, que recebeu o nome de ‘Neutropenia Aqui Não Dá’.   Francilina Alves, 41 anos, é moradora da comunidade rural da Caip, localizada no município de Paragominas (PA). Ela veio à Belém para acompanhar o filho Fabiano Lima, de 18 anos. Mãe e filho ouviram as recomendações enquanto aguardavam pela primeira consulta do jovem. “Entendi que a febre aponta para algo errado com a saúde dos nossos filhos. Muitas vezes damos um remedinho e esperamos o resultado, mas o certo é procurar um médico”, disse. Fabiano também ficou atento às explicações. “É bem interessante, principalmente devido à música, bastante conhecida e chamou bastante atenção, não só da criançada, mas dos adultos também.” Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. Adrielle ressaltou ainda que caso a febre não seja tratada adequadamente e esteja relacionada à neutropenia grave, o paciente pode evoluir para um choque séptico e necessitar de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Não basta dizer que está sentindo o filho ‘quente’, os pais precisam aferir a temperatura e quando chegarem ao hospital sinalizar esse estado para a equipe médica. As nossas atividades trouxeram informações simples, mas que farão a diferença na evolução do paciente.” Uma das recomendações é sempre deixar uma mochila pronta com roupas e documentos para facilitar o deslocamento ao hospital. “A nossa equipe está preparada para realizar o atendimento dos nossos usuários: a consulta, os exames e a aplicação do antibiótico em tempo hábil. Essa medida é fundamental nestes pacientes que apresentam baixa resposta imune, pois reduz de forma significativa a mortalidade, conforme idealizado pelo projeto. Afinal, minutos salvam vidas”, concluiu a enfermeira. Serviço – Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o HOIOL é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes (ID), sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos.

Hospital Octávio Lobo promove ‘Setembro Dourado’ e reforça importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil

Hospital Octávio Lobo promove ‘Setembro Dourado’ e reforça importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil Campanha alerta para sinais e sintomas de neoplasias malignas que figuram entre as principais causas de morte por doença em crianças no Brasil Por Ellyson Ramos 11/09/2024 17h53 Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. Embora considerado raro, quando comparado com as neoplasias malignas que atingem o público adulto, o câncer infantojuvenil apresenta sinais e sintomas que podem ser confundidos com traumas e lesões decorrentes de brincadeiras da infância. Mesmo assim, ignorar inchaços, hematomas e outros possíveis indícios da doença é um fator preocupante, uma vez que a demora na busca por avaliação médica dificulta o diagnóstico precoce do câncer e prejudica a eficiência do tratamento, diminuindo a possibilidade de cura e de sobrevida do paciente. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que as neoplasias malignas estão entre as principais causas de morte por doenças em crianças no Brasil. O órgão do Ministério da Saúde (MS) estima ainda que, entre os anos de 2023 e 2025, cerca de 8 mil crianças e jovens de 0 a 19 anos devem ser acometidos por algum tipo de câncer no País. Legenda: Dra. Fabiola Puty, oncologista pediátrica do HOIOL. Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. Referência no tratamento oncológico de pessoas dessa faixa etária na região amazônica, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (HOIOL), em Belém, apoia campanhas como o Setembro Dourado, iniciativa nacional que alerta para a importância da busca por avaliação médica em tempo hábil e do diagnóstico assertivo. Para tanto, a oncologista pediátrica da unidade, Fabiola Puty, afirma que é fundamental que a sociedade atente para sinais e sintomas que possam indicar câncer. “A campanha Setembro Dourado ensina pais, professores, familiares e cuidadores a reconhecer os sinais de um possível câncer, para que o mesmo seja diagnosticado precocemente e, assim, ser tratado, promovendo mais chances de cura para as crianças acometidas”, explica a especialista, que desde 2018 atua no HOIOL. Incidência – Leucemias, tumores do sistema nervoso central e linfomas são os tipos de câncer mais comuns em crianças e adolescentes. A busca tardia por atendimento especializado diante de sintomas como perda de peso inexplicada, febres recorrentes, dores, cansaço e sangramentos impacta na detecção e tratamento da doença. Quando identificado na fase inicial e tratado adequadamente, o câncer infantojuvenil pode ser vencido. Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. “O câncer infantil pode afetar o bem-estar e ter um impacto duradouro na vida de uma criança e daqueles ao seu redor. A boa notícia é que, ainda que os tumores se apresentem de forma mais agressiva e veloz na infância e na adolescência, as chances de cura nessa fase também são mais altas em comparação com as dos adultos. Para crianças que recebem o diagnóstico o quanto antes e são tratadas adequadamente em centros especializados, a taxa de cura chega a 80%. O tratamento em fases iniciais melhora a qualidade de vida e a conduta terapêutica para esses pacientes tende a ser menos agressiva, com cirurgias menos invasivas, por exemplo”, explicou a oncologista. Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o HOIOL é gerenciado pelo Instituto Diretrizes, sob contrato de gestão da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), e atende pacientes dos 144 municípios paraenses e de estados vizinhos. De 2019 a julho deste ano o Oncológico Infantil registrou 1.126 novos casos de câncer, sendo 598 de neoplasias hematológicas. Pacientes como André Nobre, 9 anos, filho da servente escolar Maria das Neves Nobre, de 36 anos. A criança realiza tratamento contra a leucemia. “No ano passado, surgiram uns nódulos na axila esquerda do André e ele passou a se queixar de febre e dores nas pernas. Fomos ao médico e ele foi encaminhado para cá (HOIOL). No momento em que o diagnóstico saiu, eu fui tomada pelo medo. A palavra câncer assusta tanto, mas eu me acalmei quando a oncologista me explicou sobre o tratamento, sobre esse novo período de luta e as chances de cura do meu filho. O hospital em si e o atendimento me tranquiliza até hoje, e aqui ele sempre foi muito bem atendido, graças a Deus”, afirmou. Legenda: André Nobre e a mãe, Maria das Neves. Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. Natural de Vigia de Nazaré, nordeste paraense, Maria chegou a ser acolhida em uma casa de apoio enquanto o filho realizava as primeiras etapas do tratamento na unidade. Agora, estabeleceu residência em Icoaraci, distrito da capital paraense. As mudanças repentinas, contudo, não abalaram a fé da vigiense. “Penso muito positivo. Confio muito em Deus e na equipe do hospital e sei que meu filho será curado”, disse Maria, que recomenda atenção dos pais aos sinais que podem ajudar a diagnosticar a doença precocemente. “Campanhas abordando sintomas e os tipos de câncer são muito importantes e podem salvar muitas vidas. Antes de conhecer o câncer, eu tinha ouvido falar sobre o Setembro Dourado, mas confesso que não me aprofundei no assunto. Minha rotina era trabalho fora e tarefas em casa, mas ainda assim, prestei atenção nos sinais do corpo do meu filho. Os pais precisam ficar mais atentos, pois isso fez muita diferença para o tratamento dele”, completou Maria. A educadora Thaís Sousa, 35 anos, conta que também observou mudanças no corpo do filho, Davi Pardim, de 8 anos, diagnosticado com neuroblastoma em 2022. “Eu sabia que algo de errado estava acontecendo com o meu filho, mas jamais imaginei que pudesse ser câncer. Ele sentia dores e chegou a ter uma febre de 44 graus no pronto-socorro. Quando a barriga dele ficou distendida, foi feito exame de imagem e aqui (no Oncológico Infantil) a suspeita foi confirmada. Meu filho foi diagnosticado com câncer aos seis anos”, recordou. “Agradeço o suporte que recebo dos profissionais do hospital nesse um ano e 10 meses de luta. Acho que ninguém está verdadeiramente preparado para lidar com o câncer. A gente sempre pensa que é algo que está muito distante da nossa realidade, mas quando o diagnóstico do meu filho veio, nossas vidas mudaram radicalmente”, afirmou Thaís enquanto

Humanização anda de braços dados com o voluntariado no Hospital Oncológico Infantil

Humanização anda de braços dados com o voluntariado no Hospital Oncológico Infantil Mais de 50 projetos fazem a diferença durante a internação de crianças e adolescentes assistidos no hospital da rede pública do Pará gerenciado pelo ID Por Leila Cruz 07/09/2024 12h43 Foto: Leila Cruz/Ascom HOIOL. A vontade de ajudar e de fazer a diferença na vida daqueles que mais precisam movem pessoas diariamente em todos os cantos do planeta. Informações divulgadas em 2021 pela Pesquisa Voluntariado no Brasil e conduzida pelo Datafolha apontou que existem mais de 50 milhões voluntários ativos no País. Conforme o levantamento, cada pessoa dedicou, em média, 18h por mês às causas sociais, o equivalente a 12 bilhões de horas por ano. Uma das áreas de atuação é a saúde, cujas atividades e doação de tempo apoiam a assistência e ajudam a mudar o dia de vários pacientes. Foto: Ellyson Ramos/Ascom HOIOL. Muitas e diferentes motivações levam uma pessoa a exercer esse tipo de atividade: vontade de ajudar, exercer a cidadania, defender uma causa, adquirir novas habilidades. Mas, para a cerimonialista, Marina Morais, 49 anos, esse propósito veio do berço. Ela é uma entre os mais de 100 voluntários do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (HOIOL), situado em Belém, no Pará, e gerenciado pelo Instituto Diretrizes (ID). Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. “Sou voluntária por natureza porque meus pais sempre foram voluntários, aprendi com eles. Com a pandemia da Covid-19, ficamos parados, mas o hospital infantil foi um dos primeiros a retornar com essa atividade. Sou voluntária desde 2021. Comecei com a assistência religiosa e depois que ‘peguei na ponta do novelo’ virou um trabalho sem fim.” Marina também desenvolve contação de histórias, visita religiosa, festas infantis em datas especiais e comemorativas, doações de livros e materiais bíblicos. “Um dos projetos que temos é o coral, composto não somente pelos voluntários, como também pelos colaboradores do HOIOL. É algo extremamente emocionante, um medley com um mix de música e encenação. O voluntariado é o sentido da minha vida hoje, eu não conseguiria existir sem fazer esse tipo de trabalho”, disse. Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. A artesã e professora de língua portuguesa, Simone Quitel, 49 anos, é membro do Projeto “Mãos Arteiras”, coordenado pela Capelania Hospitalar da Igreja Angelim. Toda quinta-feira comparece à unidade de saúde para ensinar um artesanato sustentável às genitoras dos pacientes no ateliê GAIA (abreviação para Gerar Amor, Ideias e Arte), do hospital. O desejo de exercer uma atividade voluntária surgiu quando o genitor foi acometido por um câncer. Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. “Ficávamos muito sozinhos no hospital onde ficou internado. Meu pai faleceu, infelizmente, porém senti vontade de continuar frequentando o ambiente hospitalar, mas como voluntária. Sou professora de educação especial e tenho muito afeto pelas crianças”, disse Simone, que ainda recorda do dia em que visitou o Oncológico Infantil pela primeira vez. “Eu me apaixonei. Percebi que, mesmo estando aqui, elas não têm ideia daquilo que estão passando. Queria construir e fazer parte das boas lembranças delas, porque me sinto feliz fazendo o bem. Saio sempre muito renovada, feliz, e com o sentimento de ter feito algo importante para alguém”, disse Simone.   As ações sociais desenvolvidas, de forma individual ou em grupo, por pessoas como Simone e Marina ajudam o hospital a cumprir com a missão de proporcionar tratamento  humanizado às crianças e adolescentes assistidos na instituição. “Eles nos ajudam de muitas formas, presencialmente ou à distância. São seres humanos especiais que se organizam para dedicar tempo, atenção e habilidades em benefícios dos enfermos. Muitas vezes deixam os trabalhos e as famílias para estarem aqui, conosco, e pra fazer  com que as nossas ações de humanização possam acontecer”, afirmou a brinquedista da equipe de Humanização do HOIOL, Bianca Domingues, 27 anos. Foto: Jaine Oliveira/Ascom HOIOL. “Esse envolvimento livre e espontâneo é realmente algo muito especial, percebemos a satisfação em contribuir com o trabalho desenvolvido pelo hospital e deixar o ambiente mais acolhedor. Contamos com os voluntários para tudo, fazer decoração, doar brinquedos e materiais para as programações. Sempre estão envolvidos de corpo e alma, sem encontrar barreiras. É uma das coisas mais bonitas que consigo perceber, eles não recebem nada além do sorriso, de um abraço e o pedido de bis dos nossos pequenos”, completou Bianca.

Hospital Oncológico Infantil arrecada mais de 2 mil brinquedos em concurso de Miss e Mister

Hospital Oncológico Infantil arrecada mais de 2 mil brinquedos em concurso de Miss e Mister Programação cultural ressalta a importância da brincadeira e da solidariedade para amenizar o enfrentamento à doença na unidade de saúde O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, arrecadou cerca de 2.600 brinquedos durante a programação junina. A iniciativa solidária do Setor de Humanização mobilizou os candidatos do segundo concurso de Miss e Mister na coleta das doações, com o objetivo de contemplar as crianças atendidas na instituição. O “Arraiá do Hoiol” chegou à oitava edição buscando difundir e incentivar uma das principais manifestações populares brasileiras, fortalecer a cultura e valorizar os profissionais da unidade de saúde, conforme as diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH). Nesta época do ano, desde 2017, o Hospital celebra a temática com a finalidade de socializar os usuários e acompanhantes, criar memórias afetivas e fortalecer laços de solidariedade. “A festa é uma das mais animadas e traz o colorido, a alegria, os cheiros e os ritmos esperados para o período. Para isso, organizamos um cronograma de brincadeiras e uma edição especial do Projeto ‘Pequenos Chefs’, para que nossos usuários e respectivos familiares possam ser inseridos na magia deste mês festivo e desfrutem de momentos de alegria e bem-estar, e não fiquem fora das comemorações”, disse a coordenadora de Humanização, Natacha Cardoso. Profissionais da unidade apresentaram a tradicional quadrilha nos corredores. Já o concurso de Miss e Mister ocorreu na brinquedoteca, no 5º andar, promovendo um ambiente mais acolhedor, divertido e leve para quem enfrenta uma doença complexa como o câncer. As atividades vão ao encontro do que estabelece a Lei nº 14.826, instituída em 20 de março de 2024, determinando que é dever do Estado, da família e da sociedade proteger, preservar e garantir o direito ao brincar a todas as crianças. Natacha Cardoso garantiu que esse direito é levado a sério desde o início das atividades do Hospital, em 2015. Ela ressaltou que o brincar não é visto como mero entretenimento, mas como uma forma de intervenção terapêutica para os pacientes hospitalizados. A finalidade, sobretudo, é promover o desenvolvimento psicológico e ajudar no enfrentamento da doença. “O brincar é muito importante dentro de um ambiente hospitalar pediátrico. Portanto, aqui no Hoiol está inserido em todas as etapas do tratamento para desenvolver habilidades afetivas, cognitivas, emocionais, sociais e psicomotoras do nosso público infantil. Além disso, tivemos uma grande campanha, com nove candidatos, para arrecadar brinquedos que serão utilizados ao longo de 2024 em diversos projetos executados no Hospital, inclusive na celebração dos aniversariantes do mês para aqueles internados ou em atendimento ambulatorial”, informou a coordenadora. Amor e empatia – Sharlene Moura, eleita Miss Caipira Hoiol 2024, ficou emocionada ao entregar 1.052 brinquedos arrecadados por ela e a equipe. “Não sei explicar a felicidade que senti ao conseguir esse número de doações. Cada brinquedo representa um ato de amor e empatia de cada pessoa que valoriza as vidas assistidas aqui. Isso me deixou muito emocionada, porque nós criamos laços com as crianças. Só de imaginar o rostinho delas recebendo os presentes, fico feliz”, declarou. O título de Mister ficou com o copeiro Roberto Azevedo. Apesar de estar há apenas um mês no Hospital, ele recebeu apoio dos colegas de trabalho e entregou cerca de 790 brinquedos. “Senti uma satisfação muito grande em participar desse evento. A proposta é levar diversão e motivação para que nossos pacientes sempre lembrem que são crianças, independente do ambiente onde se encontram. Este foi o primeiro ano que participei. Estou há um mês no Hospital e me senti honrado ao ajudar a minimizar os efeitos negativos da hospitalização e dos procedimentos”, garantiu Roberto.