Especialista da unidade assegura que prática ajuda a desenvolver o físico, o cognitivo e o socioemocional dos pacientes
Quem não gosta de ouvir uma boa história? Essa prática que desperta a magia e mexe com a imaginação de crianças e adultos integra uma das estratégias do Hospital infantil Octávio Lobo (Hoiol), referência no tratamento do câncer infantojuvenil em Belém. Em comemoração ao Dia Internacional do Contador de Histórias, na última segunda-feira (20) e ao Dia Nacional da Infância, celebrado nesta terça-feira (21), o hospital realizou uma programação alusiva às datas para promover o desenvolvimento dos usuários e minimizar as reações ocasionadas pelo diagnóstico do câncer e dos longos períodos de internação.
Membro do setor de humanização, Joyce Freitas traz os conhecimentos da formação de pedagoga para as atividades realizadas na unidade de saúde.
“A contação de histórias ajuda a desenvolver o físico, o cognitivo e o socioemocional dos pacientes. As crianças podem associar o que estão ouvindo a situações do dia a dia pelas quais estão passando. E assim criar formas de lidar com as dificuldades e com as próprias emoções, já que os contos trazem vários sentimentos, como medo, alegria, tristeza, angústia, euforia, entre outros. Isso ajuda a desenvolver habilidades socioemocionais que serão levadas para a vida inteira”, explicou.
Além disso, é válido falar da importância de socializar. “É extremamente importante inserirmos dentro de um mesmo espaço crianças vindas de diversas cidades do estado, que nunca se viram ou se conhecem há pouco tempo, para que possam interagir, sorrir, brincar, ter momentos de felicidade e para exercer o direito de ser criança, mesmo estando hospitalizadas, é muito lindo e gratificante”, afirmou.
Sara Itaparica, 28 anos, é mãe da Pietra de Cássia, de cinco anos, em tratamento contra leucemia. “Gostei muito da programação. Temos a necessidade de tirar o foco da doença, ter uma distração, um lazer. Sabemos o quanto é importante amenizar a dor dos nossos filhos, que passam muito tempo aqui dentro com uma luta muito difícil”, disse.
O Hospital tem como missão proporcionar o tratamento oncológico humanizado com excelência organizacional e um dos objetivos estratégicos é proporcionar a melhor experiência do paciente. Para isso, mantém diferentes projetos e programas em parceria com o voluntariado.
“O nosso grupo de contação de histórias atende especificamente os adolescentes e o público infantil, e por meio do conhecimento oral disseminamos a cultura e trazemos alegria para os usuários do Hoiol. Cada vez que a gente vem aqui, trazemos uma gotinha de ‘medicamento’ que colabora para o tratamento e cura deles”, informou Marina Morais, voluntária de uma instituição religiosa dedicada à missões de capelania humanitária e social.
Serviço: Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hoiol é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes, sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos.
Texto: Leila Cruz/Ascom Hoiol
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