No Oncológico Infantil, aniversário de jovem é marcado por homenagem de agentes da PF

No Oncológico Infantil, aniversário de jovem é marcado por homenagem de agentes da PF Internado em tratamento contra o câncer, o marabaense João Vitor, 16 anos, recebeu a visita dos profissionais que tanto admira Por Ellyson Ramos24/07/2025 21h51 João Vitor celebrou o aniversário de 16 anos ao lado da mãe, Francisca dos Santos, da equipe multiprofissional, e dos maiores ídolos, agentes da Polícia Federal. Foto: Jaíne Oliveira/AscomHoiol Na enfermaria 208-A do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém (PA), o aniversário de 16 anos do paciente João Vitor Souza foi diferente de todos os anteriores. No lugar da tradicional festa com familiares e amigos, o adolescente celebrou ao lado da mãe, Francisca dos Santos, da equipe multiprofissional, e de agentes da Polícia Federal (PF), profissão que deseja seguir desde criança. A festa foi surpresa. João não sabia que o setor de Humanização da unidade havia preparado algo especial. Muito menos que policiais federais reforçariam o coro de parabéns. “Primeiramente, obrigado por terem vindo. Foi um sonho realizado. Nunca pensei que comemoraria meu aniversário assim”, disse o adolescente, com um sorriso tímido no rosto. Diagnosticado com sarcoma de Ewing, um tipo raro de câncer ósseo, João está em tratamento oncológico há quatro meses. Mesmo em meio a dores e incertezas trazidas pelo câncer, o sonho de ser policial permanece firme. Ele conta que o que mais o inspira no fardamento é a organização e o desejo de proteger a sociedade. “Para ser um bom policial tem que ter conhecimento, coragem e caráter”, afirmou convicto. Os papiloscopistas da PF, Bruno Portugal, Heitor Ramos e Jéssica Rivas parabenizaram João pelo aniversário de 16 anos. Foto: Jaíne Oliveira/AscomHoiol Surpresa – A escolha do tema da festa surgiu durante uma conversa com Bianca Dominguez, integrante do time de Humanização do Oncológico Infantil. Ao ser perguntado sobre o que gostaria para a comemoração, João dispensou super-heróis, times de futebol e jogadores famosos. “Ele ficou surpreso com a ideia de ter uma festa só para ele dentro da enfermaria. Quando perguntei sobre temas de interesse, ele comentou que o sonho dele é ser um agente da segurança pública. Ao ouvir esse desejo, lembrei de um amigo policial e, com autorização e apoio da nossa diretoria, organizamos tudo. Ele não sabia de nada, nem desconfiou. Foi lindo ver a surpresa e a alegria dele no momento”, contou Bianca. E foi assim que os papiloscopistas da PF, Bruno Portugal, Heitor Ramos e Jéssica Rivas, conheceram João e o trabalho desenvolvido no Hoiol. “Ficamos felizes por ele nos enxergar como referência. Isso nos mostra que a nossa função vai além da investigação. Podemos inspirar, acolher e motivar”, disse Portugal. “Foi gratificante. No dia a dia, estamos focados em investigações. Mas momentos como esse mostram que também temos um papel sensível, humano”, completou Ramos. O aniversário à beira-leito é um dos projetos desenvolvidos no Hospital Octávio Lobo a fim de transformar a rotina hospitalar. Foto: Jaíne Oliveira/AscomHoiol Emocionada, a mãe do aniversariante acompanhou tudo de perto. Enfermeira de profissão, ela tem sido também cuidadora integral do filho durante a internação. “A gente está longe da família, da nossa casa, dos amigos. Então, ver a festa que fizeram para o meu filho e vê-lo assim, feliz, realizado, foi como respirar depois de muito tempo. Estou sem palavras para agradecer a todos que fizeram isso por ele. Foi perfeito”, afirmou Francisca. “Essa admiração toda nos toca profundamente”, completou a agente Jéssica. Além dos aniversários à beira-leito, o Hospital Octávio Lobo desenvolve outros projetos que transformam a rotina hospitalar, como o “Pequenos Chefs”, que envolve os pacientes em oficinas de culinária. São iniciativas que fazem parte de uma política de cuidado integral. Por meio do setor de Humanização, pacientes têm seus desejos ouvidos e, sempre que possível, atendidos. “Não é sobre festa. É sobre dizer: ‘você importa, seu sonho importa, e a sua história vale ser celebrada”, resumiu Bianca. Serviço – Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo é referência na região Norte no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes (ID), sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública, e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos.
HRPL é destaque nacional em projeto de combate às infecções hospitalares

HRPL é destaque nacional em projeto de combate às infecções hospitalares Unidade administrada pelo Instituto Diretrizes no Pará integra projeto do Ministério da Saúde que visa reduzir em 50% as infecções relacionadas à assistência à saúde Por Pedro Amorim23/07/2025 15h30 Ana Beatriz Leonidas (enfermeira do SCIH), Eduardo Piovani (consultor do projeto), Wenison Costa (enfermeiro do SCIH) e Karla Negrão (diretora assistencial do HRPL). Foto: Ascom HRPL Administrado pelo Instituto Diretrizes (ID), em parceria com a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa), o Hospital Regional Público do Leste (HRPL), em Paragominas, o passou a integrar, desde novembro de 2023, o projeto nacional “Saúde em Nossas Mãos”. Promovida pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), a iniciativa resulta da parceria com seis hospitais de excelência do País. Graças aos resultados expressivos alcançados, o HRPL foi um dos 34 hospitais selecionados entre mais de 300 unidades participantes em todo o Brasil para expandir as ações do projeto também ao Pronto Atendimento. A iniciativa reforça o compromisso da unidade com a segurança do paciente e a qualidade da assistência prestada. O projeto tem como meta reduzir em 50% as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Com assessoria técnica da Beneficência Portuguesa de São Paulo, o HRPL deu início às ações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), priorizando a segurança do paciente e a qualificação dos processos assistenciais. Os esforços da gestão têm sido reconhecidos pela população: no primeiro semestre de 2025, a unidade registrou um índice médio de aprovação de 98,63%. Foto: Ascom HRPL Wenison Costa, enfermeiro e supervisor do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), explica que, desde a adesão ao projeto “Saúde em Nossas Mãos”, diversas ações de melhoria vêm sendo implementadas com foco na redução das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), principalmente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde o projeto teve início. “Neste ano, fomos convidados a participar da 1ª Sessão de Aprendizado Presencial (SAP), realizada em São Paulo. Durante o evento, foram promovidas diversas oficinas, que serão replicadas ao longo do mês de julho com toda a equipe assistencial e multiprofissional da UTI”, finalizou. Foto: Ascom HRPL Aprovação – Internado na unidade para procedimento cirúrgico, o usuário Genivaldo da Silva e Silva, de 49 anos, elogiou o atendimento. “É a primeira vez que fico internado no HRPL, e todos estão de parabéns. Estou sendo muito bem atendido”, afirmou. Serviço – O Hospital Regional Público do Leste integra a rede de saúde do Governo do Pará. A unidade fica localizada na Rua Adelaide Bernardes, s/n, bairro Nova Conquista, em Paragominas. Informações: 0800 580 3291.
Com mais de 2.500 cirurgias, Centro Cirúrgico do HRPL se destaca em qualidade

Com mais de 2.500 cirurgias, Centro Cirúrgico do Hospital Regional Público do Leste se destaca em qualidade Em Paragominas, no Pará, unidade tem papel vital na oferta de serviços de média e alta complexidade com qualidade e proximidade à população Por Pedro Amorim22/07/2025 09h13 Foto: Ascom HRPL O Hospital Regional Público do Leste (HRPL), em Paragominas, exerce um papel fundamental no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no interior do Pará, ao oferecer serviços de média e alta complexidade com qualidade e proximidade à população. Somente no primeiro semestre de 2025, a unidade realizou 2.501 cirurgias, refletindo sua relevância na ampliação do acesso a procedimentos especializados e na redução da necessidade de deslocamentos para centros urbanos distantes. Lucas Santos Negrão, coordenador de Enfermagem do Centro Cirúrgico e CME do Regional do Leste, explica que o Centro Cirúrgico da unidade vem desenvolvendo um trabalho pautado na excelência do cuidado ao paciente, humanização no atendimento e na segurança cirúrgica, consolidando-se como referência em boas práticas assistenciais na região. “Nosso processo cirúrgico inicia com o bate mapa realizado no dia anterior, em conjunto com todas as unidades envolvidas, permitindo o alinhamento das equipes e a organização dos procedimentos, o que contribui diretamente para a redução de cancelamentos e aumento da segurança no agendamento”, pontuou. O gestor acrescenta que, a cada procedimento, é feito o Protocolo de Cirurgia Segura que inclui:• Identificação correta do paciente;• Confirmação do procedimento e local da cirurgia;• Checagem de materiais e equipamentos;• Verificação de alergias e riscos específicos do paciente;• Registro e confirmação de contagem de compressas e instrumentos;• Comunicação eficaz entre os membros da equipe antes, durante e após o procedimento. Foto: Ascom HRPL Lucas Santos Negrão destaca, ainda, que entre as ações implementadas, estão o monitoramento do bundle de prevenção de infecção de sítio cirúrgico, a manutenção de uma taxa de cancelamento cirúrgico abaixo da média de 3,83%, abaixo do considerável aceitável (5%), e a realização de cerca de 458 procedimentos por mês. Além disso, a parceria com o Central de Material e Esterilização (CME) resultou na criação de um catálogo de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), promovendo padronização e segurança. “Reuniões mensais da equipe e a aplicação eficaz do Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP) também reforçam o compromisso da unidade com a melhoria contínua e o cuidado integral ao paciente”, finalizou. A diretora assistencial do hospital, Karla Negrão, enfatiza que “manter uma média de cancelamentos cirúrgicos de apenas 3,83% posiciona o Centro Cirúrgico do Hospital Regional do Leste do Pará acima da maioria dos benchmarks nacionais e internacionais. Esse resultado reforça um diferencial significativo da unidade, refletindo a eficácia das políticas de planejamento, comunicação e segurança cirúrgica, fatores que, integrados de forma estratégica, ainda têm potencial para reduzir ainda mais essa taxa”, frisou. Aprovação – Aos 32 anos, Maria Gonçalves foi internada no Hospital Regional do Leste para realizar uma cirurgia de vesícula (colecistectomia) e compartilhou sua experiência positiva como usuária do Centro Cirúrgico. “Fui muito bem acolhida. O atendimento é excelente, e todos os profissionais me trataram com respeito e carinho. Isso fez toda a diferença. Estou satisfeita e me sinto segura com os cuidados que recebi”, afirmou a paciente. Dados – O HRPL alcançou a marca de 163.145 atendimentos e procedimentos realizados no primeiro semestre de 2025. Serviço: O Hospital Regional Público do Leste integra a rede de saúde do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Diretrizes (ID), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O HRPL fica na Rua Adelaide Bernardes, s/n, no bairro Nova Conquista, em Paragominas (PA). Mais informações pelo telefone: 0800 5803291.
Hospital Oncológico Infantil representará o Pará em evento Internacional de Oncologia Pediátrica, em Amsterdã

Hospital Octávio Lobo representará o Pará em evento Internacional de Oncologia Pediátrica, em Amsterdã Trabalhos científicos produzidos no Pará foram selecionados entre os mais de mil trabalhos desenvolvidos em todo o planeta Por Leila Cruz18/07/2025 10h00 Unidade é referência em oncologia pediátrica na região amazônica. Foto: Jaíne Oliveira/AscomHoiol O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) marcará presença na 57ª edição do Congresso Internacional de Oncologia Pediátrica (SIOP), que será realizado, de 20 a 23 de outubro, em Amsterdã, na Holanda. A instituição de saúde pública do governo do Pará, referência no tratamento de câncer infantojuvenil na região Norte do Brasil, apresentará três trabalhos científicos que traduzem o compromisso da instituição com a pesquisa, a humanização e a melhoria contínua da assistência. A oncopediatra, pesquisadora e diretora técnica da instituição de saúde, Alayde Vieira, fará apresentação dos trabalhos na conferência. Um dos projetos que ganhará destaque no evento aborda a eficiência e a qualidade do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) da unidade. Reconhecido nacionalmente, o RHC do Hospital Octávio Lobo é um dos mais completos do País, mantém dados atualizados e fidedignos que servem de base para estudos epidemiológicos e para o aprimoramento das estratégias de cuidado oncológico. A apresentação ainda irá detalhar a participação do Hoiol em um projeto piloto, o Registry (que vem do inglês registro), desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa). Alayde Wanderley explica que “a iniciativa prevê a implementação de um banco de dados integrado que permitirá o acesso, em tempo real, a informações clínicas e estatísticas sobre os pacientes oncológicos atendidos, consolidando um importante instrumento para a gestão em saúde”. O Registro Hospitalar do Hospital Octávio Lobo é recoonhecido nacionalmente como um dos mais completos do País. Foto: Jaíne Oliveira/AscomHoiol Outro trabalho selecionado foca na experiência das mães de crianças em tratamento oncológico. O estudo lança um olhar sensível sobre o cotidiano dessas cuidadoras, destacando suas percepções, angústias e necessidades. “Para a equipe multiprofissional do hospital, ouvir quem está ao lado do paciente é essencial para oferecer uma assistência mais acolhedora. É um tema que normalmente fica à margem. Costumamos voltar nossa atenção quase exclusivamente ao paciente, mas o cuidador também precisa de suporte e voz”, destacou a diretora técnica. O terceiro trabalho aprovado pela comissão avaliadora do SIOP trata da atuação da Comissão de Óbito dentro da unidade. A pesquisa analisa os desfechos de pacientes a partir de reflexões sobre todo o percurso de cuidado, desde o atendimento pré-hospitalar até a internação e o pós-tratamento. A proposta é compreender se os óbitos poderiam ser evitados, se houve condutas que demandam revisão ou se a gravidade da doença era realmente irreversível. “Cada análise de óbito é, na prática, uma oportunidade de aprendizado. O objetivo é aprimorar processos, identificar falhas e fortalecer a cultura da melhoria contínua, sempre com foco na segurança do paciente”, reforçou a oncologista pediátrica Os três estudos foram selecionados em um processo competitivo, que reuniu mais de 5 mil trabalhos de todo o mundo. É a primeira vez que uma produção científica da região Norte alcança essa visibilidade no Congresso Internacional de Oncologia Pediátrica. O evento é realizado anualmente e reúne os palestrantes de renome internacional, pesquisadores e instituições dedicadas a debater as questões mais urgentes da oncologia pediátrica atual. Alayde Vieira é oncologista pediatrica, pesquisadora e diretora técnica do Hoiol. Foto: Leila Cruz/AscomHoiol Alayde Vieira destaca que, ainda que a apresentação seja feita por uma única representante, os projetos refletem o esforço conjunto de diversas equipes do hospital, envolvendo médicos, enfermeiros, profissionais da qualidade, pesquisadores e técnicos do RHC. “Para a instituição, levar essa produção científica a um dos palcos mais relevantes da oncologia mundial representa não apenas um reconhecimento, mas também uma oportunidade de trocar experiências, absorver novas práticas e reafirmar o compromisso de oferecer o melhor cuidado possível a crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer”, ressaltou. Serviço: Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hospital Oncológico Infantil é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos incompletos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes (ID), sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e atende pacientes dos 144 municípios paraenses.
Hospitais do Pará participam de capacitação de projeto do Ministério da Saúde, em SP

Hospitais do Pará participam de capacitação de projeto do Ministério da Saúde, em SP Oncológico Infantil, de Belém, e Hospital Materno-Infantil, de Barcarena, integraram qualificação do “Saúde em Nossas Mãos”; evento reuniu instituições de referência em pediatria e neonatologia de todo o País Por Ellyson Ramos e Leila Cruz17/07/2025 12h08 Equipes do HMIB e do Hoiol participaram da capacitação do Proadi-SUS. Foto: Divulgação Representantes do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) e do Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan (HMIB) participaram, nos dias 15 e 16 de julho, da Sessão de Aprendizagem Presencial do projeto “Saúde em Nossas Mãos”, triênio 2024-2026. O encontro, realizado no auditório do Hotel Wyndham Garden, em São Paulo (SP), reuniu instituições de saúde de referência nacional em atendimento pediátrico e neonatal, fortalecendo parcerias e trocas de experiências para aprimorar a qualidade assistencial. Promovida pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde (MS), em parceria com hospitais de excelência no Brasil, a exemplo do Hospital Israelita Albert Einstein, a programação contou com apresentações dos hospitais participantes e oficinas técnicas voltadas à prevenção e ao controle de infecções hospitalares, como Infecção do Trato Urinário (ITU), Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV), além de atividades práticas sobre higiene das mãos e análise de indicadores. Durante o evento, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) apresentou um case de sucesso que evidencia a redução de infecção primária de corrente sanguínea na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica. A experiência integra um robusto conjunto de ações de melhoria contínua, desenvolvidas no âmbito do projeto, com aplicação da metodologia PDSA (Planejar, Desenvolver, Estudar, Agir), reconhecida internacionalmente por embasar práticas de qualidade em saúde. O objetivo é reduzir em pelo menos 50% os índices de infecção hospitalar, fortalecendo a segurança do paciente e qualificando a assistência prestada. O case do Hoiol foi apresentado pela enfermeira Danielle Pontes e pela técnica de enfermagem Luana Almeida, que atuam na UTI do hospital. Também representaram a unidade a coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e líder do projeto no “Oncológico Infantil”, Adrielle Monteiro, e o diretor administrativo da unidade e líder custeio, César Gonçalves. Entre os resultados destacados durante o encontro, estão os meses consecutivos sem registros de ITU e PAV, evidenciando a relevância das medidas implementadas na rotina assistencial. Danielle Pontes e Luana Almeida apresentaram case de sucesso do Hoiol no evento nacional. Foto: Divulgação “O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo participa de forma ativa do projeto ‘Saúde em Nossas Mãos’, sob a assessoria do Einstein. Nesta sessão de aprendizagem presencial, fomos convidados a compartilhar uma experiência bem-sucedida de redução de infecções de corrente sanguínea em nossa UTI. É um momento essencial de troca de conhecimento para fortalecer práticas de segurança do paciente em toda a rede, destacou Adrielle Monteiro. A programação incluiu ainda uma oficina de custeio, voltada à mensuração de custos gerados pelas infecções hospitalares nas unidades de saúde e à demonstração de como esses gastos podem ser evitados por meio da adoção de boas práticas. Instrutor do Hospital Albert Einstein e consultor do projeto no Hoiol e no HMIB, Francisco Timbó, a enfermeira da UTI do Hoiol, Danielle Pontes, a analista de custos sênior do Einstein e consultora de custeio do projeto, Nancy Oliveira, a coordenadora do SCIH e líder Adrielle Monteiro, a técnica de enfermagem, Luana Almeida, e o diretor administrativo do Hoiol, César Gonçalves. Foto: Divulgação Além do Hoiol, o Hospital Materno-Infantil de Barcarena (HMIB), também sob gestão do Instituto Diretrizes (ID), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), integrou o evento, representando o estado do Pará no esforço nacional pela melhoria da qualidade da assistência hospitalar. “O Hospital Albert Einstein, por ser uma referência em excelência nos cuidados assistenciais no Brasil, tem nos apoiado de forma significativa para que possamos sedimentar nossos processos e estabelecer uma assistência cada vez mais pautada na segurança do paciente”, destaca a diretora assistencial do HMIB, Thamires Cardoso. A gestora avalia a participação da unidade hospitalar como “de grande relevância para refinar e definir melhor os processos assistenciais, considerando que o objetivo do projeto é a redução de 50% das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Iras) na UTI neonatal, composta por dez leitos”. Dentre as diversas iniciativas implementadas e que contribuíram de forma expressiva na qualidade dos serviços prestados, Thamires destaca “o quadro ‘Kamishibai’, uma ferramenta visual que estabelece parâmetros de cuidado centrado no paciente e práticas de cuidado baseadas em evidências”. O coordenador da UTI Neonatal do HMIB, Nataliel Pinheiro, o instrutor do Einstein, Francisco Timbó, a diretora assistencial do HMIB, Thamires Cardoso, e o enfermeiro do SCIH do HMIB, Lucas Farias. Foto: Divulgação A diretora também destaca os aprendizados obtidos na Sessão de Aprendizagem, que podem ser implementados para a rotina do HMIB. “Em especial, temos a intenção de utilizar a metodologia de educação permanente, usando o lúdico para capacitar e estabelecer relações entre os vários saberes da equipe multiprofissional”, ressaltou Thamires, informando ainda que a unidade busca “identificar mais pontos de melhorias e desenvolver estratégias de qualidade e segurança, uma vez que a implantação do processo está literalmente ligada ao engajamento da equipe assistencial e equipe nuclear”. “A participação dos hospitais do Pará na capacitação do projeto ‘Saúde em Nossas Mãos’ representa um passo importante no fortalecimento da segurança do paciente e na qualificação do cuidado prestado em nossas unidades. Essa integração com iniciativas nacionais reforça o nosso compromisso com a excelência na saúde pública e com a vida de cada pessoa que atendemos”, afirmou Lucas Urel, diretor regional do Instituto Diretrizes no Pará. Serviço: Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o Hoiol é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 e 19 anos. Atualmente a unidade atende mais de 900 pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos. O HMIB também integra a rede pública de saúde do Governo do Pará e é referência no atendimento a
Regional Tucuruí intensifica medidas de prevenção e detecção precoce do câncer de cabeça e pescoço

Regional Tucuruí intensifica medidas de prevenção e detecção precoce do câncer de cabeça e pescoço A campanha “Julho Verde” tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado do câncer de cabeça e pescoço, uma vez que as chances de cura são de 90% quando a doença é identificada precocemente Por Wellington Hugles16/07/2025 17h33 A Assistente Social, Amanda Cavalcante, e a Coordenadora do Setor de Humanização, Edigleuma Barroso, promoveram uma ação educativa sobre o tema e tiraram dúvidas sobre sintomas e tratamento. Foto: Rol Louzada Com o objetivo de informar e sensibilizar a população sobre a relevância da prevenção do câncer de cabeça e pescoço, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), em colaboração com a Organização Social Instituto Diretrizes, responsável pela gestão compartilhada do Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí – HRT e Unacon, realizou na manhã desta quarta-feira (16), uma programação voltada aos funcionários, pacientes e acompanhantes durante a campanha “Julho Verde”. O objetivo do evento foi fortalecer as estratégias de prevenção e detecção precoce desse tipo de câncer. O diretor-geral do HRT e Unacon, Junior Souto, enfatiza a importância da população e dos profissionais de saúde estarem atentos a quaisquer mudanças que possam surgir no corpo dos pacientes ou no próprio corpo. “O mais importante é deixar toda a sociedade alerta que o câncer de cabeça e pescoço pode ser detectado pela própria pessoa ao notar feridas ou lesões que não cicatrizam após um determinado período de evolução. Portanto, é fundamental que os profissionais de saúde, como médicos, clínicos gerais, profissionais da atenção básica e odontólogos, estejam sempre atentos a essas lesões, que frequentemente são assintomáticas e geralmente não causam desconforto. São essas as lesões que, quando diagnosticadas, permitem a realização de um tratamento curativo e precoce”, ressalta o diretor. Os cânceres de cabeça e pescoço englobam as áreas da face, boca e pescoço, ou seja, boca, orofaringe, laringe (local das cordas vocais), além de nariz, seios nasais, nasofaringe, órbita, pescoço, tireoide, couro cabeludo e pele do rosto e pescoço. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2024, foram identificados mais de 39 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço, sem contar os de câncer de pele. As neoplasias de cabeça e pescoço ocupam o terceiro lugar entre os tipos mais incidentais no Brasil, afetando ambos os sexos, geralmente entre os 50 e 60 anos, e causando aproximadamente 10 mil mortes anualmente. Os cânceres nestas áreas causam mudanças significativas na qualidade de vida do paciente, tornando a prevenção e o diagnóstico precoce essenciais para aumentar as possibilidades de cura. O objetivo do evento foi fortalecer as estratégias de prevenção e detecção precoce desse tipo de câncer. Foto: Rol Louzada Há evidências concretas sobre o câncer que demonstram a conexão entre os hábitos de vida e a formação de tumores. Os fatores de risco podem estar presentes no ambiente físico, serem resultantes de hábitos ou costumes, ou ainda serem herdados. Exemplos incluem: tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição ao sol sem uso de protetor labial e solar, infecção por HPV, histórico familiar de câncer, dieta com baixo teor de iodo, obesidade, poluição ambiental, excesso de gordura corporal e exposição ocupacional a elementos como pó de madeira, produtos químicos usados na metalurgia, petróleo, plásticos, indústrias têxteis e amianto, entre outros. Os sinais e sintomas que permitem a identificação incluem: inchaço ou ferida que não cicatriza em 15 dias; nódulo na boca, pescoço ou mandíbula; manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na boca; dificuldade ou dor ao engolir; problemas na fala; dificuldade e dor ao movimentar a boca; dificuldade para respirar; dor de garganta persistente e alterações na voz ou rouquidão por mais de 15 dias. É fundamental ter em mente que esses sintomas também podem ser provocados por outras condições de saúde, o que reforça a necessidade de buscar atendimento médico. Ação educativa alusiva à campanha “Julho verde”. Foto: Rol Louzada SERVIÇO: A Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Dr. Vitor Moutinho (Unacon) está localizado ao lado do HRT, na Vila Permanente, em Tucuruí. A Organização Social Instituto Diretrizes, em gestão compartilhada com a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), é responsável pela administração da unidade. A Unacon oferece aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) das regiões do Lago de Tucuruí, Carajás e Araguaia, atendimentos oncológicos em hormonioterapia, quimioterapia, radioterapia e cirurgias oncológicas.
HRPL realiza mais de 163 mil atendimentos no primeiro semestre de 2025 e reforça excelência da saúde pública

HRPL realiza mais de 163 mil atendimentos no primeiro semestre de 2025 e reforça excelência da saúde pública Unidade localizada em Paragominas (PA) é referência em média e alta complexidade, com destaque para assistência humanizada, tratamento oncológico e cuidado às populações indígenas Por Pedro Amorim15/07/2025 20h10 Gerenciado pelo Instituto Diretrizes (ID), unidade integra rede da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). Foto: Marcelo Lelis/Ag. Pará O Hospital Regional Público do Leste (HRPL), em Paragominas (PA), alcançou a marca de 163.145 atendimentos e procedimentos realizados no primeiro semestre de 2025. O número expressivo consolida a unidade como um dos principais polos de saúde pública especializada no interior do Estado, oferecendo atendimento gratuito e de qualidade à população da região sudeste do Pará. Referência em média e alta complexidade, o HRPL integra a rede da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) e atende casos de urgência, clínica especializada, cirurgias e exames de apoio diagnóstico, com foco na descentralização do tratamento oncológico e na inclusão de povos indígenas nas políticas de saúde pública. Balanço dos atendimentos De janeiro a junho deste ano, a unidade realizou: 106.670 exames laboratoriais e de imagem (sendo 90.529 análises clínicas e 16.141 exames de apoio diagnóstico – SADT); 30.070 atendimentos ambulatoriais e de pronto atendimento; 2.501 cirurgias; 1.833 internações hospitalares; 9.431 sessões de fisioterapia; 1.252 sessões de terapia ocupacional; 1.351 sessões de fonoaudiologia; 1.849 atendimentos em nutrição; 434 transfusões de sangue; 6.660 atendimentos pelo serviço social; 1.094 acolhimentos psicológicos. “Com mais de 163 mil procedimentos realizados, o HRPL reafirma seu papel como centro de excelência em atenção especializada, combinando gestão eficiente, qualidade técnica e humanização no cuidado ao paciente”, afirma o diretor geral do hospital, André Bordallo. O gestor destaca ainda que os avanços são reflexo direto da atuação coordenada da equipe multiprofissional e do compromisso com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). “Seguimos construindo um modelo de assistência resolutiva, acessível e centrado nas pessoas, conforme as diretrizes da Sespa. O HRPL é hoje símbolo de cuidado responsável, especialmente no que diz respeito ao enfrentamento ao câncer e à atenção às comunidades indígenas”, completa. Foto: Divulgação Atendimento aprovado Internada para uma cirurgia de vesícula (colecistectomia), a paciente Maria Gonçalves, 32 anos, elogiou o atendimento recebido. “O atendimento é ótimo, assim como a abordagem dos profissionais. Fui tratada com respeito e amor! Estou satisfeita e me sinto segura”, declarou. Especialidades e estrutura – Com 70 leitos, o HRPL oferece atendimento em diversas especialidades, com destaque para: Neurologia e cuidados com AVC Traumatologia Cirurgia geral e oncológica Cardiologia Urologia Ginecologia A unidade também possui equipe capacitada para prestar atendimento específico às populações indígenas, garantindo um modelo de cuidado inclusivo e intercultural. Certificação e reconhecimento O hospital é certificado com o selo Acreditado Pleno – Nível II, concedido pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG), cumprindo os padrões de qualidade e segurança definidos pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). O reconhecimento reforça a excelência da gestão integrada e o compromisso com a melhoria contínua do atendimento. Em 2024, o HRPL já havia registrado mais de 177 mil atendimentos, demonstrando sua capacidade operacional e impacto regional. Serviço: Administrado pelo Instituto Diretrizes (ID), em parceria com a Sespa, o Hospital Regional Público do Leste está localizado na Rua Adelaide Bernardes, s/n, bairro Nova Conquista, em Paragominas (PA). Informações pelo telefone 0800 580 3291.
Após 8 anos de luta, paciente toca o ‘Sino da Vitória’ e celebra a cura no Hospital Octávio Lobo

Após 8 anos de luta, paciente toca o ‘Sino da Vitória’ e celebra a cura no Hospital Octávio Lobo Adolescente natural de Breves, sudoeste marajoara, vence a luta contra a leucemia e inspira esperança em pacientes oncológicos Por Ellyson Ramos14/07/2025 17h41 Ao lado da família, Samuel celebra a cura da leucemia linfóide aguda. Foto: Ellyson Ramos/AscomHoiol Com o som forte e simbólico do “Sino da Vitória” ecoando pelos corredores do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, Samuel Mendes, de 15 anos, celebrou o fim de uma longa e desafiadora batalha contra o câncer. Natural do município de Breves, no arquipélago do Marajó, o jovem enfrentou oito anos de tratamento contra a Leucemia Linfóide Aguda (LLA) e agora festeja a cura com planos de seguir estudando e se dedicando ao esporte favorito, o vôlei. Samuel chegou ao hospital em junho de 2017, com apenas 7 anos, após apresentar sintomas como febre persistente e sem causa aparente, palidez e manchas pelo corpo. O diagnóstico de câncer mudou completamente a rotina da família, que precisou se mudar para a capital paraense para dar continuidade ao tratamento. “Ele começou a emagrecer, a ficar pálido, os lábios dele mudaram de cor. A gente sabia que não era normal. Veio o diagnóstico de LLA, e ali começou a nossa luta”, relembra Rayane Mendes, 35 anos, mãe de Samuel. Ela conta que estava grávida da segunda filha, Isadora, 8 anos, quando recebeu a notícia. Enquanto aguardava o nascimento da filha, Rayane explica que foi o esposo, Benedito Brandão, 41 anos, quem acompanhou Samuel de perto, principalmente durante as internações. O enfrentamento à doença do filho mais velho exigiu fé, obediência às orientações médicas e uma rede de apoio sólida. “A gente cumpriu tudo à risca. Nada de igarapé, piscina, sol ou sereno. E Samuel sempre foi muito obediente”, afirma Rayane emocionada. Integrante do Escritório de Experiência do Paciente, Elizabeth Cabeça relembra os desafios enfrentados por Samuel durante a luta contra o câncer. Foto: Ellyson Ramos/Ascom Hoiol Simbologia – O “Sino da Vitória” é um projeto criado há seis anos pela equipe do Hoiol e tem por objetivo celebrar a cura e, ao mesmo tempo, inspirar outros pacientes que estão em tratamento oncológico. “Foi uma forma de dar rosto à cura. O sino representa esperança, mostra que o câncer tem cura e que o tratamento dá resultado”, explica Elizabeth Cabeça, membro do Escritório de Experiência do Paciente (EEP), setor idealizador da iniciativa. Desde sua criação, 357 pacientes já tocaram o sino. Percorrer os corredores do hospital tocando o sino é um momento aguardado por pacientes, familiares e equipe do Oncológico Infantil. “Para as mães que estão começando esse processo agora, eu digo: tenham paciência, sigam as orientações médicas com seriedade e cuidem dos seus filhos. Dá certo, sim. Há cura para o câncer. Meu filho é uma prova viva disso”, aconselha Rayane. Samuel, agora adolescente e cheio de planos, quer transformar a superação em novas conquistas. “Hoje eu me sinto livre. Quero seguir estudando e jogando vôlei. Estou treinando na Tuna Luso Brasileira e quero ser jogador profissional”, revela o jovem, com brilho nos olhos, sorriso largo e mão suja de tinta. Isso porque a unidade de saúde conta com a “Árvore da Vida”, mural onde todos os pacientes curados são convidados a carimbar com uma das mãos colorida. A mão de Samuel foi pintada pelos familiares. Momento repleto de significado para todos. “Que emoção, meu Deus!”, externou Rayane. Samuel Mendes marca a “Árvore da Vida” do Hoiol e toca o “Sino da Vitória” para celebrar a cura do câncer. Foto: Ellyson Ramos/AscomHoiol O som do Sino da Vitória, que marcou o encerramento de uma etapa desafiadora para Samuel, também anuncia o início de uma nova vida para o rapaz. Quanto aos pacientes que ainda estão em tratamento, o jovem tornou-se inspiração para manter viva a fé e a esperança no tratamento contra o câncer. Para os colaboradores, o gesto simboliza o sucesso do empenho dedicado ao cuidado dos pacientes e serve como incentivo para oferecer sempre a melhor assistência. Acolhimento – Atuando na unidade de saúde desde a fundação, em 2015, a oncopediatra e atual diretora técnica do Hoiol, Alayde Vieira foi quem acolheu Samuel e Rayane assim que chegaram à unidade. “Ela (Alayde) foi incrível conosco, nos explicou sobre a doença, o que nos tranquilizou bastante”, relembra a mãe do rapaz. Receber o diagnóstico de câncer em uma criança é, para muitas famílias, um momento de dor, medo e incerteza. Há dúvidas sobre cura, tempo de tratamento e risco de óbito. Segundo Alayde, essas são as primeiras perguntas que pais e responsáveis trazem à equipe médica. “É preciso comunicar com acolhimento. A gente precisa entender a dor da família, porque o impacto da palavra ‘câncer’ em uma criança é devastador”, explica a especialista. Para carimbar o mural “Árvore da Vida”, Samuel teve a mão pintada por todos os membros da família. Foto: Ellyson Ramos/AscomHoiol A médica destaca que o tratamento oncológico pediátrico exige acompanhamento por pelo menos cinco anos após o término da terapia. Esse período é essencial para monitorar possíveis recidivas, ou seja, o retorno do câncer, que pode ocorrer devido a células “adormecidas” que resistem ao tratamento inicial. “Cada ano que passa após o tratamento reduz em cerca de 20% a chance da doença voltar. Ao fim de cinco anos, se não houver sinal de recidiva, consideramos a criança curada”, esclarece Alayde. A diferença entre um diagnóstico precoce e tardio pode ser determinante para o sucesso do tratamento. Quando identificado nas fases iniciais, o câncer infantil tem altas chances de cura, e o tratamento tende a ser menos agressivo, com menos efeitos adversos. “O câncer infantojuvenil não pode ser visto como uma sentença. Hoje temos tratamentos eficazes, taxas de cura crescentes e equipes especializadas. Mas precisamos que essas crianças cheguem até nós a tempo. E isso somente é possível com informação e acolhimento desde o primeiro sintoma”, finaliza Alayde. Serviço: Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o Hoiol é gerenciado pelo
Hospital Regional de Tucuruí conquista aprovação de 98% dos usuários

Hospital Regional de Tucuruí conquista aprovação de 98% dos usuários Gestores creditam o resultado ao engajamento dos profissionais, à formação das equipes e às iniciativas de humanização Por Wellington Hugles 10/07/2025 18h45 Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí (HRT) e a Unacon oferecem internações de média e alta complexidade, pronto atendimento de urgência e emergência 24 horas e tratamento oncológico para a população dos municípios do entorno do Lago de Tucuruí. Foto: Ascom HRT No primeiro semestre de 2025, o Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí (HRT) e a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), vinculados à Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), alcançaram uma taxa de satisfação de 98,11% entre os usuários, que declararam recomendar os serviços prestados. Com estrutura para internações de média e alta complexidade, o HRT atende a população dos municípios do entorno do Lago de Tucuruí, oferecendo pronto atendimento de urgência e emergência 24 horas, além de tratamento oncológico especializado. De acordo com o diretor-geral do Complexo Hospitalar, Junior Souto, os resultados refletem o trabalho contínuo das equipes para garantir um atendimento humanizado, de qualidade e seguro. “Esses índices refletem o compromisso institucional com a excelência no atendimento, a escuta ativa dos usuários e a valorização das pessoas, pilares responsáveis por nortear o modelo de gestão do Instituto Diretrizes”, declara. Segundo o gestor, outro fator essencial é “a capacitação contínua das equipes e o fortalecimento da cultura de monitoramento e avaliação dos processos internos, os quais contribuem diretamente para a melhoria dos serviços oferecidos”. Além desse resultado, o diretor ressalta, com base nos indicadores do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), a taxa de satisfação de 98,11%, resultado de uma avaliação positiva da humanização do cuidado, bem como da percepção de segurança e acolhimento por pelos usuários. A coordenadora do Setor de Humanização do HRT, Edigleuma Barroso, destaca que, embora os resultados sejam expressivos e motivo de orgulho para toda a equipe, representam também uma oportunidade de reflexão. “Entre os pontos de melhoria contínua, destacam-se a redução do tempo de espera, a qualificação da comunicação entre profissionais e pacientes e o fortalecimento da estrutura física e de emergência. Esse último aspecto, especialmente em áreas de maior fluxo, proporciona conforto e dignidade aos usuários”, afirma. “Ela enfatiza ainda que a consolidação de resultados como os da pesquisa depende da participação ativa de todos os colaboradores. ‘O trabalho é colaborativo, integrado e alinhado à missão institucional do hospital: oferecer assistência e atendimento de alta qualidade no contexto do Sistema Único de Saúde’, esclareceu.” O diretor-geral do Complexo Hospitalar, Junior Souto. Foto: Ascom HRT Ouvidoria destaca o nível de qualificação das equipes A ouvidora e coordenadora do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) do HRT e Unacon, Rainan Furtado, afirma que os índices apurados demonstram o compromisso contínuo com a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Complexo Hospitalar. Ela destaca como fatores para o resultado positivo o elevado nível de capacitação das equipes, o desenvolvimento constante dos processos internos e a execução de programas de monitoramento e controle de qualidade, entre outros. Ênfase na humanização – De acordo com Lucas Evangelista Urel, diretor regional do Instituto Diretrizes (ID) no Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e o Instituto mantêm a gestão compartilhada de quatro hospitais no estado. “Essas unidades hospitalares trabalham continuamente para aprimorar os serviços, garantindo conforto e qualidade no atendimento e na internação, com o apoio de uma equipe multidisciplinar integrada. Esse compromisso tem sido essencial para os altos índices de satisfação registrados”, destaca. Para Urel, a ouvidoria desempenha um papel fundamental para o bom desempenho da instituição, ao manter alta capacidade de resolução, contribuir para a melhoria dos serviços prestados e fortalecer a relação entre pacientes e hospital. “Nossa equipe da Ouvidoria e do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) do HRT atua de forma ágil e eficiente para garantir que todas as manifestações dos usuários sejam tratadas com eficácia e dentro dos prazos legais”, afirma. Já o diretor-geral, Júnior Souto, destaca que, de acordo com a percepção dos pacientes, a taxa de resolutividade tem se mantido em níveis satisfatórios graças à confiança e ao compromisso depositados na ouvidoria. “O setor recebe capacitação contínua para gerenciar as demandas de forma proativa e oferecer um atendimento de qualidade à população. Além disso, as medidas corretivas e preventivas adotadas a partir do retorno dos usuários demonstram o compromisso do hospital com a melhoria contínua”, avalia. Elevado nível de capacitação constante das equipes, desenvolvimento contínuo dos processos internos e execução de programas de monitoramento e controle de qualidade, garantem resultados positivos. Foto: Divulgação
Chegada surpresa de trigêmeos movimenta Hospital Materno-Infantil de Barcarena

Chegada surpresa de trigêmeos movimenta Hospital Materno-Infantil de Barcarena Assistência especializada e humanizada garantiu todo o suporte para o nascimento dos bebês por parto natural Por Roberta Vilanova (Ascom Sespa)09/07/2025 19h04 Contato pele a pele entre o bebê e seus pais é o que o Método Canguru proporciona. Foto: Divulgação Roseane Dias Martins, residente de Cametá e grávida de gêmeos, deu entrada no Hospital Materno-Infantil de Barcarena (HMIB), no dia 22 de maio, sendo internada, dois dias depois, na UTI adulto, devido a trabalho de parto prematuro e síndrome hipertensiva da gravidez. Permaneceu na UTI até o dia 5 de junho, quando entrou em trabalho de parto ativo, e foi encaminhada para a sala de pré-parto, parto e pós-parto (PPP), onde evoluiu para parto normal, e para a surpresa de todos, vieram ao mundo três bebês, e não apenas gêmeos, como os imaginavam. Devido à prematuridade e baixo peso, os bebês – duas meninas e um menino -, foram encaminhados para a UTI neonatal, onde receberam os cuidados de uma multiprofissional de forma humanizada. Os bebês receberam os nomes de Ravi, Rafaela e Rosiane. Entre os métodos terapêuticos utilizados no atendimento dos bebês, a diretora do HMIB, Poliana Rodrigues, citou o Método Canguru, o uso de rede (Hammock) e o banho de ofurô, que promovem conforto, bem-estar e desenvolvimento saudável dos recém-nascidos. O Método Canguru também propicia segurança térmica e física aos bebês. Foto: Divulgação Método Canguru – “O Método Canguru é uma prática baseada no contato pele a pele entre o bebê e seus pais. O recém-nascido é colocado verticalmente sobre o tórax da mãe ou do pai, em contato direto com a pele, envolto por uma manta ou tecido que proporciona segurança térmica e física”, explicou a diretora do HMIB. Segundo Poliana Rodrigues, entre os benefícios desse método, estão a estabilização da frequência cardíaca e respiratória; melhora da oxigenação e da temperatura corporal; aumento do vínculo afetivo com os pais, além do estímulo à amamentação, redução do tempo de internação e estresse neonatal. Hammock – Sobre essa pequena rede usada dentro da incubadora, Poliana Rodrigues explicou que é uma técnica que simula o ambiente intrauterino, proporcionando ao bebê uma posição mais flexionada, aconchegante e com menor estímulo externo. “Entre os benefícios, melhora a postura e alinhamento corporal, reduz a dor e o estresse; promove um sono mais tranquilo e profundo; e estimula o neurodesenvolvimento em prematuros”, informou. Hammock é uma técnica que simula o ambiente intrauterino, proporcionando ao bebê uma posição mais flexionada, aconchegante. Foto: Divulgação Ofurô Neonatal – Também chamado de banho terapêutico, consiste em submergir o bebê em água morna dentro de um recipiente arredondado, simulando a sensação intrauterina. Pode ser realizado por profissionais ou em momentos de cuidado com os pais. Conforme Poliana Rodrigues, o ofurô neonatal traz como benefícios, o relaxamento e alívio de cólicas e tensões musculares, a redução da irritabilidade, a melhora no padrão de sono; o estímulo ao vínculo afetivo durante o banho; e a autorregulação emocional e fisiológica do recém-nascido. Ofurô neonatal proporciona relaxamento e alívio de cólicas e tensões musculares. Foto: Divulgação Acolhimento e humanização – A mãe dos trigêmeos, Roseane Dias Martins, disse que foi bem acolhida no Hospital desde a hora que chegou. “Precisei ficar na UTI e a equipe me deu toda a assistência. Passei por vários setores e em todos recebi todo o auxílio que precisava”. afirmou. Ela contou que com o nascimento dos bebês veio um misto de sentimentos, principalmente quando descobriu que eram trigêmeos e que ela e o marido teriam mais um bebê pra cuidar. Lembrou que os bebês passaram pela UTI neonatal, depois pela UCI, mas que com o apoio e os cuidados que a equipe ofertou, eles conseguiram alcançar o objetivo. “Hoje, meus bebês estão bem, com previsão de alta, e saudáveis graças a este hospital e essa equipe que me deu todo o suporte. Me sinto muito feliz e agradecida, meu município não tem um hospital com essa estrutura, e aqui eu recebi todo o suporte que precisava”, comemorou a mãe dos trigêmeos. Fonte: Agência Pará
Hospital Oncológico Infantil avança na construção do serviço de transplante de medula óssea

Hospital Oncológico Infantil avança na construção do serviço de transplante de medula óssea Unidade da região Norte integra projeto nacional para qualificação da assistência em todas as etapas, da identificação da doença hematológica ao pós-transplante Por Leila Cruz09/07/2025 12h38 A paciente Ana Júlia Campelo, de 3 anos, na companhia da mãe, Aline Silva, e da equipe de Saúde do Oncológico Infantil. Foto: Arquivo Pessoal Em Belém, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) ingressou em uma iniciativa que promete mudar o cenário do transplante de medula óssea no Pará. O convite para integrar o projeto “Qualificação do Programa de TMO do SUS – Da Identificação da Doença Hematológica até o Seguimento Pós-Transplante” veio após um criterioso mapeamento do Ministério da Saúde (MS). Por meio do Programa de Desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), foram identificados centros estratégicos com alto volume de atendimentos hematológicos, principalmente leucemias, e potencial de expansão para esse tipo de transplante. A unidade de oncologia pediátrica da região Norte foi escolhida parceira do projeto, coordenado pela Beneficência Portuguesa, de São Paulo. Para a oncologista e diretora técnica Alayde Vieira, “o reconhecimento consolida a posição como Unidade de Alta Complexidade dentro da rede pública estadual e representa uma oportunidade histórica de avançar rumo à autossuficiência em TMO pediátrico”. Crianças e adolescentes diagnosticados com leucemias agudas – principal indicação de TMO em pediatria – enfrentam o desafio de longos deslocamentos para regiões distantes. Isso implica separação familiar, alto custo social e risco clínico adicional. Com o suporte técnico e estratégico do projeto, o “Oncológico Infantil” se prepara para reduzir essas barreiras. “Estamos criando as condições para que, num futuro próximo, nossos pacientes possam realizar o transplante em nosso Estado, sem precisar se afastar de sua rede de apoio”, destaca Alayde. Entre os fatores que pesaram na escolha do Hoiol está o volume expressivo de crianças em tratamento ativo, que já passa de 900 pacientes. Soma-se a isso uma estrutura hospitalar em plena consolidação, com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica própria, equipe multidisciplinar especializada e o reconhecimento como unidade referência em alta complexidade no SUS. O hospital é a maior unidade de saúde pública do Brasil em leitos exclusivos para oncologia pediátrica. Foto: Jaíne Oliveira/AscomHoiol O projeto nacional, por sua vez, atua em múltiplas frentes, desde a identificação precoce de pacientes elegíveis até a organização do seguimento após o transplante. O cronograma prevê capacitação da equipe multiprofissional, construção de fluxos assistenciais mais eficientes, reuniões de teleconsultoria com especialistas e cursos de educação à distância. “Essa troca com a Beneficência Portuguesa tem sido fundamental. Já passamos por avaliação diagnóstica, iniciamos a construção de um plano de ação robusto e estamos recebendo apoio direto para organizar nossa rotina assistencial”, explicou a diretora técnica. Impacto positivo na rotina Em fevereiro deste ano, os consultores da Beneficiência Portuguesa realizaram uma análise situacional junto à equipe da unidade hospitalar. Atualmente, é executada a segunda fase do projeto, cujo foco é deixar os profissionais mais aptos na programação de TMO, com a elaboração de planos de ação, definição de responsáveis e prazos. Posteriormente, será colocada em prática a fase de implementação. O prazo para o desenvolvimento é de dois anos. Na prática, a qualificação vem transformando o dia a dia de médicos, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos e nutricionistas. Reuniões quinzenais e teleconsultorias mensais ajudam a equipe a discutir casos de forma mais integrada, homogeneizar condutas e adotar protocolos mais claros para monitoramento de pacientes, do diagnóstico ao pós-transplante. Para as famílias, os primeiros impactos são percebidos na agilidade na definição de indicação de TMO, melhor preparo clínico e maior suporte psicossocial. A médio e longo prazo, a meta é ambiciosa: reduzir a mortalidade e aumentar a taxa de transplantes realizados com sucesso. Moradora do município de São Félix do Xingu, Aline Silva é mãe de Ana Júlia Campelo, de 3 anos, que foi indicada ao procedimento após um recidiva da leucemia em janeiro deste ano. A criança recebeu a infusão de medula, no início do mês de junho, no hospital do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC), em São Paulo. “A Ana sempre foi bem cuidada por todos os profissionais, tratada com muito carinho. Contudo, seria muito bom se o transplante fosse realizado em nosso Estado com tudo que é necessário, porque muitas famílias não têm condições de se deslocar para outras cidades brasileiras e precisam do benefício como o Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Os gastos são muitos, então a criação de um serviço próprio no Hoiol, ajudaria bastante”, disse Aline Silva. Rumo ao próprio serviço de TMO A concretização de um programa próprio de TMO pediátrico é um plano estratégico do Hoiol, a médio prazo. A cada ano, cerca de 20 crianças recebem a indicação do procedimento, número que justifica a criação de um programa próprio na região. Oncologista pediátrica e diretora técnica, Alayde Vieira, classifica a parceria com o Proadi-SUS como ‘um legado duradouro’. Foto: Leila Cruz/AscomHoiol “Esse projeto é uma demonstração concreta de como políticas públicas bem articuladas e estruturadas, podem promover equidade regional e transformar a realidade de crianças e adolescentes com câncer. A parceria com o Proadi-SUS é um marco institucional que deixará um legado duradouro”, reforça a oncologista pediátrica, Alayde Vieira. A diretora-geral, Sara Castro, destaca que enquanto o serviço não é implantado, o hospital envolve todos os setores na construção de uma rede de cuidado mais ágil e com alta capacidade de resposta. “Essa qualificação nos posiciona como um centro estratégico em nossa região, com capacidade de prestar assistência resolutiva e coordenada a pacientes com doenças hematológicas complexas. Também fortalece nossa articulação com a rede estadual e nacional de oncologia pediátrica. Para muitas famílias amazônicas, isso significa ter esperança de cura sem precisar abrir mão do colo de casa”, conclui a gestora.
Hospital Octávio Lobo alcança 97,25% de aprovação e supera meta de satisfação de usuários

Hospital Octávio Lobo alcança 97,25% de aprovação e supera meta de satisfação de usuários Reuniões estratégicas, escuta ativa e ações integradas fortalecem a experiência do paciente e reduzem número de reclamações Por Ellyson Ramos08/07/2025 17h23 A líder do SAU, Joyce Wanzeler, e a aprendiz, Monick Fernandes, aplicam o questionário de satisfação com Wallace Santiago, pai do paciente Enzo, de 9 anos. Foto: Ellyson Ramos/AscomHoiol O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, alcançou em junho 97,25% de satisfação entre os usuários. O número representa o maior índice do ano, e reforça os resultados de um trabalho contínuo de aprimoramento da qualidade do atendimento oferecido na unidade, referência em oncologia pediátrica na região Norte do Brasil. A meta institucional estabelecida para a satisfação global é de 90%, e desde janeiro o Hospital mantém índices superiores a esse nível. No Hoiol, os dados são coletados por meio de pesquisas internas, conduzidas pelo Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), e pela pesquisa pós-alta realizada pelo Escritório de Experiência do Paciente (EEP). Os questionários, aplicados à beira leito, no Ambulatório ou durante o acolhimento na sala de atendimento, geram informações que são analisadas em reuniões estratégicas mensais com as diretorias da unidade. Nesses encontros, são discutidas sugestões, insatisfações e pontos de atenção identificados. O objetivo é transformar as percepções dos usuários em ações concretas, que elevem o padrão da assistência prestada. A diretora-geral do Hospital Oncológico Infantil, Sara Castro, afirma que a metodologia adotada é responsável pela melhoria contínua registrada nos índices. “Por meio do diagnóstico obtido a partir dos dados coletados, antecipamos possíveis demandas e garantimos que o usuário seja ouvido em todas as etapas da assistência”, disse a gestora. A coordenadora do EEP e do SAU, Natacha Cardoso, explica que a atuação permanente do Serviço de Atendimento viabiliza a busca ativa à beira leito, o acolhimento de mães e recepção humanizada em todos os setores. Por meio desse trabalho há o registro das observações dos usuários. “Além do nível global de satisfação, registramos os elogios e reclamações, para que sejam dadas as devidas tratativas. Em maio, por exemplo, foram registradas apenas três reclamações formais e 87 elogios à unidade”, ressalta Natacha Cardoso. A coordenadora do SAU, Natacha Cardoso, e a líder do serviço, Joyce Wanzeler, acompanham os dados coletados na unidade. Foto: Ellyson Ramos/AscomHoiol Perspectivas – Com ênfase na escuta qualificada e melhoria contínua do atendimento, o Escritório de Experiência do Paciente atua como um dos pilares dos processos de humanização. A iniciativa tem como principal objetivo entender, sob a perspectiva do próprio usuário, como foi cada etapa da internação, desde a chegada até a alta hospitalar. “O foco é no usuário. Por meio de uma pesquisa estruturada, buscamos entender como foi a experiência do usuário durante a internação mais recente”, informa Elizabeth Cabeça, assistente administrativa do setor. A entrevista pós-alta é realizada com um questionário composto por 23 perguntas, que abordam desde o atendimento na recepção até as orientações recebidas no momento da alta, incluindo aspectos como higiene, alimentação, enfermagem e relacionamento com a equipe médica. “O paciente pode apontar tanto os pontos positivos quanto os negativos. E, ao final, ele atribui uma nota para aquela internação”, detalha Elizabeth Cabeça. A meta mensal do Escritório é aplicar a pesquisa em, pelo menos, 30% das altas hospitalares. Essas avaliações alimentam o Net Promoter Score (NPS), métrica internacional que mensura a satisfação do usuário dentro da experiência do paciente, e se constitui em um dos principais indicadores de satisfação da unidade. Dados do NPS também são apresentados nas reuniões mensais com a diretoria da instituição, por meio da Comissão de Experiência do Paciente. “É uma forma de manter a liderança da unidade ciente do que está acontecendo na ponta, com base no relato real dos pacientes. A partir dessas reuniões, são definidas estratégias para corrigir falhas, reforçar boas práticas e garantir a qualidade do atendimento”, ressalta a assistente. Elizabeth Cabeça destaca, ainda, que muitos pacientes criam vínculo com o Escritório e se sentem à vontade para manter o contato, mesmo após a alta. “É comum que nos procurem espontaneamente para relatar suas experiências. Em casa, mais descansados, muitos conseguem compartilhar o que sentiram durante a internação”, acrescenta. Elizabeth Cabeça, integrante do Escritório de Experiência do Hospital Oncológico Infantil. Foto: Ellyson Ramos/AscomHoiol Vínculos – Segundo Joyce Wanzeler, líder do SAU, os canais de escuta são fundamentais para o aprimorar serviços e fortalecer o vínculo de confiança entre o Hospital e os usuários. “Ouvir o usuário é garantir que ele participe ativamente do cuidado. Isso é humanização na prática”, afirma Joyce, ressaltando a relevância das ações conjuntas das Comissões de Humanização e de Experiência do Paciente para os avanços alcançados na unidade. Segundo ela, “o usuário observa melhorias e demonstra satisfação, pois sabe que as avaliações inspiram ações que aperfeiçoam o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”. Em tratamento há mais de um ano no Hospital Octávio Lobo, Enzo Henrique, 9 anos, trata um meduloblastoma, tipo de tumor cerebral. Acompanhado pelo pai, Wallace Santiago, 29 anos, o menino chegou a Belém vindo de Marabá, no sudeste paraense, após apresentar náuseas e passar por exames. “Levei ele ao médico, fizeram uma ressonância e descobriram o tumor. Graças a Deus, fomos encaminhados rapidamente para Belém, e ele iniciou o tratamento aqui (no Hoiol)”, conta Wallace. A família precisou se mudar para a capital. Wallace está na cidade com a esposa e mais dois dos cinco filhos, enquanto os outros permanecem com a avó, em Marabá. Apesar dos desafios da mudança, ele afirma que se sente acolhido pela equipe e confiante na cura de Enzo. “O atendimento é excelente, e meu filho está respondendo bem ao tratamento. Só tenho a agradecer a esse lugar e aos profissionais”, garante. Wallace Santiago também destaca a importância de ser ouvido, especialmente sobre o atendimento e a estrutura da unidade. “Me sinto bem por ser ouvido, e acho importante esse tipo de escuta, porque se ninguém falar as situações podem passar despercebidas. O serviço existe, e funciona para que