Estudo apresentado no HEMO 2025 evidencia redução expressiva no número de transfusões e reforça o protagonismo do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo em práticas seguras e sustentáveis de hemoterapia pediátrica
Por Leila Cruz
03/11/2025 16h37
O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) marcou presença no Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular – HEMO 2025, realizado de 29 de outubro a 1º de novembro, em São Paulo (SP). A diretora técnica, Alayde Vieira, a hematologista Iê Fernandez e o biomédico Matheus Bernardes apresentaram o estudo “Estratégias Eficazes Para o Uso Racional de Hemocomponentes no Maior Hospital Oncológico Infantil do Brasil”, e destacaram a contribuição à segurança transfusional e ao uso responsável dos hemocomponentes em pacientes pediátricos com câncer.
Para a diretora técnica, Alayde Vieira, a participação do hospital no Congresso é o reflexo do trabalho construído ao longo dos anos dentro da unidade, sempre pautado na segurança do paciente e na consolidação da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia e da oncologia pediátrica do Hospital Oncológico Infantil como referências na região, mesmo diante de tantos desafios.
“Conseguimos identificar e implementar oportunidades de melhoria contínua mesmo dentro das nossas limitações. Apesar dos obstáculos que ainda existem na região Norte, quando temos uma equipe engajada, com senso de pertencimento e disposta a buscar o melhor dentro das possibilidades, conseguimos entregar resultados de excelência, que se refletem no melhor atendimento aos nossos pacientes oncológicos”, afirmou.
O trabalho científico evidencia resultados expressivos obtidos com a adoção de protocolos clínicos rigorosos, auditorias internas e capacitação permanente das equipes multiprofissionais. De acordo com os dados apresentados, o Hoiol realiza atualmente média de 270 transfusões mensais, uma redução significativa em relação a anos anteriores, quando eram realizadas cerca de 400 transfusões por mês. Esse é um reflexo da implementação de estratégias baseadas em evidências e na cultura de segurança do paciente.
“A transfusão salva quando é bem indicada. Quando não é, pode trazer riscos ao paciente por várias razões. Por isso, quanto menos transfundir, melhor. Essa é a verdadeira segurança do paciente”, destaca o biomédico Matheus Bernardes.
As ações descritas no estudo refletem o compromisso do Hospital Oncológico Infantil com a qualidade assistencial, a sustentabilidade e a segurança transfusional. A instituição investe continuamente em educação permanente, integração multiprofissional e auditoria clínica, assegurando que cada transfusão seja realizada de forma criteriosa, segura e baseada em evidências.
A participação da equipe no HEMO 2025 reafirma o protagonismo científico do Hoiol e o papel estratégico na disseminação de boas práticas em saúde, reforçando o compromisso com a gestão responsável dos recursos hemoterápicos e a excelência no cuidado ofertado às crianças e adolescentes com câncer.
“Desde o início do Oncológico Infantil em 2015, focamos em educação continuada para as equipes sobre o uso racional dos hemocomponentes, tanto de dentro da Agência Transfusional formada por biomédicos, farmacêuticos, enfermeiros e técnicos de laboratório quanto para os colegas médicos (prescritores), trazendo sempre as atualizações no contexto da hemoterapia com aplicação ao nosso perfil de atendimento”, informou Iê Fernandes.
Segundo a hematologista, foram definidos protocolos de atendimento que subsidiam os dados estatísticos para avaliação de indicadores de qualidade e segurança transfusional. “Nós avaliamos 100% das solicitações de hemocomponentes e, sempre que detectamos alguma quebra de protocolo, contactamos o médico para discutir o caso e consensuar o melhor atendimento ao paciente, seja transfundido ou suspendendo a transfusão, desde que bem subsidiada a opção”, destacou.
Serviço – Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo é referência na região Norte no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária de 0 a 19 anos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes (ID), sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
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