As terapias, que incluem até chopp de gelo, são essenciais para pacientes com
distúrbios da comunicação e deglutição
Por Leila Cruz
09/12/2024 14h18
A fonoaudiologia hospitalar dedica-se à avaliação, ao diagnóstico e ao tratamento de distúrbios da comunicação e deglutição. A especialidade atua em condições clínicas que afetam a fala, voz, audição, deglutição e motricidade orofacial em pacientes assistidos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), clínicas de internação, e em atendimento ambulatorial no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (HOIOL), em Belém. De janeiro a novembro deste ano, a unidade realizou mais de 5 mil sessões de fonoterapia.
A atuação integrada com equipes multidisciplinares visa à reabilitação das funções comunicativas e alimentares, melhorando a qualidade de vida e o prognóstico de crianças e adolescentes acometidos por tumores benignos e malignos, atendidos na unidade após serem referenciados pelos 144 municípios paraenses e estados vizinhos.
Terapias – Natural do município de Ourém, nordeste paraense, Maria Fernanda Dias Cavalcante, 17 anos, tem disfunção hormonal da tireoide, que atinge de forma agressiva os ossos. “Sinto como se eu tivesse um bolo na garganta e dificuldade para falar e engolir, mas a fono me ajudou com massagem e chopp (também conhecido por sacolé ou geladinho) de gelo. Isso tem me beneficiado muito”, disse a adolescente.
Ariele Dias, mãe de Maria Fernanda, está com a filha há 45 dias no Hospital. Ela conta que a filha sentia muito enjoo, mas a intervenção fonoaudiológica mudou essa realidade. “No momento em que prescreveram o chopp, não acreditei. Achava difícil essa medida surtir algum efeito. Mas foi o que ajudou, e muito. Agora, como está com a estrutura óssea muito frágil, onde bate, quebra. Ela fica bastante acamada, e a voz fica ‘arranhada’ e comprometida. Contudo, as orientações e o acompanhamento fazem a diferença”, garantiu a mãe de Maria Fernanda.
A melhoria na qualidade de vida também beneficia Wendell Gabriel, 8 anos. Após cirurgia para ressecção de um tumor no sistema nervoso central, o menino apresentou disfagia e impedimento para se alimentar por via oral, por isso precisou de traqueostomia – procedimento cirúrgico no qual é feito uma abertura frontal na traqueia.
“Atuamos desde a UTI, e ao ser transferido para a unidade de internação passou por várias terapias com exercícios de motricidade e estimulação tátil-térmica. Ao total, foram seis meses de fonoterapia até o processo de decanulação (remoção do tubo de traqueostomia). Hoje, esse paciente come por via oral, está falando adequadamente, está fazendo suas atividades diárias sem dificuldades. Realmente, teve uma reabilitação de 100%. Apesar da visão comprometida, ele está feliz da vida, porque queria comer pela boca”, contou Nahone Sarges.
Para ser assistido pela equipe de fonoaudiologia hospitalar, os usuários internados passam por triagem. Caso seja identificada a necessidade de fonoterapia, é definido se o atendimento precisa ser diário ou até três vezes por semana. Também pode ser encaminhado pelo oncologista para receber atendimento ambulatorial. São assistidos pacientes de 0 a 19 anos incompletos.
Serviço: Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo é referência na região Norte do Brasil no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária de 0 a 19 anos. A unidade do Governo do Pará é gerenciada pelo Instituto Diretrizes (ID), sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos.
Terapias – Natural do município de Ourém, nordeste paraense, Maria Fernanda Dias Cavalcante, 17 anos, tem disfunção hormonal da tireoide, que atinge de forma agressiva os ossos. “Sinto como se eu tivesse um bolo na garganta e dificuldade para falar e engolir, mas a fono me ajudou com massagem e chopp (também conhecido por sacolé ou geladinho) de gelo. Isso tem me beneficiado muito”, disse a adolescente.
Ariele Dias, mãe de Maria Fernanda, está com a filha há 45 dias no Hospital. Ela conta que a filha sentia muito enjoo, mas a intervenção fonoaudiológica mudou essa realidade. “No momento em que prescreveram o chopp, não acreditei. Achava difícil essa medida surtir algum efeito. Mas foi o que ajudou, e muito. Agora, como está com a estrutura óssea muito frágil, onde bate, quebra. Ela fica bastante acamada, e a voz fica ‘arranhada’ e comprometida. Contudo, as orientações e o acompanhamento fazem a diferença”, garantiu a mãe de Maria Fernanda.
A melhoria na qualidade de vida também beneficia Wendell Gabriel, 8 anos. Após cirurgia para ressecção de um tumor no sistema nervoso central, o menino apresentou disfagia e impedimento para se alimentar por via oral, por isso precisou de traqueostomia – procedimento cirúrgico no qual é feito uma abertura frontal na traqueia.
“Atuamos desde a UTI, e ao ser transferido para a unidade de internação passou por várias terapias com exercícios de motricidade e estimulação tátil-térmica. Ao total, foram seis meses de fonoterapia até o processo de decanulação (remoção do tubo de traqueostomia). Hoje, esse paciente come por via oral, está falando adequadamente, está fazendo suas atividades diárias sem dificuldades. Realmente, teve uma reabilitação de 100%. Apesar da visão comprometida, ele está feliz da vida, porque queria comer pela boca”, contou Nahone Sarges.
Para ser assistido pela equipe de fonoaudiologia hospitalar, os usuários internados passam por triagem. Caso seja identificada a necessidade de fonoterapia, é definido se o atendimento precisa ser diário ou até três vezes por semana. Também pode ser encaminhado pelo oncologista para receber atendimento ambulatorial. São assistidos pacientes de 0 a 19 anos incompletos.
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