Equipe e voluntários da área de psicologia orientaram sobre as emoções e a lida com sentimentos durante o diagnóstico e o tratamento oncológico
Um convite para nomear sentimentos e descrever emoções. Esse foi o objetivo de atividade realizada nesta terça-feira (7), na brinquedoteca do 2° andar do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém. O suporte emocional auxilia na atenção ao paciente oncológico e possibilita melhor enfrentamento à doença e qualidade de vida ao usuário, garante profissional da Humanização da instituição.
Yanca DI-Luna, 26 anos, é estudante de psicologia e integrou o grupo que desenvolveu o projeto ‘Oficina das Emoções’, atividade lúdica que instiga o autoconhecimento. “O projeto surgiu com o trabalho de pesquisa experimental e tem por intuito fazer com que as pessoas falem mais sobre as próprias emoções. Hoje estamos com o público infantil, que tem muita dificuldade de expressar seus sentimentos e que, às vezes, passa por situações e guarda para si. Sabemos que isso não faz bem e tentamos mostrar a eles que é importante falar e demonstrar o que se sentem”, afirmou.
A universitária conta ainda que a atividade é um excelente recurso para pessoas que estão enfrentando enfermidades, como as crianças e adolescentes assistidas no Hoiol. “O tratamento pode deixá-las sensibilizadas, mas viemos trazer ânimo, alegria e mostrar que não há problema em se sentir triste, feliz, com raiva ou com medo. Nós fizemos uma peça teatral para exemplificar e estamos trabalhando a ludoterapia, que é a forma com que aplicamos a terapia para que consigam entender melhor a mensagem”, disse Yanca.
Por meio do teatro, da música e da animação, o grupo instigou os participantes a lidarem com as próprias emoções. O desenho foi o recurso escolhido para estimular a reflexão. “Como muitas crianças não gostam muito de falar nesse primeiro contato, pedimos para que se expressem por meio do desenho. É uma excelente forma de coletarmos informações importantes sobre como estão se sentindo nesse momento”, garantiu Yanca.
As atividades reforçam o trabalho humanizado desenvolvido diariamente no Hospital Octávio Lobo. “Entendemos que a arte é uma linguagem, e a utilizamos como recurso em nossos atendimentos tanto nos leitos quanto nas brinquedotecas. Seja com música, pintura ou desenho, é por meio da arte que nossas crianças e adolescentes se comunicam e expressam seus sentimentos”, explicou Yumi Dias, educadora e integrante do setor de Humanização.
O bragantino João de Oliveira, 8 anos, realiza tratamento contra um câncer de mediastino. Na brinquedoteca, participou das atividades e compartilhou a experiência. “Eu gostei de tudo (da programação) e conhecia algumas (emoções), como a felicidade, tristeza, depressão e um monte de sentimentos. O que mais gostei foi da felicidade, porque eu gosto de ser feliz e de jogar bola. Para mim, o futebol é felicidade”, afirmou o garoto, que se dedica ao futsal e se inspira no pai, Willian Oliveira, ex-jogador profissional de futebol.
Natural do município de Bonito, nordeste paraense, Ana Paula Rodrigues acompanha o filho Levy, de 5 anos, que está em processo de diagnóstico. Para ela, “foi bom pensar nos próprios sentimentos”. “Achei muito legal as explicações. A maternidade me trouxe alegria, felicidade e é bom ser mãe”, concluiu Ana após as dinâmicas integrativas, pela qual todos puderam socializar.
Serviço – Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o Hoiol é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos.
As atividades reforçam o trabalho humanizado desenvolvido diariamente no Hospital Octávio Lobo. “Entendemos que a arte é uma linguagem, e a utilizamos como recurso em nossos atendimentos tanto nos leitos quanto nas brinquedotecas. Seja com música, pintura ou desenho, é por meio da arte que nossas crianças e adolescentes se comunicam e expressam seus sentimentos”, explicou Yumi Dias, educadora e integrante do setor de Humanização.
O bragantino João de Oliveira, 8 anos, realiza tratamento contra um câncer de mediastino. Na brinquedoteca, participou das atividades e compartilhou a experiência. “Eu gostei de tudo (da programação) e conhecia algumas (emoções), como a felicidade, tristeza, depressão e um monte de sentimentos. O que mais gostei foi da felicidade, porque eu gosto de ser feliz e de jogar bola. Para mim, o futebol é felicidade”, afirmou o garoto, que se dedica ao futsal e se inspira no pai, Willian Oliveira, ex-jogador profissional de futebol.
A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e de Estados vizinhos. O Oncológico Infantil está situado na Travessa Quatorze de Abril, 1394, bairro de São Brás, Belém.
Texto: Ellyson Ramos – Ascom Hoiol
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