Além da unidade de terapia intensiva, ações do hospital zeraram a taxa de infecção na clínica e centro cirúrgicos durante o mês de junho
Considerado um dos indicadores de segurança mais importantes do ambiente hospitalar, o índice de infecção mensura se os cuidados das equipes multiprofissionais foram efetivos para a redução de riscos na assistência prestada ao paciente. Dados coletados no mês de junho mostram que o HOIOL zerou esse marcador em três ambientes, incluindo a Unidade de Terapia Intensiva da instituição, que no mês de julho repetiu o feito e não registrou infecção.
Os resultados satisfatórios foram divulgados no boletim do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da unidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a cada 234 milhões de cirurgias, ao menos um milhão de mortes ocorram por infecções hospitalares. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 14% das pessoas internadas no Brasil podem ser acometidas por Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) durante o período de hospitalização. Ainda segundo o órgão nacional, essas manifestações clínicas podem surgir a partir de 72 horas após a admissão do paciente, podendo ocorrer inclusive após a alta.
Alguns cuidados contribuem para o aumento da segurança no ambiente hospitalar. Para a enfermeira especialista em controle de infecção hospitalar, Adrielle Monteiro, o trabalho preventivo é determinante para reduzir o risco de aquisição de IRAS. “Quando o assunto são as infecções hospitalares, ressaltamos a importância dos monitoramentos e de traçar medidas preventivas e de controle”, afirmou a profissional de saúde, que é presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HOIOL.
Adrielle explica ainda que os resultados obtidos são fruto da motivação, mudança de atitude e envolvimento tanto da equipe quanto de familiares, acompanhantes, e até os próprios pacientes. Durante as reuniões regulares, os colaboradores têm a oportunidade de avaliar e sugerir melhorias no trabalho, o que envolve a compreensão dos processos de geração de indicadores e a coleta adequada de dados.
Para atingir o cenário de zero infecção, a gestão implantou uma série de medidas, que se tornaram rotineiras, como o remanejamentos de fluxo interno, adequação das áreas de convivência e treinamentos periódicos com a equipe assistencial. Isso tudo reforçou a necessidade de atendimento com foco em higienização e segurança, conforme explicou a diretora-geral do HOIOL Sara Castro.
“Realizamos análises críticas dos dados e criamos planos de atuação que registram os resultados obtidos com as melhorias contínuas. Há também um intenso monitoramento quanto ao uso de EPIs (equipamentos de proteção individual), NR-32, e classificação de risco. Promovemos também reuniões locais para ouvir sugestões, dificuldades e reforço de orientações para os pacientes”, ressaltou a gestora.
Promovendo uma cultura de tolerância zero às infecções, profissionais da unidade atuam na vigilância, notificação, treinamento e orientação. Estratégias de prevenção e de controle que, segundo a coordenadora da UTI do HOIOL, a enfermeira Lucirez Amoras, impedem o contágio e a proliferação de intercorrências.
“É um trabalho em conjunto com a CCIH e com todas as equipes multiprofissionais de todos os períodos. O cuidado inclui a conscientização e por sermos um hospital com perfil oncológico infantil, sabemos que lidamos com pacientes cuja baixa imunidade os deixam mais vulneráveis. Então, após vários encontros e análises, executamos um trabalho diário com mais de 40 profissionais que atuam somente na UTI, e conseguimos zerar o índice no nosso setor. A equipe está de parabéns!”, afirmou.
Feedback – Os indicadores de infecção são gerenciados pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e discutidos em comissão junto à diretoria e demais gestores, que repassam as informações para todas as equipes da unidade. Esse compartilhamento de informação embasa ações da equipe da ponta, que realiza as principais medidas de prevenção diretamente com o paciente.
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