Promover a prevenção e o controle das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), são as metas do Hospital Regional do Baixo Tocantins Santa Rosa, em Abaetetuba, com a realização do treinamento aos seus colaboradores sobre as Metas Internacionais de Segurança do Paciente. A ação foi desenvolvida pelo Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP) e Gestão de Pessoas, tendo como objetivo propagar a busca por uma assistência cada vez mais segura, ampliando os conhecimentos com base nas seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente, estabelecidas pela Joint Commission International (JCI), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O treinamento com base nas seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente foi efetivado aos colaboradores da unidade hospitalar, com o objetivo, de conscientizá-los sobre os riscos na assistência, e apresentar estratégias para prevenir e minimizar incidentes e eventos adversos relacionados ao cuidado. Sendo possível, manter um ambiente cada vez mais seguro para pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde do HRBT Santa Rosa.
A problemática das IRAS consiste em um grande desafio para a saúde pública em todo o mundo. Estima-se que, no Brasil, a taxa de infecções relacionadas à assistência à saúde atinja 14% das internações. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 234 milhões de pacientes são operados por ano em todo o mundo. Destes, um milhão morre em decorrência de infecções hospitalares e sete milhões apresentam complicações no pós-operatório.
A infecção relacionada à assistência à saúde é qualquer infecção adquirida após a admissão do paciente no hospital e em outros locais que ofereçam cuidado e assistência à saúde, ou após a alta hospitalar, desde que estejam relacionadas com a internação ou com os procedimentos realizados.
Fundamentado em evidências científicas e nas melhores práticas internacionais, o treinamento destinado a todos os colaboradores, reforça às seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente, que são: 1- A identificação correta do paciente; 2 – Melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde; 3 – Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos; 4 – Assegurar a cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos, que no caso não é aplicável no HRBTSR; 5 – Higienizar as mãos para evitar infecções; 6 – Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão.
O treinamento proporcionou uma abordagem prática e interativa, oferecendo simulações de situações reais enfrentadas pelos profissionais de saúde no dia a dia. Essa prática ajuda a reforçar as técnicas corretas de higienização das mãos e o uso adequado de produtos antissépticos. Além de sensibilizar os participantes sobre a importância do uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) durante os procedimentos, visando à segurança tanto do paciente quanto do profissional.
Várias medidas possuem eficácia na prevenção de IRAS, entre elas, a limpeza do ambiente, a utilização da técnica correta para inserção e manutenção de dispositivos invasivos, como a sonda vesical de demora, mas a higiene das mãos é uma medida simples e crucial neste cenário.
A qualidade da assistência e a segurança do cuidado ofertado pelos profissionais de saúde dependem também do envolvimento apropriado dos pacientes, visitantes e acompanhantes. Esta etapa é tão importante que a OMS elegeu para 2023 o tema: “engajando o paciente para a segurança do paciente”, com o slogan “Vamos ouvir a voz do paciente!”.
O Diretor-Geral do Hospital Regional Santa Rosa, Carlos Tabosa, ressalta que, todas as Metas Internacionais de Segurança do Paciente devem ser seguidas. E que, “o paciente deve entender e participar da proposta do seu tratamento; visitantes e acompanhantes também devem higienizar as mãos e não devem circular de um leito para outro.”.
O programa de treinamento do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP), “é uma peça fundamental no compromisso da instituição com a segurança do paciente, reforçando sua posição como referência em saúde e qualidade no atendimento à comunidade, sempre comprometida com o bem-estar de seus pacientes e com a excelência na prestação de serviços de saúde”, afirmou o diretor.
Para isso, “foram elaborados os protocolos assistenciais seguindo as 6 metas internacionais que visam à garantia das melhores práticas durante o atendimento ao paciente, visando eliminar ou reduzir, em todo o mundo, os riscos e não conformidades na assistência à saúde”, concluiu Carlos Tabosa.
Texto: Wellington Hugles – ASCOM/HRBTSR
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