Estudantes da classe hospitalar do Hoiol, conheceram o espaço que conta a história da aviação na região amazônica
Alunos da Classe Hospitalar Professor Roberto França, do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) visitaram, nesta semana, o Memorial da Força Aérea Brasileira (FAB) na Amazônia, em Belém. As instalações, que têm por objetivo preservar a história da atividade aérea na região amazônica, reúne peças que remontam diferentes períodos e destacam o papel das aeronaves no desenvolvimento local. A visita contou com o apoio da Casa Ronald McDonald Belém, instituição que acolhe gratuitamente famílias de pacientes com câncer infantojuvenil.
No auditório do Memorial, também conhecido como Cine Catalina, as crianças acompanharam o vídeo “Era uma vez com a turma do Fabinho”, que abordava a vida de Alberto Santos Dumont e a relação do inventor brasileiro com as ciências, principalmente com a aeronáutica. Em seguida, conheceram salas expositivas, com maquetes e peças que homenageiam personagens importantes para a história da aviação, como o Patrono da Força Aérea Brasileira, Marechal do Ar Eduardo Gomes.
Depois de conhecer internamente o espaço, as crianças foram conduzidas ao Hangar Tenente César, onde encontraram aeronaves históricas, como o Catalina, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além dos modelos C-47 e L-19, o galpão conta ainda com um helicóptero H-1H em exposição. “Nos sentimos honrados em receber as crianças, pois é uma grande satisfação mostrar um pouco do nosso trabalho, um pouco da história da aviação, e poder proporcionar esse momento único a eles”, afirmou a Tenente Paula Duarte, museóloga da Base Aérea de Belém.
A professora referência da classe no Hoiol, Elvira dos Santos, defende que museus são instrumentos de trabalho educativo e que a visita a esses espaços vai além do lazer, pois afeta percepções e a capacidade crítica dos alunos. Ainda de acordo com ela, as crianças podem aprender sobre história, ciência, dentre outros assuntos, tudo de forma interativa.
“As aulas de campo têm por intuito reforçar os conteúdos que abordamos durante as aulas na classe. No Memorial, as crianças puderam visualizar e até adentrar aeronaves, ver a função das forças armadas e a importância da defesa dos espaços aéreo, náutico e terrestre. Os alunos acompanharam como é feita essa defesa e a trajetória da aviação, o que estimula o olhar curioso e contribui para que perguntem, que sejam críticos e que vão além dos livros e da sala de aula. Esse despertar da curiosidade desenvolve o lado científico, que faz parte do protagonismo do aluno”, afirmou Elvira.
Controle emocional – Durante o treinamento, os membros da brigada aprenderam a utilizar os equipamentos de segurança. “As instruções foram imprescindíveis para compreendermos as medidas para evitar, assim como a importância de manter o controle emocional, fundamental para que possamos colocar as habilidades em prática durante momentos críticos, principalmente para quem não atua diretamente na assistência”, disse a enfermeira Jéssica Cardoso.
Percepções – Disposto de forma instigante, o acervo gerou expectativas nas crianças e responsáveis. O professor Davi Miranda da Silva, 62, pai do aluno Davi Luiz, 7 anos, acompanhou o filho na visita, descrita pela criança como “uma experiência muito boa”. “É a primeira vez que meu filho vem a um hangar e aqui ele pode acompanhar a história da aviação brasileira. A visita foi importante para ele e ele gostou muito”, disse o educador. “Eu queria voar, mas não podia”, completou o garoto.
Ao lado da filha Ariane Ribeiro, de 9 anos, a empregada doméstica Taíze Ribeiro disse que lembrará da experiência por muitos anos. “O passeio foi ótimo, produtivo, e foi muito bom saber sobre a aviação do nosso País. Conhecer um avião de guerra foi muito interessante também”, disse. Ariane também foi só elogios para a visita. “Tinha um avião gigantesco. Ele é lindo, muito legal. Eu queria entrar nele, pois eu o achei mais interessante que todos”, afirmou a estudante referindo-se ao modelo Catalina, hidroavião que marcou o início da aviação na região amazônica.
Visita – Localizado na Av. Arthur Bernardes, no bairro do Telégrafo, em Belém, o Memorial da FAB na Amazônia foi inaugurado em 2019 e, desde março deste ano, está aberto ao público. As visitações ocorrem aos sábados, das 9h às 16h. “Visita sem agendamento, entrada gratuita, podem vir com roupa esporte e apreciar esse momento com a família”, convidou a tenente Paula.
Serviço – Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o Hoiol é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos.
A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e de estados vizinhos. A instituição está situada na Travessa Quatorze de Abril, 1394, bairro de São Brás, Belém.
Matriz – Sede Administrativa:
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