Hospital Octávio Lobo integra evento que discute oncologia pediátrica no Pará

Especialistas da instituição participaram de mesas redondas e palestraram sobre os avanços e desafios no tratamento oncológico

Diretora técnica do HOIOL, a oncopediatra Alayde Vieira, discursou no evento

O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) participou, nesta quinta (14) e sexta-feira (15), do I Simpósio de Oncologia Pediátrica do Pará. Idealizado pela Casa Ronald McDonald Belém, o evento recebeu apoio do hospital público paraense, referência no atendimento de crianças e adolescentes com neoplasia maligna. Realizado no Teatro Maria Sylvia Nunes, no Complexo da Estação das Docas, em Belém, o simpósio surge em pleno Setembro Dourado – mês de conscientização sobre o câncer infantojuvenil.

O evento inaugural contou com a presença da diretora-geral do Hoiol, Sara Castro; do diretor administrativo, André Bordallo; do diretor operacional, Alan Franco; da diretora assistencial, Alnilan Urel; e da diretora-técnica, Alayde Vieira, oncopediatra que integrou mesas de debates e palestrou sobre os desafios do cuidado do paciente indígena na oncologia pediátrica.

“O simpósio viabilizou discussões relevantes para a compreensão dos desafios e avanços no tratamento oncológico de crianças e adolescentes no Pará. Além da sensibilização para a causa, nossos especialistas enriqueceram os debates abordando a oncopediatria sob diferentes perspectivas. E ao observarmos e pontuarmos as peculiaridades dos nossos usuários e da própria região, podemos traçar novas estratégias para o aprimoramento contínuo e efetivo do serviço”, destacou Sara Castro.

Diretora-geral Sara Castro durante discurso no evento inaugural

Programação – Na oportunidade, destacou-se o histórico da oncologia pediátrica no Estado, bem como as problemáticas que afetam o tratamento, como o abandono das terapias e aspectos sociais. Reiterou-se ainda a importância da atuação da equipe multidisciplinar, da família frente ao tratamento e da manutenção da rede de apoio. 

Perspectivas – O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, entre os anos de 2023 e 2025, mais de 23 mil crianças e adolescentes sejam diagnosticados com algum tipo de neoplasia maligna no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), cerca de 80% das crianças e dos adolescentes acometidos pela doença podem ser curados, quando diagnosticados precocemente.

 

O MS define o câncer como uma proliferação descontrolada de células anormais, que pode ocorrer em qualquer parte do corpo. Entre crianças, os tipos mais comuns são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas. Já os adolescentes, principalmente aqueles com idade entre 15 e 19 anos, são acometidos mais frequentemente por tumores epiteliais e melanomas, como pondera estudo recente do órgão do executivo federal.

“Além de transmitir conhecimento, o simpósio é uma oportunidade para que consigamos melhorar os índices de cura do câncer infantojuvenil, não somente no Pará, mas na região Norte, uma vez que crianças e adolescentes de Estados vizinhos vêm fazer tratamento aqui”, afirmou Rosa Pires, presidente da Casa Ronald Mcdonald Belém, que há 11 anos acolhe crianças e adolescentes com câncer e suas famílias.

Os diretores André Bordallo, Alnilan Urel, Sara Castro, Alayde Vieira e Alan Franco participaram do I Simpósio de Oncologia Pediátrica do Pará

Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e de Estados vizinhos.

Texto: Ellyson Ramos – Ascom/Hoiol