Colônia de Férias anima crianças do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém

Programação dedicou momentos voltados à interação e à promoção de bem-estar no ambiente hospitalar nesta semana

Foto: Ellyson Ramos/Ascom HOIOL

Na primeira semana do mês de julho, pacientes do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, participaram da “Colônia de Férias”. O evento deste ano trouxe como tema “Fazendinha”, e ofereceu oficinas de balões, contação de histórias, apresentação de personagem pernalta e momentos de dança e musicalização. Nesta sexta-feira (07), em mais um dia de atividades, os usuários integraram momentos de descontração com a execução do Pequenos Chefes, projeto que ressalta o poder da terapia culinária.

Brincadeiras, músicas e muita animação compuseram a colônia do Hoiol, que promoveu acolhimento, alegria e bem-estar  aos usuários e acompanhantes por meio de momentos de descontração. Durante a semana, as crianças participaram de atividades de pintura corporal, colagens e receberam visitas de robôs futuristas, um estímulo ao desenvolvimento cognitivo, motor e socioemocional.

A brinquedista Bruna Dominguez explica que as atividades desenvolvidas em parcerias com o voluntariado reforçam o compromisso do hospital em proporcionar um ambiente mais humanizado a todos os usuários, acompanhantes e colaboradores.

“A equipe do hospital se une a todos aqueles que estão dispostos a ajudar e hoje estamos recebendo voluntários da Abecas Capelania, que trouxeram oficina de balão, brincadeiras, pernalta e mágicas que deixaram os pacientes encantados. É maravilhoso saber que estamos contribuindo para o bem-estar dessas crianças e o resultado desse esforço é o sorriso e a empolgação delas com a programação”, afirmou.

Marcio Moraes e Matheus Bernardes

Com o projeto Pequenos Chefs – Edição Fazendinha, a equipe reforçou os aprendizados culinários e incentivou o desenvolvimento de novas habilidades dos participantes, que acompanhados dos responsáveis, puderam apreciar as delícias produzidas, como o prato principal e as frutinhas ao chocolate.

Natural de São João do Araguaia, no sudeste paraense, Denise Santos, 38 anos, acompanha o filho Endryo, de 7 anos, internado no hospital para tratar leucemia. A dona de casa é categórica ao afirmar que programações como essa transformam o ambiente hospitalar.

“Estamos aqui no hospital há um mês. Meu filho tinha febre contínua, dor no corpo inteiro e eu sentia muita angústia por não saber do que ele sofria. Quando a gente descobriu que era leucemia, eu agradeci a Deus, porque é uma doença que tem tratamento. Eu agradeci também por ele já ter iniciado o tratamento aqui mesmo. É claro que eu não queria que meu filho estivesse doente, mas não saber o que o nosso filho tem é um sentimento muito pior”, afirmou a dona de casa.

Internado há um pouco mais de um mês, Endryo aprovou a programação. “Eu gosto muito de ouvir histórias e gostei muito das que eu ouvi hoje”, disse o menino. “Eu parabenizo a equipe do hospital e as pessoas que fazem essas coisas para nos alegrar. Isso é muito importante para a gente”, comentou Denise, que deixou o esposo e o filho mais velho na cidade natal para acompanhar o caçula no enfrentamento do câncer.

Integrante da Associação Beneficente de Capelania Social (Abecas), Rosemara Ataíde participa de trabalhos voluntários há três anos. Para ela, “o voluntariado é pura expressão de amor ao próximo.

“A palavra de Deus diz que há tempo para tudo, então sempre há tempo para se dedicar a ajudar ao próximo. O voluntariado está entre as minhas prioridades. E a motivação de fazer a diferença na vida das pessoas foi o que me trouxe ao hospital. Lá fora, muitos estão de férias, aproveitando as praias e parques. São muitas opções de lazer para quem não está passando por um momento de enfrentamento a doenças graves, como o câncer. Mas, eu decidi dedicar meu tempo para tornar esse período de internação mais alegre para essas crianças”, afirmou.

O operador de máquinas agrícolas Francisco Bezerra, 22 anos, é pai da Maria Helena, de 8 meses, que foi diagnosticada com rabdomiossarcoma na bexiga. “A programação foi bem divertida, bem educativa para as crianças. É muito satisfatório ficar feliz com a minha filha, apesar de ser um momento tão difícil para todos nós que somos pais e mães. Isso é um passatempo na nossa vida. Aqui nos divertimos, brincamos e pensamos em coisas melhores ao lado dos nossos filhos. A Maria dançou, se divertiu com a mágica e com tudo que ofereceram na brinquedoteca”, disse o jovem.

“É um momento único. É um momento de quebrar um pouquinho essa rotina hospitalar e deixar o ambiente e a estadia deles um pouquinho mais leve. Estamos extremamente felizes por proporcionar um atendimento humanizado, divertido e diferenciado”, afirmou Yumy Dias, colaboradora do setor de humanização.

Ellyson Ramos – Ascom Hoiol