Dr. Alecrim, o cão terapeuta, leva alegria e bem-estar a pacientes do Oncológico Infantil
O cão da Polícia Militar do Pará participou do projeto do Hospital Oncológico, destinado a amenizar os efeitos de longos períodos de internação
Crianças internadas no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) receberam na tarde desta sexta-feira (27) uma visita muito especial: o pet terapeuta Dr. Alecrim. O cão de serviço comunitário, da Polícia Militar do Pará, interagiu com os pequenos pacientes na brinquedoteca, em mais uma edição do Projeto “Visita Pet”, desenvolvido pelo Escritório de Experiência do Paciente (EEP) do Hospital.
O projeto permite colocar em prática a Terapia Assistida por Animais (TAA), e visa amenizar os efeitos de longos períodos de internação, principalmente o desconforto emocional e social. Após avaliação de uma equipe multidisciplinar, os pacientes são liberados ou não para interagir com o cão, por meio da visita monitorada.
“Esse método terapêutico garante maior socialização entre profissionais, crianças e acompanhantes, e contribui com a autoestima dessas crianças, permitindo que profissionais de saúde consigam realizar um melhor manejo dos medicamentos”, informou Elizabeth Cabeça, assistente da EPP.
Segundo a terapeuta ocupacional do Hospital Oncológico, Ana Catarina Chagas, a terapia assistida por animais fortalece os cuidados prestados ao paciente que trata doença crônica no ambiente hospitalar. “Diversos trabalhos acadêmicos e científicos mostram os benefícios, como a redução da dor e a sensação de bem-estar e relaxamento, os quais repercutem diretamente na melhor adesão ao tratamento”, ressaltou a terapeuta.
Dose de ânimo – Carla Tamara, 31 anos, moradora de Belém, acompanha a filha Alexia, 6 anos, em tratamento contra o linfoma de Hodgkin, tipo de câncer que se origina no sistema linfático. “As crianças ficam muito tempo aqui dentro. Ele é uma atração para dar um pouco de alegria. A Alexia passou 29 dias internada e recebeu alta, mas agora está hospitalizada novamente para fazer a quimioterapia. A rotina é muito estressante, por isso cada momento de lazer é válido para injetar uma dose de ânimo”, disse Carla.
Moradora do município de Breves, no Arquipélago do Marajó, Ruandra Costa, 29 anos, também levou David Lucas, 7 anos, para brincar com o cão. “O Alecrim distrai as crianças e traz alegria. Essas ações amenizam a tristeza e angústia causadas pelo adoecimento e pela saudade da família”, ressaltou a mãe do menino.