Pacientes são exemplos para quem ainda enfrenta a doença nos leitos de um hospital. A alta definitiva enche outros pacientes de esperança
Após uma longa luta contra o câncer, os jovens Alex Santos, 21 anos, e Ana Cléia Reis, 25 anos, são exemplos para quem ainda enfrenta a doença nos leitos de um hospital. Os dois receberam alta definitiva nesta terça-feira (30) e, agora, poderão retomar projetos interrompidos ainda na adolescência.
Aos 16 anos, Alex foi diagnosticado com Linfoma de Hodgkin – tipo de câncer que se origina no sistema linfático. Ele contou que levava uma vida muito ativa, quando descobriu o câncer. “Estava jogando bola quando comecei a sentir um cansaço e decidi ir à UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Lá disseram que não era nada, mas no dia seguinte o meu pescoço começou a aumentar. Consegui ser atendido aqui no hospital. Fiquei um mês internado para investigação e fui diagnosticado com câncer. No começo, até fiquei tranquilo, mas depois de passar toda essa temporada aqui, comecei a ficar triste. Foi a vida de um jovem que se interrompeu. Tinha muita coisa que eu tinha planejado, e ficou para trás”, lembrou.
Ele passou sessões de quimioterapia e radioterapia até completar 17 anos. Fez controle da doença e recebeu alta definitiva na tarde desta terça-feira do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol).
Assim como Alex, Ana Reis era estudante do ensino médio, quando foi diagnosticada com um tumor na cabeça. “Eu sentia muita dor de cabeça. Pensava que era problema de vista. Fiz exame e nada foi encontrado. Com a medicação, a dor passava só por algumas horas e voltava novamente. Fiz uma tomografia no Pronto-Socorro, onde fiquei internada durante três dias, e já me encaminharam para cá. Durante todo esse tempo passei por cirurgia e radioterapia. Fiquei com algumas sequelas motoras por conta do tumor, mas consegui terminar o ensino médio e hoje voltei a sonhar. Quero fazer faculdade”, contou, ao lado da mãe, Maria Lourença, 52 anos.
Esta terça-feira foi o dia da última sessão de quimioterapia de Pietro, de apenas 5 anos. Ele foi diagnosticado com Leucemia Linfoide Aguda (LLA) aos 2. Foram três anos de tratamento. Pietro passou por quimioterapia e várias internações, além de ser diagnosticado duas vezes com covid-19.
Para a assistente do Escritório de Experiência do Paciente do Hospital, Elizabeth Cabeça, a alta definitiva enche os demais pacientes e funcionários de esperança. “Tratamos dos processos para que o paciente receba o cuidado com a parte clínica, técnica, mas também que ele e sua família tenham a melhor experiência possível com o atendimento humanizado, desde a entrada na recepção até a alta médica”, ressaltou.
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