Crianças em tratamento contra o câncer recebem visita de cão terapeuta em Belém

O contato com o cão alivia o estresse, tensões e ansiedade em pacientes que passam por internações de longa permanência

Crianças em tratamento contra o câncer em Belém receberam nesta quarta-feira (31) a visita do pet terapeuta Alecrim, o cão policial que, desde um ano de vida, visita asilos, hospitais, creches. O contato com o cão alivia o estresse, tensões e ansiedade em pacientes que passam por internações de longa permanência. Alecrim, que reúne uma mistura das raças golden retriever com ​​border collie, estava acompanhado da tutora e médica veterinária do Batalhão de Ações com Cães (BAC),​ ​da Polícia Militar do Pará, tenente Marina.

O Alecrim morou na minha casa até os oito meses. Quando completou um ano de vida, começamos a fazer visitas em hospitais, creches, escolas. Ele foi adestrado para fazer esse tipo de terapia. A vontade em prestar trabalho voluntário surgiu com ele e a gente ganha muito nesse processo de valorização da vida”, disse a tenente.

“Ele é um cachorrinho muito adorável. Não é primeira vez que o Alecrim vem ao hospital, mas desta vez estamos acompanhando mais de perto, fizemos uma triagem maior dos pacientes que poderiam participar da ação. Priorizamos os que estão há mais tempo internados e em um grau de estresse e ansiedade maior. Fizemos uma triagem junto à equipe multi e à humanização”, explicou a terapeuta ocupacional Carla Lima, do Hospital Oncológico Infantil (Hoiol), onde ocorreu a visita.

Cinoterapia​​

Conhecida por cinoterapia, a Terapia Facilitada por Cães preza pela atuação canina no processo terapêutico. A técnica de intervenção busca benefícios como o estímulo à sensação de relaxamento do convívio com cães em visitas monitoradas. A educadora Kelle Gomes, de 29 anos, prestigiou a visita do cão, ao lado do filho Carlos Daniel, de 3 anos, que segue em tratamento contra a Leucemia Linfoide Aguda (LLA). “Foi a primeira vez que vi um cachorro num hospital e gostei muito, o meu filho está encantado”, afirmou a professora.