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Crianças do Oncológico Infantil visitam o Parque Estadual do Utinga, em Belém

Crianças do Oncológico Infantil visitam o Parque Estadual do Utinga, em Belém

Alunos da Classe Hospitalar do Hoiol aprenderam sobre o caminho da água desde a captação, tratamento nas estações até a chegada do recurso nas casas

O Parque Estadual do Utinga (Peut) recebeu, na manhã da última quarta-feira (29), a visita dos alunos da Classe Hospitalar Professor Roberto França, do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém. Durante a excursão, os pequenos conheceram a Estação de Tratamento de Água do Complexo Bolonha e participaram da programação educativa da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa).

Recepcionados por uma equipe da Companhia, as crianças e seus responsáveis foram informados sobre os processos aos quais a água é submetida durante o tratamento. Os estudantes assistiram a vídeos educativos sobre a importância da preservação do recurso e conheceram o sistema de abastecimento ilustrado em maquete. Antes de seguirem para a visitação guiada no complexo, eles acompanharam a rotina na Central de Operação de Sistemas (COS), responsável pelo monitoramento do serviço.

A assistente social da Cosanpa, Adriana Viana, palestrou sobre os serviços de saneamento básico, nas vertentes de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Na ocasião, também foi realizada uma atividade dinâmica para a melhor aprendizagem.

“Nosso encontro de hoje foi um pouquinho diferente, pois tivemos um público misto, com crianças e adultos (responsáveis que acompanhavam os estudantes). O momento serviu para apresentar o Sistema de Abastecimento de Água da Grande Belém, esclarecer dúvidas, e falar sobre o desperdício. O ciclo da água é o ciclo da vida e posturas de economia contribuem para o meio ambiente. Precisamos cuidar e nos reeducar”, ressaltou Adriana durante discurso.

Biodiversidade – Ainda durante o passeio, as crianças se depararam com algumas ararajubas, espécie que já estava extinta na Região Metropolitana de Belém, mas que já se fazem presentes no parque graças a um projeto de reintrodução da espécie desenvolvido no Peut.

“A vinda das crianças ocorreu por meio da parceria da direção do hospital com o comando do BPA. Nós abraçamos a causa dessas crianças que lutam contra o câncer. E, por trabalharmos com trilhas ecológicas e palestras, estivemos no Hoiol com uma exposição de animais taxidermizados. Explicamos a importância de manter esses animais vivos e informamos sobre o cuidado que todos nós devemos ter com o meio ambiente, na preservação, conservação e proteção”, afirmou o 1° Sargento Nunes, do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).

Foi a primeira vez que Rebeca Souza, 7 anos, passeou no parque. A visita deixou saudades e a menina já faz planos para voltar ao local com a mãe, a empresária Ravelly Souza. “Eu gostei muito, queria ter pulado na água e feito natação, mas não pude. Aprendi como é o caminho da água. Na próxima vez, vou alugar uma bicicleta para ficar andando por lá”, disse a menina, que recebe tratamento contra leucemia no Hoiol.

Os alunos do Oncológico Infantil não esconderam o entusiasmo ao conhecer o Memorial Verônica Tembé e a simbologia das 156 peças indígenas que integram o espaço. Experiência única para a dona de casa Eliete Oliveira, 40 anos, mãe de Maria Luiza, 8 anos, que trata Leucemia Linfóide Aguda (LLA), há um ano no Oncológico Infantil. 

“É a primeira vez que venho ao Parque e estou gostando muito da visita. Nós conhecemos a estação de tratamento e achei muito importante para as crianças e para os pais também. Aprendi muita coisa sobre todo o processo, coisas que nem imaginava que existiam. Esses passeios são importantes para as nossas crianças, pois o tratamento do câncer não é fácil e tem dias que eles não estão legais porque perderam algum amiguinho ou por estarem longe de casa, da família, do irmão, do cantinho delas”, contou Eliete, natural de Tailândia, nordeste do estado.

De acordo com a professora referência da classe no Hoiol, Elvira dos Santos, a visita aliou momentos de lazer e de muito aprendizado. “Durante todo o mês de março, trabalhamos com as crianças a importância do consumo consciente da água e da valorização do recurso enquanto fonte de vida. As aulas culminaram com essa visita ao Parque do Utinga, onde eles puderam ver de perto como é feito esse tratamento da água em Belém. Eles estavam muito ansiosos e foi uma experiência bastante enriquecedora”, ressaltou a educadora.

 

Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes, sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos. 

Texto: Ellyson Ramos/Ascom Hoiol

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Contos e histórias despertam a imaginação de pequenos pacientes no Hospital Oncológico Infantil

Contos e histórias despertam a imaginação de pequenos pacientes no Hospital Oncológico Infantil

Especialista da unidade assegura que prática ajuda a desenvolver o físico, o cognitivo e o socioemocional dos pacientes

Quem não gosta de ouvir uma boa história? Essa prática que desperta a magia e mexe com a imaginação de crianças e adultos integra uma das estratégias do Hospital infantil Octávio Lobo (Hoiol), referência no tratamento do câncer infantojuvenil em Belém. Em comemoração ao Dia Internacional do Contador de Histórias, na última segunda-feira (20) e ao Dia Nacional da Infância, celebrado nesta terça-feira (21), o hospital realizou uma programação alusiva às datas para promover o desenvolvimento dos usuários e minimizar as reações ocasionadas pelo diagnóstico do câncer e dos longos períodos de internação. 

Membro do setor de humanização, Joyce Freitas traz os conhecimentos da formação de pedagoga para as atividades realizadas na unidade de saúde.

“A contação de histórias ajuda a desenvolver o físico, o cognitivo e o socioemocional dos pacientes. As crianças podem associar o que estão ouvindo a situações do dia a dia pelas quais estão passando. E assim criar formas de lidar com as dificuldades e com as próprias emoções, já que os contos trazem vários sentimentos, como medo, alegria, tristeza, angústia, euforia, entre outros. Isso ajuda a desenvolver habilidades socioemocionais que serão levadas para a vida inteira”, explicou.

Além disso, é válido falar da importância de socializar. “É extremamente importante inserirmos dentro de um mesmo espaço crianças vindas de diversas cidades do estado, que nunca se viram ou se conhecem há pouco tempo, para que possam interagir, sorrir, brincar, ter momentos de felicidade e para exercer o direito de ser criança, mesmo estando hospitalizadas, é muito lindo e gratificante”, afirmou.

Sara Itaparica, 28 anos, é mãe da Pietra de Cássia, de cinco anos, em tratamento contra leucemia. “Gostei muito da programação. Temos a necessidade de tirar o foco da doença, ter uma distração, um lazer. Sabemos o quanto é importante amenizar a dor dos nossos filhos, que passam muito tempo aqui dentro com uma luta muito difícil”, disse.

O Hospital tem como missão proporcionar o tratamento oncológico humanizado com excelência organizacional e um dos objetivos estratégicos é proporcionar a melhor experiência do paciente. Para isso, mantém diferentes projetos e programas em parceria com o voluntariado. 

“O nosso grupo de contação de histórias atende especificamente os adolescentes e o público infantil, e por meio do conhecimento oral disseminamos a cultura e trazemos alegria para os usuários do Hoiol. Cada vez que a gente vem aqui, trazemos uma gotinha de ‘medicamento’ que colabora para o tratamento e cura deles”, informou Marina Morais, voluntária de uma instituição religiosa dedicada à missões de capelania humanitária e social.

Serviço: Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hoiol é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes, sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos.

Texto: Leila Cruz/Ascom Hoiol

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Hospital Octávio Lobo alerta para a prevenção do câncer de colo uterino

Hospital Octávio Lobo alerta para a prevenção do câncer de colo uterino

Março Lilás: neoplasia maligna acomete principalmente mulheres entre de 25 e 64 anos e tem como principal agente o papilomavírus humano

O câncer de colo de útero é o segundo mais incidente na região Norte do Brasil, com uma taxa estimada de 20,48 casos por 100 mil mulheres. Somente no estado do Pará devem ser registrados 830 novos casos até o final deste ano, conforme os dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para alertar sobre a importância das medidas preventivas e do diagnóstico precoce, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) realizou ontem (15) uma palestra para conscientizar o público feminino sobre a importância dos cuidados com a saúde, no auditório do hospital.

Também conhecido como câncer cervical, a neoplasia maligna do colo uterino se desenvolve de forma silenciosa, a partir de uma célula que cresce desordenadamente e pode se expandir para outro órgão, a chamada metástase. Os sintomas surgem na fase avançada, como dor, corrimento com odor fétido e sangramento irregular fora do período menstrual. A doença acomete principalmente mulheres com baixa escolaridade, mas também aquelas com histórico de infecções sexualmente transmissíveis e multiparidade. 

 “Anualmente, realizamos o planejamento das ações educativas com as escolhas de assuntos relevantes para a saúde de homens e mulheres. Neste mês, estamos conscientizando sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de colo de útero, um problema de saúde pública ainda muito frequente na população brasileira, sendo um dos tipos que mais adoece e causa a morte das mulheres paraenses”, informou o médico do trabalho do Hoiol, Márcio Maués.

Segundo o médico, a estratégia é trabalhar a promoção de saúde para a prevenção de problemas, assim como tornar os participantes multiplicadores de informação. “Organizamos rodas de conversas para abordar sobre a importância de manter em dia o exame preventivo ginecológico, o Papanicolau, que deve ser percebido como uma regra e não como uma eventualidade”, enfatizou.

Ele destacou ainda que entre 2020 e 2021, ocorreu a dificuldade no acesso às redes de serviços devido à pandemia da Covid-19. Somente a partir de 2022, o cenário começou a mudar, portanto neste ano é necessário alavancar a retomada das medidas preventivas. 

“A recomendação atual do Ministério da Saúde é de que todos os meninos e meninas de 9 a 14 anos de idade devem receber a vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV). Também é imprescindível a realização do preventivo em todas as mulheres com vida sexualmente ativa, prioritariamente entre 25 e 64 anos. Caso sejam detectadas lesões precursoras, o tratamento efetivo consegue evitar que evoluam para o câncer”, esclareceu.  

A auxiliar administrativa, Brenda Silva, 28 anos, não se descuida dos exames. “É uma questão que me preocupa bastante, não deixo de fazer meu check-up anual, incluindo as consultas e exames ginecológicos. É melhor prevenir do que padecer de um mal maior e cada um pode multiplicar essa informação para as mães dos pacientes, principalmente sobre a importância da vacinação”, afirmou.

Texto de Leila Cruz / Ascom Hoiol

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Animais despertam criatividade de pacientes no Hospital Oncológico Infantil

Animais despertam criatividade de pacientes no Hospital Oncológico Infantil

Crianças participam de programação didática que valoriza a proteção aos animais e a preservação do meio ambiente

Lápis de cor, cola e papéis foram materiais utilizados pelas crianças internadas no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, durante a programação alusiva ao Dia Nacional dos Animais – 14 de Março. Além de destacar a importância dos bichos, a data contribui para a reflexão sobre a proteção aos animais e preservação do meio ambiente. Por meio de uma didática acessível ao público infantil, a programação do Setor de Humanização buscou desenvolver a curiosidade e ampliar o conhecimento sobre o mundo animal, no Ateliê Gaia (Gerando Amor, Ideias e Artes), no segundo andar da unidade de saúde.

“As nossas crianças deixaram de frequentar a escola em razão do adoecimento. As nossas atividades seguem o calendário escolar, e para que elas não percam esse universo próprio da infância trazemos as datas comemorativas para dentro do Hospital. O Dia do Animal é uma data importante, faz parte do universo deles. As histórias infantis nessa época da vida utilizam muito os animais como personagens. Comemoramos e informamos sobre a importância da biodiversidade para o meio ambiente”, informou a brinquedista do Setor de Humanização, Joyce Freitas.

Segundo a profissional, o objetivo é fazer fluir a imaginação das crianças. “Hoje realizamos pintura, corte e recorte, montagem e artesanato de animais usando materiais recicláveis. A realização dessas atividades lúdicas nos permite trabalhar todos os tipos de coordenação motora, a imaginação, e trazer alegria. Conseguimos fazer com que fiquem animados, apesar dos longos períodos de internação.  E sorrimos muito com o que eles trazem da sabedoria deles sobre os animais. Ouvimos muitas histórias engraçadas a respeito de sapos, aranhas e outros bichos. É um trabalho muito gratificante”, ressaltou.

Atenção especial – Rozângela Rodrigues, 40 anos, veio de Macapá, capital do Estado do Amapá, em busca de atendimento especializado para a filha Sandriane, 8 anos, diagnosticada com leucemia. Há dois anos e três meses a menina é paciente do Hospital Oncológico Infantil. “Minha filha gosta muito de desenhar, pintar e faz questão de receber os desenhos entregues pelo Hospital, principalmente quando são da Barbie ou de unicórnios. Sei que é importante para o desenvolvimento dela, porque logo que começou a estudar adoeceu e parou de frequentar a escola”, contou.

Mãe de Juliana Pereira, 06 anos, Gilmara Pereira, 31 anos, observou com atenção a menina entretida com as atividades. Há pouco tempo, após crises convulsivas, a menina foi internada no Hospital. “Ela adora pintar. Se eu deixasse, ficaria pintando a noite toda. Quando perguntaram se ela queria participar, foi logo se ajeitando para vir. Ela ama essas oficinas. Sei que são muito importantes para o desenvolvimento dessas crianças, que ficam isoladas do mundo lá fora e precisam dessa atenção especial”, disse Gilmara.    

 Texto: Leila Cruz- Ascom/Hoiol

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Hospital Oncológico Infantil promove ações alusivas ao Mês das Mulheres

Hospital Oncológico Infantil promove ações alusivas ao Mês das Mulheres

Durante a semana, as homenageadas receberam brindes e participaram de projeto para fortalecer e até resgatar a autoestima

O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) promoveu uma semana com programações especiais às homenageadas do mês de março. Com o apoio do voluntariado, a instituição realizou ações de embelezamento e cuidado pessoal voltado às profissionais, mães e acompanhantes. A Brinquedoteca do 2° andar e a Sala de Música deram lugar a estúdios de estética e empoderamento feminino. No térreo, mulheres participantes do projeto ‘Canto da Empreendedora’ aproveitaram a oportunidade para garantir renda extra.

A dermopigmentadora Lucia Marinho atua há oito anos no ramo do embelezamento e reuniu uma equipe de profissionais para prestar atendimento gratuito às acompanhantes e colaboradoras do Oncológico Infantil. “Essa é a primeira vez que estou como voluntária e é uma grande honra poder, juntamente com a minha equipe, oferecer serviços de embelezamento do olhar, cílios, design de sobrancelhas, aplicação de henna, maquiagem, massagem relaxante e cabelo. A empatia nos trouxe aqui e por isso que estamos disponibilizando do nosso tempo, da nossa mão de obra, do nosso serviço, para o bem-estar de todas”, contou Lucia.

Elana da Silva é voluntária do hospital há cinco anos. Desenvolve atividades recreativas, contação de histórias e, durante as visitações, conversa com as mães dos pacientes e compartilha mensagens de fé e esperança. Desta vez, Elana propôs uma dinâmica diferente e reforçou o grupo de voluntários que realizaram campanhas de embelezamento e cuidados pessoais. 

“Desde a minha adolescência eu sempre quis participar de trabalhos voluntários, hoje, aos 37 anos, essa vontade permanece intensa. É algo tão forte que não me importo de compartilhar minhas habilidades com o próximo e de mobilizar outras pessoas para que entrem nessa corrente do bem. É muito gratificante nos depararmos com sorrisos. Eles salvam o meu dia.

Realizamos essas atividades com muito amor e é maravilhoso termos essa reciprocidade”, afirmou Elana. 

Classe –  A equipe de educadores da Classe Hospitalar Professor Roberto França, do Hoiol, também organizou um evento dedicado às mulheres. “Aproveitamos o contato diário que temos com mães e responsáveis para convidá-las a um momento especial. A organização da palestra, do café da manhã especial e a distribuição de brindes é apenas um pouquinho do nosso parabéns a todas, que também valorizam o nosso trabalho de acolhimento e escolarização de forma humanizada”, afirmou Elvira dos Santos, professora referência da unidade.

Renda – Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o Hoiol realizou mais uma edição do ‘Canto da Empreendedora’, projeto que garante espaço para que mães e usuárias da unidade de saúde possam garantir renda extra por meio da exposição e comercialização de produtos. 

A vendedora Clemilda Oliveira acompanha a filha, Ana Beatriz, há cinco anos no hospital. Foi durante a internação da adolescente que a castanhalense conheceu o projeto e decidiu garantir uma renda extra. “Comecei com a venda com peças íntimas, depois trouxe enxovais. Graças a Deus os produtos saem bastante. Me inspirei, comecei a vender em casa e agora sonho em abrir  uma lojinha um dia”, disse.

A semana também foi marcada pela visita do mascote e da equipe do Paysandu Sport Club, que distribuíram brindes e também realizaram procedimentos estéticos. Após o momento, fotógrafos profissionais faziam imagens das homenageadas para que guardassem consigo o registro. As ações tiveram o apoio de parceiros, como o Grupo Movidos pelo Amor, Igreja Angelim, Instituto Áster, Nete Costa Decorações e IASD. 

“Meu marido ficou um tempinho com a minha filha e eu vim fazer meu cabelo e minha sobrancelha. Essa ação é muito linda. Estou aqui dentro do hospital há praticamente sete meses e não temos tempo de cuidar da beleza porque nossa atenção acaba sendo só para a minha bebê. Foi bom participar e sentir que merecemos esse cuidado. Achei até graça porque as pessoas não me reconheceram depois da transformação”, contou Vanusa Pinheiro, mãe da paciente Ana Vitória.

“Achei maravilhosa a iniciativa dos voluntários em poder proporcionar esse momento tanto para as colaboradoras quanto para as mães das crianças. A ação vai além de procedimentos estéticos, que geralmente aumentam ainda mais a autoestima das mulheres, elas melhoram a produtividade e deixam a rotina mais leve”, concluiu a enfermeira auditora Jéssica Cardoso, que aproveitou o momento para retocar as sobrancelhas e os cílios.

SERVIÇOS

Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes, sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública, e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos. 

Texto de Ellyson Ramos / Ascom Hoiol

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Café com elogio do Hospital Oncológico Infantil homenageia colaboradores

Café com elogio do Hospital Oncológico Infantil homenageia colaboradores

Reconhecer as boas práticas desenvolvidas durante as atividades realizadas em benefício dos pacientes e acompanhantes, esse é o objetivo do projeto “Café com Elogio” promovido pelo Hospital Octávio Lobo, na última sexta-feira (03). Organizado pelo Serviço de Atenção ao Usuário (SAU), o projeto promove um momento de valorização e agradecimento aos colaboradores pela atenção, dedicação e carinho demonstrados aos pacientes e respectivos familiares.

 

Ao total, 19 profissionais foram homenageados durante a programação realizada no auditório do hospital. O Café com Elogio, sob a gestão do Instituto Diretrizes, realizou a primeira edição neste mês e segue em andamento. Mensalmente, será realizada uma pesquisa de satisfação em todos os setores de assistência hospitalar, ocasião em que será realizada a coleta de elogios. 

 

A líder do SAU, Juliana Fonseca, explica que o projeto consiste no reconhecimento pela qualidade da assistência ofertada por esses colaboradores. “É uma maneira de demonstrar que cada um faz a diferença na vida de nossas crianças e adolescentes. Trazemos ainda um sentimento de pertencimento desse profissional por realizar um trabalho humanizado, com muito empenho e comprometimento para com aqueles que tanto precisam”, destacou.

 

“Após um levantamento efetuado no final de cada mês, são definidos os três serviços mais elogiados, os quais compõem um ranking, do 1° ao 3º lugar. Os colaboradores que mais tiverem elogios registrados, são convocados a comparecer à programação”, explicou.

 

Uma das mensagens de carinho foi dedicada à técnica de laboratório Arlene Oliveira, que ficou comovida com o cartão recebido com as palavras de gratidão de uma acompanhante. Há seis anos trabalha no hospital e acredita ter a vida transformada depois que começou a atuar com crianças acometidas por câncer.

“Não tenho palavras para descrever uma grande história de amor, acho tão gentil da parte das mães das crianças. Mesmo com toda perspectiva negativa de ver os filhos sofrendo, ter a nobreza de reconhecer nosso trabalho e se dispor a elogiar, isso não tem preço. É algo que toca de verdade em meu coração!”, disse.

Ela conta que há um tempo foi a uma entrevista e ao ser questionada sobre o que mudou na vida profissional e pessoal dela após a experiência no hospital, ficou emocionada. “Respirei e não pude evitar as lágrimas. Entendi que jamais poderemos ser a mesma pessoa e que sempre podemos ser o melhor. Espero que o Instituto Diretrizes continue a proporcionar esses momentos. Foi lindo, especial demais pra mim. Obrigada”, agradeceu.

 

A emoção também é compartilhada por Gleice Souza. “É muito gratificante ser reconhecida pelo meu trabalho. Eu me sinto realizada profissionalmente e agradeço por tudo. O meu maior pagamento é ver o sorriso das crianças e a cura delas após o período de tratamento”, afirmou.

 

Texto: Leila Cruz – Ascom Hoiol

ONC28

Voluntários religiosos celebram o Dia Mundial da Oração com abraço simbólico no Oncológico Infantil

Voluntários religiosos celebram o Dia Mundial da Oração com abraço simbólico no Oncológico Infantil

Realizada em frente à instituição, programação reuniu colaboradores, pacientes, acompanhantes e pedestres que transitavam no local

Foto: Ellyson Ramos/Ascom HOIOL

Originado no século 19, o Dia Mundial da Oração é celebrado em mais de 170 países. No calendário, firmou-se na primeira sexta-feira do mês de março, data que visa a promoção de obras missionárias, como a ocorrida em frente ao Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém. Na ocasião, voluntários convidaram colaboradores, pacientes, acompanhantes e pessoas que transitavam pela travessa Quatorze de Abril, endereço da instituição, para participarem do momento religioso.

O clamor em prol dos enfermos assistidos no hospital comoveu quem acompanhava a programação, organizada pelo voluntariado, em parceria com o setor de Humanização da unidade gerenciada pelo Instituto Diretrizes. “O hospital observa o paciente de forma integral e busca atender as necessidades para além da medicação, do tratamento. A rede de voluntários do Hoiol tem grupos das mais diversas religiões, que estão conosco toda semana, fazendo visita à beira-leito, trazendo mensagens de força, músicas e orações. Eles se doam aos pacientes por meio da solidariedade e do amor”, completou a colaboradora Joyce Wanzeler.

Integrante da Associação Beneficente de Capelania Social (Abecas), Marina Moraes é voluntária do Hoiol e afirma que o evento mundial permite que os fiéis, independente do credo religioso, tenham uma experiência mais profunda com o que acreditam. “É uma celebração na qual todas as crenças realizam ações que sejam benéficas à humanidade. Como nós somos uma instituição que trabalha com ajuda humanitária e a disseminação do amor de Deus, aproveitamos este dia para clamarmos em nome dos que mais precisam”, explicou.

A cerimonialista, que se dedica ao voluntariado sempre que pode, diz que a oração transformou a vida dela e de toda a família Moraes. “Temos convicção que Deus opera milagres e que existe um propósito na vida de cada pessoa, como teve na vida da minha irmã, Cleise. Ela sofreu um acidente gravíssimo e os médicos disseram que as chances de sobrevivência eram baixíssimas. Eu dobrei meu joelho ali mesmo e orei. O bairro Guamá (em Belém) inteiro ficou sabendo do acidente. Amigos, conhecidos e até desconhecidos iam ao pronto socorro orar. A minha irmã diz que Deus deu a vida dela de volta e eu dei meu coração a Ele. O meu milagre está vivo”, relatou Marina.

História – no Brasil, o Dia Mundial da Oração é celebrado oficialmente desde 1938. O movimento tornou-se ecumênico e chegou aos mais diversos ambientes, inclusive os hospitalares. “No Hoiol nós somos acolhidos e nos sentimos motivados a realizar ações. A ideia do abraço simbólico na instituição surgiu a partir disso. Não podemos abraçar as crianças, pois existem regras, cuidados e precisamos respeitar. Mas abraçar a instituição com a nossa fé e oração, é por no colo e acolher cada criança”, defendeu Marina.

Uma tenda de oração foi montada em frente à instituição para quem desejasse receber uma palavra de fé. As auxiliares administrativas Flaviana Mendes e Carolaine Santos participaram do momento. “A oração é algo primordial na minha vida e não saio da minha casa sem antes pedir proteção. Agradeço por tudo e não deixo de apresentar ao Senhor as nossas crianças e todos que aqui trabalham”, disse Flaviana. “Orar é estabelecer uma conversa espiritual profunda com Deus, que nos dá forças para viver. Por acreditar nisso, afirmo que a programação foi maravilhosa, porque atingiu o público do hospital, os colaboradores e também o público externo”, complementou Carolaine.

A dona de casa Maristela Santos, de 63 anos, é avó de Nathan Joshua, de 6 anos. O pequeno luta contra a leucemia e a avó encontra na oração diária a força necessária para apoiar a família. “Nos hospitais, existem pacientes que estão em uma situação onde, talvez, a medicina não alcance a cura. Mas eu vejo a oração como a respiração, que nos mantém vivos. Clamar a Deus e pedir misericórdia por todas as pessoas é um ato lindo. Eu tenho muita fé e acredito que o médico cuida do físico, o capelão cuida do espiritual e Deus realiza milagres por meio da oração”, disse. 

 

Ellyson Ramos – Ascom Hoiol

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Crianças aprendem a fazer ovo de Páscoa no Hospital Oncológico Infantil, em Belém

Crianças aprendem a fazer ovo de Páscoa no Hospital Oncológico Infantil, em Belém

Unidade promoveu nova edição do projeto “Pequenos Chefs”, por meio do Escritório de Experiência do Paciente, em parceria com os funcionários

Mãe e filho se divertiram com a iniciativa do Hospital Oncológico Infantil, em Belém

O chocolate, em geral, é uma guloseima super esperada pelos adultos e, principalmente, pelas crianças em tempos de Páscoa. Inspirado na tradição milenar de decorar ovos e presentear as pessoas queridas, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) promoveu uma nova edição do projeto “Pequenos Chefs”, na tarde da quinta-feira (6). A oficina de ovos de Páscoa foi realizada pelo Escritório de Experiência do Paciente (EEP), em parceria com os colaboradores da unidade.

Realizado uma vez ao mês na unidade, o projeto possibilita a pacientes internados habilidades culinárias de uma forma simples e lúdica. A chefe da vez foi a enfermeira Mayra Santos, que integra o Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Hoiol. “Os benefícios são diversos, além dos contatos com sabores e texturas diferentes, fazer com que eles participem da produção de receitas simples, ajuda no desenvolvimento da coordenação motora, assim como gera um senso maior de responsabilidade, cooperação e organização dos nossos pequenos chefes”, disse.

“As crianças gostam de observar e experimentar coisas novas. Desta vez, escolhemos um tema alusivo ao período festivo com a confecção de ovos de colher para que elas pudessem decorar e se divertir com a atividade. Os pais também foram envolvidos e interagiram com os filhos durante a ação, assim promovemos uma integração entre pacientes, familiares e colaboradores”, informou Elizabeth Cabeça, assistente do EPP.

Menina com a mão na massa de chocolate durante ação do projeto 'Pequenos Chefs', no Hospital Oncológico Infantil

Psicóloga do hospital, Juliana Rocha enfatiza que, “as atividades lúdicas são uma estratégia para amenizar a rotina e promover a saúde, o bem-estar e  a socialização, mas também são aliadas no desenvolvimento e reabilitação dos nossos pacientes”.

Moradora do município de Parauapebas, Elionai dos Santos, 29 anos, acompanha David Manuel, 9 anos, durante o tratamento contra a leucemia. Mãe e filho puderam fortalecer o vínculo familiar durante a execução da receita. “Enfrentamos toda uma rotina de consultas, exames e medicações dentro do hospital, por isso é muito bom para que ele possa ter o direito de se divertir, mesmo estando internado”, disse  Eleonai. Já  o menino  que foi um dos primeiros a se voluntariar para participar da criação do doce, teve uma motivação especial. “Eu queria logo comer o chocolate, porque é muito gostoso, mas foi muito divertido montar tudo”, disse.

Somente participam da atividade gastronômica os pacientes que atendem aos critérios de elegibilidade conforme a avaliação  das equipes assistenciais e do Serviço de Nutrição e Dietética. Aqueles que não podem comparecer ao refeitório, são contemplados nas enfermarias.

Texto de Leila Cruz / Ascom Hoiol

Menina com a mão na massa de chocolate durante ação do projeto 'Pequenos Chefs', no Hospital Oncológico Infantil
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No Complexo Hospitalar de Tucuruí mulheres têm manhã voltada aos cuidados e a beleza

No Complexo Hospitalar de Tucuruí mulheres têm manhã voltada aos cuidados e a beleza

O Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí, por meio da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Dr. Vítor Moutinho – Unacon, realizou na manhã desta quarta-feira (22), o dia D do Março Lilás, mês de prevenção ao Câncer de Colo de Útero, objetivando chamar a atenção das mulheres para a importância de medidas preventivas contra a doença, estar consciente é o primeiro passo para a manutenção da sua saúde.  

A ação, realizada na área externa da unidade, contou com apresentação musical e aula laboral às mulheres. No ambulatório, a equipe do Setor de Humanização, realizou rodas de conversas, com o tema: “Câncer de Colo Uterino – Prevenção e um gestor de amor e vida”. Cuidados com a beleza ao público feminino, foi o foco da ação, que disponibilizou serviços de corte de cabelo e maquiagem, possibilitando a elevação da autoestima e o empoderamento das mulheres.  

No período da tarde, foram realizadas coletas de exames Preventivos do Câncer do Colo do Útero (PCCU), às colaboradoras e servidoras do HRT e Unacon, que previamente passaram por triagem e avaliação.  

“Com a parceria formada pela Sespa e o Instituto Diretrizes, através do HRT e a Unacon, foi possível desenvolver a campanha Março Lilás, através de uma programação especial, com ações no combate e prevenção do Câncer de Colo de Útero, um dos campeões de mortalidade no Brasil e na região Norte, considerado um problema de saúde pública, embora tendo uma mortalidade tão grande, nesta guerra, temos uma arma tão vital, que é o exame do PCCU. Mulheres com idade a partir dos 25 anos, com vida sexual ativa, devem procurar os postos de saúde, em busca do seu exame preventivo, lembramos, que com um diagnóstico precoce, a chance de cura e de quase 100%. É importante enfatizar que, o Governo do Pará, por meio do Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí, disponibiliza a população, um leque de tratamentos para a cura do câncer, que vão desde o diagnóstico até a realização de cirurgias, quimioterapia e radioterapia”, afirmou Jânio de Jesus, médico oncologista e Diretor Técnico do HRT/Unacon. 

A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A transmissão da infecção ocorre por via sexual, presumidamente por meio de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.   

Pacientes e acompanhantes participaram da ação de conscientização na Unacon 

“No decorrer do mês de março, ações que visam a promoção da saúde das mulheres e o incentivo à adoção de hábitos saudáveis, estão sendo preconizadas em nossa unidade. Mas é importante lembrar que a prevenção deve se estender além do período da campanha Março Lilás, afinal o diagnóstico precoce é a melhor forma de evitar problemas de saúde mais graves e aumentar as chances de cura. Através da Sespa, o Complexo Hospitalar HRT e Unacon, realizou essa programação voltada especialmente as mulheres, possibilitando a conscientização e a valorização através de rodas de conversa, aula laboral, exames de PCCU às colaboradoras e servidoras da instituição e uma manhã voltada a valorização da beleza feminina, com corte de cabelo e maquiagem às presentes, possibilitando o empoderamento das mulheres da nossa cidade e região”, enfatizou o Diretor-geral do HRT/Unacon, Júnior Souto. 

O mês de março remete a um período de atenção especial à saúde feminina. Além de estar relacionado ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia 8, o Março Lilás é dedicado também à campanha de prevenção e combate ao câncer de colo uterino, que leva anos para se desenvolver e na fase inicial é silencioso. Mas o exame papanicolau, conhecido também como PCCU, detecta facilmente as alterações nas células que dão origem a esse tipo de câncer.  

Texto: Wellington Hugles – ASCOM/HRT/UNACON 

 

ONC20

Pacientes do Hospital Oncológico Infantil interagem com personagens da cultura pop

Pacientes do Hospital Oncológico Infantil interagem com personagens da cultura pop

Voluntários levam o fascínio por super-heróis ao ambiente hospitalar e animam o dia de crianças e adolescentes que lutam contra o câncer

O menino Thalyson de Lima à frente do grupo de cosplayers

Pacientes do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, receberam na tarde de sexta-feira (24) a visita de cosplayers – artistas que dão vida a personagens mais admirados da cultura pop. Com os trajes de super-heróis conhecidos do grande público que gosta de séries, filmes, histórias em quadrinhos e games, os voluntários percorreram as enfermarias e animaram os pacientes, que interagiram e garantiram muitas fotos.

Lanche especial para dar garantir a super força

Durante a visita, máscaras personalizadas, medalhas e bolinhos de “super força” foram distribuídos aos pacientes. Os detalhes fizeram parte da mostra criativa idealizada pelo setor de Humanização do Oncológico Infantil, e ganhou o reforço de dramatizações dos artistas.

“Uma das nossas principais entregas é o lúdico. É pensando na importância desse processo de ludicidade que buscamos firmar parceria com o maior número de voluntários possível. Capacitamos, certificamos e valorizamos esses profissionais, pois acreditamos no poder das parcerias para a garantia de um planejamento de ações rico e extenso”, explicou a  coordenadora de Humanização do Hospital, Natacha Cardoso.

Ação voluntária – Considerado um hobby para muitos participantes, o cosplay não se limita à vestimenta, mas à caracterização, maquiagem e interpretação da personalidade da inspiração escolhida. O auxiliar administrativo Jefferson Pereira é cosplayer desde os 16 anos. Vestido como “Doutor Estranho”, aos 22 anos ele vivenciou o trabalho voluntário na unidade. “O cosplay não estabelece filtros. Podemos ser o que quisermos, qualquer personagem. Esta é a minha primeira ação social no Hospital, e é muito legal quando as crianças sorriem. Dizem que somos o personagem favorito delas, e pedem para fazer foto”, contou.

Há um ano, o interesse no trabalho voluntário fez o advogado Luan Villas Boas entrar no universo cosplay. Ele buscou inspiração na internet para confeccionar a própria fantasia e iniciar as parcerias. “Eu acompanhava um Batman na internet que fazia ações sociais, e surgiu a vontade de realizar um trabalho parecido. Quando eu era criança não tive a experiência de conhecer de perto um super-herói. É algo que, certamente, teria sido muito marcante. É por isso que estou aqui. É uma satisfação pessoal fazer parte da memória dessas crianças. Ser cosplayer voluntário é uma terapia”, afirmou.

A ação dos voluntários é essencial para levar alegria e diversão ao ambiente hospitalar

Residente no município de Benevides, na Região Metropolitana de Belém, Thainar de Lima acompanha o filho Thalyson, que há dois anos trata uma leucemia. Ela disse que a criança ficou feliz em poder interagir com os cosplayers visitantes. “Ele é tímido, mas gosta muito de super-heróis. Até estava pintando um Homem-Aranha sem imaginar que hoje o herói estaria aqui. Quando percebeu, foi até a porta e ficou espiando”, completou Thainar.

Cuidado – Segundo Natacha Cardoso, todo voluntário passa por triagem para que sejam identificados os propósitos das ações. Após a entrevista, há um período de integração, no qual os candidatos são capacitados sobre o que é permitido dentro do ambiente hospitalar, e verificado, por exemplo, se a carteira de vacinação está em dia.

“A humanização é uma parte do tratamento ofertado dentro da assistência. Nós caminhamos juntos com o serviço de infecção e equipe de enfermagem para que, ainda no planejamento das ações, possamos pensar nos protocolos de segurança do paciente. Verificamos se a carteira de vacinação e os exames estão em dia. Avaliamos tudo com muita cautela, para que os profissionais externos possam atuar conosco e transitar dentro do ambiente hospitalar”, ressaltou a coordenadora.

Thalyson de Lima, de 5 anos.

Serviço: Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos.

Texto: Ellyson Ramos – Ascom/Hoiol.

ONC 14

‘Cine QT’ oferece entretenimento a pacientes do Hospital Oncológico Infantil

'Cine QT' oferece entretenimento a pacientes do Hospital Oncológico Infantil

Crianças e adolescentes atendidos no setor de quimioterapia assistiram ao longa ‘Hotel Transilvânia’ enquanto recebiam a medicação

Um projetor instalado na sala de quimioterapia do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, leva a magia do cinema para o ambiente da unidade de saúde. O “Cine QT” é um projeto idealizado pela equipe multiprofissional da instituição para promover entretenimento aos pacientes e acompanhantes. Desta vez, o filme “Hotel Transilvânia” (2012) foi o longa-metragem escolhido para que crianças e adolescentes pudessem se distrair durante o tratamento.

A concentração no filme ajuda a distrair durante o tratamento quimioterápico

A psicóloga do Hospital, Larissa Fima, explica que a iniciativa minimiza o impacto da hospitalização, o estresse e as dores. “O Cine QT foi pensado com o intuito de proporcionar atividades e momentos lúdicos para as crianças que estão em tratamento quimioterápico ambulatorial. Além deste, também realizamos outros projetos multidisciplinares, como ‘Sala de Espera’, no qual abordamos pacientes e familiares sobre diferentes temas, e o ‘Projeto Dodói’, desenvolvido em parceria com o Instituto Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), e pelo qual trabalhamos, de forma lúdica, o recebimento do diagnóstico”, explica a profissional.

Segundo Larissa Fima, o entretenimento influencia a mudança benéfica na rotina dos usuários, acompanhantes e profissionais. “Buscamos proporcionar distrações àqueles pacientes que, durante o tratamento oncológico, têm vindas diárias ou semanais ao Hospital para a realização de quimioterapia. Além da exibição do filme, hoje nós levamos tiaras para as meninas e máscaras para os meninos, pois é uma forma de incentivar a socialização. E essa promoção de interação entre eles reflete na mudança de rotina dos familiares e acompanhantes da criança”, acrescenta a profissional.

Apoio ao tratamento – Com chope de frutas e pipocas, a plateia não desgrudou os olhos do filme. O projeto também traz alegria a quem acompanha de perto o enfrentamento à doença. “Essa programação é muito boa para as crianças, porque elas ficam muito tempo aqui em tratamento. É mais um espaço para se divertirem, e eu acho muito legal, porque tem dias que eles estão muito estressados. Não tenho dúvida de que o cinema ajuda no tratamento”, diz Nilce de Lima, avó da paciente Larissa Gabrielly.

Os longas escolhidos são conhecidos do grande público, e continuam arrancando risadas e prendendo a atenção das crianças. “Eu gosto bastante das programações daqui. Já vi esse filme, mas assistir aqui dentro é diferente, porque eu me distraio de tudo que está acontecendo”, conta a marabaense Ketellin Nicole, 12 anos, que há três meses luta contra um linfoma.

Vínculos – Além do entretenimento, o Projeto Cine QT busca tornar o ambiente hospitalar mais agradável, contribuindo para a melhoria do bem-estar do paciente e acompanhante. “Com momentos de descontração há aumento na qualidade do tempo em que os pacientes precisam realizar a quimioterapia intravenosa. Observamos também que isso contribui para a manutenção de vínculos, pois alguns pacientes se reencontram, e há espaço para troca de conversas e brincadeiras”, reitera a psicóloga.

O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo integra a rede de saúde mantida pelo Governo do Pará. Gerenciado pelo Instituto Diretrizes, a unidade é referência no tratamento de crianças e adolescentes na região amazônica, e fica na Travessa Quatorze de Abril, 1394, Bairro São Brás, em Belém.

Texto: Ellyson Ramos – Ascom/Hoiol.

ONC10

‘Bailinho de Carnaval’ anima criançada do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo

‘Bailinho de Carnaval’ anima criançada do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo

Músicas e brincadeiras embalaram os pequenos foliões, que deixaram as enfermarias para se divertir junto aos colaboradores e acompanhantes

A brinquedoteca do segundo andar do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, ficou pequena para a animação do público, que compareceu ao ‘Bailinho de Carnaval’. A festa foi realizada pelo setor de Humanização do hospital, em parceria com voluntários, e buscou estimular a socialização e promover o conhecimento acerca de uma das maiores festas populares do mundo.

Enquanto o palhaço ‘Tio Bala’ conduzia a criançada e os acompanhantes a participarem de brincadeiras no salão, fitas, confetes e máscaras deixavam o ambiente ainda mais propício para pular o carnaval. A música ficou por conta da banda Tapiokids. “Participo das programações sempre que posso. Eu me preparo com exercícios, e fico muito feliz em cantar para outras crianças. É uma diversão pra mim. Faço o que gosto e deixo os outros felizes”, disse a vocalista Marina Mergulhão, de 10 anos.

Natural do município de Limoeiro do Ajuru, no nordeste paraense, a educadora Lúcia Leão, acompanha a filha, Vitória, de 13 anos, na luta contra a leucemia. Para a educadora, o Bailinho, assim como as programações propostas no Hoiol, elevam a autoestima dos pacientes.

“Eu gostei da animação, da bandinha, das músicas, de tudo. É uma brincadeira saudável e em um local agradável para esse momento de alegria. A descontração do palhaço e as brincadeiras animam as nossas crianças, que estão em tratamento, e melhoram a autoestima delas. Aqui, minha filha tem como se distrair e ficar mais à vontade. Tem biblioteca, sala de música, e os profissionais são bem atenciosos. Percebo esses benefícios, pois ela  gosta muito de participar das programações. Hoje, eu nem precisei convidar, porque foi ela quem me convidou para vir”, contou a professora.

A integrante do setor de Humanização do Hoiol, Bianca Dominguez, convive com os pacientes diariamente e assegura que as quebras de rotina, proporcionadas com as programações, refletem na melhora do humor e na diminuição do estresse.

“Por meio das programações, que desenvolvemos juntos aos parceiros e voluntários, nós conseguimos trazer momentos de distração. É um tempo para se divertirem, se alegrarem, e tentar esquecer um pouco mais o lado da doença, das medicações, da internação e de qualquer fator que possa deixá-los estressados. Além disso, os acompanhantes e os colaboradores também se divertem. Toda a equipe participa e se envolve nesse trabalho tão importante, que é promover o bem-estar a todos”, disse a colaboradora do Hoiol, que é gerenciado pelo Instituto Diretrizes e referência na região amazônica no tratamento especializado do câncer infantojuvenil.

Texto: Ellyson Ramos – Ascom Hoiol.