‘Bailinho de Carnaval’ anima criançada do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo

Músicas e brincadeiras embalaram os pequenos foliões, que deixaram as enfermarias para se divertir junto aos colaboradores e acompanhantes

A brinquedoteca do segundo andar do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, ficou pequena para a animação do público, que compareceu ao ‘Bailinho de Carnaval’. A festa foi realizada pelo setor de Humanização do hospital, em parceria com voluntários, e buscou estimular a socialização e promover o conhecimento acerca de uma das maiores festas populares do mundo.

Enquanto o palhaço ‘Tio Bala’ conduzia a criançada e os acompanhantes a participarem de brincadeiras no salão, fitas, confetes e máscaras deixavam o ambiente ainda mais propício para pular o carnaval. A música ficou por conta da banda Tapiokids. “Participo das programações sempre que posso. Eu me preparo com exercícios, e fico muito feliz em cantar para outras crianças. É uma diversão pra mim. Faço o que gosto e deixo os outros felizes”, disse a vocalista Marina Mergulhão, de 10 anos.

Natural do município de Limoeiro do Ajuru, no nordeste paraense, a educadora Lúcia Leão, acompanha a filha, Vitória, de 13 anos, na luta contra a leucemia. Para a educadora, o Bailinho, assim como as programações propostas no Hoiol, elevam a autoestima dos pacientes.

“Eu gostei da animação, da bandinha, das músicas, de tudo. É uma brincadeira saudável e em um local agradável para esse momento de alegria. A descontração do palhaço e as brincadeiras animam as nossas crianças, que estão em tratamento, e melhoram a autoestima delas. Aqui, minha filha tem como se distrair e ficar mais à vontade. Tem biblioteca, sala de música, e os profissionais são bem atenciosos. Percebo esses benefícios, pois ela  gosta muito de participar das programações. Hoje, eu nem precisei convidar, porque foi ela quem me convidou para vir”, contou a professora.

A integrante do setor de Humanização do Hoiol, Bianca Dominguez, convive com os pacientes diariamente e assegura que as quebras de rotina, proporcionadas com as programações, refletem na melhora do humor e na diminuição do estresse.

“Por meio das programações, que desenvolvemos juntos aos parceiros e voluntários, nós conseguimos trazer momentos de distração. É um tempo para se divertirem, se alegrarem, e tentar esquecer um pouco mais o lado da doença, das medicações, da internação e de qualquer fator que possa deixá-los estressados. Além disso, os acompanhantes e os colaboradores também se divertem. Toda a equipe participa e se envolve nesse trabalho tão importante, que é promover o bem-estar a todos”, disse a colaboradora do Hoiol, que é gerenciado pelo Instituto Diretrizes e referência na região amazônica no tratamento especializado do câncer infantojuvenil.

Texto: Ellyson Ramos – Ascom Hoiol.